O desfile da Independência na avenida Getúlio Vargas foi interrompido por causa de um incidente com gás de pimenta no exato momento em que o Colégio Militar Tiradentes desfilava. Houve correria. Crianças vomitaram e choraram desesperadas amparadas pelos pais. Por um momento, os participantes acharam que se tratava de um atentado.
O incidente iniciou antes da chegada dos estudantes na frente do palanque oficial em que estavam as autoridades.
Há desencontradas versões para a ocorrência. Testemunhas afirmam que houve um erro de um policial que estava no local à paisana. Ele teria levado gás de pimenta em uma vareta em vez de gás de efeito visual, que é comumente usado em desfiles. Quando percebeu o erro, chamou uma pessoa que estava no meio do público, que saiu do evento correndo.
“Há 90% de chances de ter sido erro. A bomba estava preso em uma vareta. O próprio policial militar à paisana quando percebeu que era um erro correu e pediu pra uma pessoa (não identificada) tirar o gás do meio da multidão”, afirma o publicitário Aleshan Souza
Renê Fontes, agente penitenciário, também informou que houve erro da polícia. Ele comunicou o fato às autoridades de segurança que estavam no local.
O comandante da Polícia Militar, coronel Kimpara, não quis se antecipar em detalhes, mas informou que a polícia está à procura da pessoa que saiu do local com a vareta com gás. “Ele saiu correndo para o rumo do Papoco”, disse.
O governador Sebastião Viana se pronunciou no palanque: “Os responsáveis serão punidos exemplarmente”.
O desfile das escolas militares Tiradentes e Dom Pedro foi suspenso após o incidente.