Os efeitos da polêmica passagem do presidenciável Bolsonaro (PSL) ao Acre poderá ser medida na eleição ao Governo do Estado assim que sair a próxima pesquisa. Até lá tudo ficará no campo da especulação. Assim como a provável troca de Lula (PT) por Fernando Haddad (PT) na cabeça de chapa petista. A tendência são os votos do Bolsonaro no Acre se dividirem entre o seu candidato Coronel Ulysses (PSL) e o Gladson Cameli (Progressistas). Da mesma maneira que os eleitores de Haddad devem optar por Marcus Alexandre (PT).Mas existem outros candidatos a presidente que deverão ser bem votados por aqui. A acreana Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alkmin (PSDB) são alguns deles. No entanto, nesses casos os votos dos eleitores acreanos deverão se dividir entre os candidatos ao Governo sem obedecer necessariamente uma opção ideológica. Muita gente que votará na Marina também irá escolher candidatos da oposição. Outros deverão seguir com a FPA ou mesmo com a Janaína Furtado (Rede). Assim sucessivamente. O fato é que nas muitas eleições que cobri no Estado a influência do quadro nacional na escolha do governador tem sido pequena. Por exemplo, em 2006, Alkmin ganhou a eleição nos dois turnos no Acre, mas o governador eleito foi o Binho Marques do PT. Naquela ocasião o tucano teve proporcionalmente a maior votação nacional exatamente por aqui, mas não conseguiu influenciar o resultado na disputa ao Governo.
Menos ódio
O discurso de Bolsonaro de “fuzilar os petralhas” é. A democracia pressupõe a existência do contraditório. Os adversários políticos devem ser vencidos no campo das propostas, das ideias, e no voto e não “executados”. É muito preocupante esse tipo de postura porque pode levar algum “fanático” a fazer aquilo que o seu “líder” está sugerindo.
Desgaste
A verdade é que Bolsonaro nos seus discursos falou aquilo que uma parte da população acreana pensa devido ao desgaste de vinte anos de governos petistas. Mas incitar a violência é um caminho perigoso que poderá gerar vítimas de todos os lados.
Descrença
O crescimento nas pesquisas do Bolsonaro representa uma falta de fé de parte representativa da população na política. Muitas das aberrações que estamos assistindo são consequências de uma necessária “reforma política” que por acomodação e interesses pessoais dos nossos parlamentares no Congresso Nacional não foi feita.
Senso comum
Quando o senso comum descamba para o conservadorismo exagerado é porque alguma coisa está muito errada na nossa sociedade. Algumas propostas que estão sendo apresentadas tendem à ruptura das instituições democráticas brasileiras. Não tenho mais dúvidas que o Brasil atravessa o momento social e político mais perigoso da sua história. Dependendo do resultado das eleições o país poderá ser lançado ao caos. Uma situação ainda pior do que já estamos vivendo nesse momento.
Diálogo
As posições ideológicas estão se tornando extremas. Os interesses pelo poder não obedecem mais uma lógica democrática. O diálogo que é uma das principais ferramentas da democracia não está sendo exercitado. As consequências dessa “insanidade” coletiva são imprevisíveis.
Sem perspectiva
Se o próximo presidente eleito não tiver uma maioria de votos confortável no segundo turno continuaremos com o país dividido. O ódio continuará a ser a moeda principal a comandar a nossa vida social e econômica. Como o Brasil
poderá retomar o seu crescimento sem paz na política? Sem a fé da população no seu Governo? O que estamos assistindo é uma luta de todos contra todos em que não haverá vencedores, mas apenas vencidos.
A força do contra
Agora, as pessoas que ainda sonham com um país livre e um desenvolvimento social sadio devem prestar atenção no que estão fazendo. Porque não adianta nem um lado e nem o outro continuarem se “fustigando” nas redes sociais. Atacar aqueles que pensam diferente acaba funcionando como propaganda a favor dos adversários. Sinto que grande parte do nosso eleitorado está fazendo escolhas dos seus representantes muito mais como protesto à atual situação do que por convicção. O voto contra está vencendo disparado nessas eleições. A fatura poderá vir pesada nos próximos quatro anos.
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