As campanhas dos dois principais candidatos ao governo do Acre em 2018, Gladson Cameli (PP) e Marcus Alexandre (PT), vão sair mais conta do que a reeleição do petista Sebastião Viana em 2014. Há quatro anos, Viana declarou ter gastado R$ 6 milhões em sua tentativa de se manter no cargo, numa disputa que foi decidida em dois turnos.
Quando registrou a candidatura em 2014, Sebastião Viana apresentou como estimativa de gastos R$ 7,8 milhões. Com as novas regras de financiamento em 2018 – que proíbem a doação de empresas -, Gladson e Marcus só podem chegar ao teto de R$ 4,2 milhões, cada.
De acordo com o presidente do PT e coordenador da campanha de Marcus Alexandre, André Kamai, o partido trabalha com uma estimativa de R$ 2,4 milhões no primeiro turno. Este é o mesmo valor já contabilizado pelo Progressistas. O teto imposto pela Justiça Eleitoral é de R$ 2,8 milhões no primeiro turno.
Caso ocorra segundo turno, mais R$ 1,4 milhão está autorizado a ser usado. O principal recurso para bancar a campanha é o fundo eleitoral que cada partido recebeu esse ano. Outra possibilidade é o autofinanciamento por parte dos candidatos e a doação de pessoas físicas.
Há quatro anos, o comitê financeiro de Sebastião Viana alcançou receitas de R$ 4,8 milhões. Grande parte desse dinheiro saiu de doações de empresas; naquele ano esse tipo de doação não estava proibido. As empreiteiras figuravam como as principais doadoras para os cofres petistas naquela eleição no Acre.
Os demais candidatos ao Palácio Rio Branco (Coronel Ulysses (PSL), Janaína Furtado (Rede) e David Hall (Avante)) declararam como despesas o teto eleitoral. Diante da estrutura pobre de seus partidos, é pouco provável que alcancem a cifra dos R$ 2,8 milhões.
O PSL de Jair Bolsonaro, por exemplo, abriu mão do fundo eleitoral (composto por verba pública) para passar a imagem de respeito ao eleitorado. Sem essa fonte, o coronel Ulysses Araújo vai trabalhar com as pequenas doações de simpatizantes e o autofinanciamento.
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