O candidato a governador Marcus Alexandre Viana (PT) disse que jamais precisou devolver dinheiro para os cofres públicos por conta de possíveis irregularidades nas obras de pavimentação da BR-364 no trecho entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul.
Entre 2007 e 2012 o petista ocupou a direção do Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre), órgão responsável pela rodovia até 2015, quando o governo federal a assumiu. As obras são alvo de investigação por parte dos órgãos de controle.
Em outubro do ano passado, Marcus Viana foi levado de forma coercitiva para prestar depoimento na Polícia Federal, que, por meio da Operação Buracos, apura desvios de R$ 700 milhões em obras de rodovias no Acre.
Marcus Viana esteve na tarde desta quinta-feira, 6, no programa Gazeta Entrevista, da TV Gazeta, e voltou a negar envolvimento em denúncias de corrupção. Segundo ele, todas as vezes que precisou se manifestar para a Justiça, os processos foram arquivados.
“Nunca precisei devolver nenhum recurso, porque todos os recursos que foram liberados foram aplicados na obra”, disse ele. Para o candidato, há uma “exploração política” do caso.
Meio mandato
Questionado sobre ter abandonado o mandato de prefeito de Rio Branco para disputar o governo, Marcus Viana disse que essa foi uma decisão tomada a convite de sua coligação, que o queria como candidato.
O governista rompeu o ciclo dos mandatários petistas no Acre que, por tradição, cumprem seus mandatos até o fim. “Fui prefeito por seis anos, o que estava ao meu alcance eu fiz”, afirmou.
“Eu fui convidado [para disputar o governo], eu não me convidei. Eu não me ofereci para ser candidato a governador. Eu estou aqui me apresentando para trabalhar. A decisão final o povo vai tomar”, disse o petista.
