O ex-deputado federal João Correia, entrou com um pedido de dissidência junto a executiva regional do MDB e apoiará as candidaturas de Coronel Ulysses (PSL) ao governo do Acre e Geraldo Alckmin (PSDB) para Presidência da República.
A decisão de João Correia aconteceu após alguns episódios que causaram desgaste na relação dos principais partidos do bloco de oposição, ainda no debate para escolha do candidato a vice na chapa de Gladson Cameli (Progressistas).
“Não é um licença como dizem, mas foi uma coisa chamada pedido de dissidência, que foi introduzido no partido — mas não é formalizado — pelo Josué Fernandes. Outros dois emedebistas também usaram o mecanismo”, diz Correia.
Segundo o emedebista, Adalberto Ferreia e Aldemir Lopes o seguiram no pedido de dissidência. “Quando o Gladson decidiu anunciar o vice sem me comunicar nem comunicar seus partidos aliados, eu tomei a decisão”, enfatiza João Correia.
“Quero deixar claro que na última tentativa de unidade das oposições, o Gladson não teve culpa, ele cumpriu tudo que foi acordado. Foi o pessoal do Ulysses que colocou o pé na parede e não permitiu que saíssemos unidos”, revela Correia.
Quando ao apoio de Ulysses a Bolsonaro, João Correia disse que “respeito a sua opção, acho até que você tem legitimidade para tê-la, mas eu não vou acompanha-lo. Vou apoiar Geraldo Alckmin”, disse o emedebista ao coronel.
João Correia destaca que se aposentou como professor universitário e “me coloquei à disposição do Ulysses no tempo que tenho livre. No entanto, ele tem um grupo lá que ele ouve e neste mérito eu não entro”, ressalta.
O emedebista destaca que seu apoio a Coronel Ulysses teve um condição. “É algo que chamo de algodão entre os cristais, que o Ulysses não ofenda o Gladson e vice-versa. Para não ter que beber água turva num possível segundo turno”.
Correia destaca que mantém uma relação cordial com Gladson Cameli. “Ele já me chamou e disse: vem me aconselhar. Eu disse que para ele que lá onde estou serei bem mais útil neste difícil processo eleitoral deste ano”.
Um dos fatos que aconteceram nos últimos dias, que João Correia achou interessante foi a divulgação da pesquisa Vox Populi. “Uma pesquisa inteiramente falsa, mas extremamente positiva para oposição”.
Para João Correia, “os habitante dos aranha céus vão descer para terra e pisar no chão, já que muitas pessoas caminhavam nas nuvens e esqueciam de conversar com o eleitor e pedir votos para ajudar Gladson Cameli”, dispara.
Voltando a falar do pedido de dissidência, João Correia informa que, “como o PMDB não expulsa ninguém, eu apresentei o pedido na executiva e ele foi aceito. Não estou abandonado do partido, mas nestas eleições sigo caminho diferente”.