Estive conversando com muitos eleitores de todo o Acre nesses primeiros dias de campanha oficial. O notável é a desinformação sobre quem são os candidatos majoritários ao Governo e ao Senado. Mesmo com a extensa pré-campanha no Estado a maioria dos eleitores ainda não conhecem os pretendentes. Se a gente for olhar para a disputa do Senado o desconhecimento ainda é maior. Em relação aos postulantes dos cargos de deputados federais e estaduais, a mesma situação se repete. É fato que as novas regras dessa colcha de retalhos da legislação eleitoral brasileira ajudam sobremaneira os candidatos que já estão no mandato disputando a reeleição. Não acredito numa renovação política no Congresso Nacional. A tendência é da maioria dos senadores e deputados federais voltarem. Por exemplo, as pesquisas até agora publicadas no Acre para o Senado mostram na frente os atuais senadores Jorge Viana (PT) e Sérgio Petecão (PSD). Também para a Câmara Federal e a ALEAC as candidaturas mais fortes são daqueles que estão no mandato. Assim essa campanha oficial de apenas 45 dias não abre muitas possibilidades para os nomes desconhecidos. É difícil para os novos candidatos nesse tempo curto apresentarem propostas e conquistar o voto.
Bola nas costas
Conversei com o prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro (PP), sobre o seu eventual apoio ao candidato ao Senado Ney Amorim (PT). Ele nem confirmou e nem rechaçou. Apenas me disse que não vai atrapalhar. Mas dificilmente irá apoiar o Márcio Bittar (MDB).
Motivos
Bittar é o candidato do ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (MDB). Os desentendimentos políticos entre Ilderlei e Vagner se refletirão claramente nessa opção. Se Ilderlei ajudar o Bittar estará “colocando azeitona na empada do seu desafeto”.
Faca nas costas
Bittar afirmou publicamente no lançamento da candidatura de Nicolau Jr. (PP), em Cruzeiro do Sul, que o seu candidato à presidência é o Jair Bolsonaro (PSL). Ora, Bittar foi acolhido no MDB num momento difícil e ainda conseguiu a vaga para a disputa majoritária. O MDB tem um candidato à presidência, Henrique Meireles (MDB) e o Bittar na primeira oportunidade vira de costas ao partido que o abrigou num momento de “tempestade”.
Infidelidade
Além disso, Bittar será beneficiado na sua campanha com um generoso fundo de campanha do MDB. Mesmo assim prefere apoiar o candidato à presidência de outro partido sem maiores explicações. Em poucos meses no MDB, Bittar se coloca como um candidato “independente” sem a menor fidelidade ao partido que lhe abrigou depois das suas brigas no PSDB do Major Rocha.
Reações
Conversei com um medebista de alta patente que pretende comunicar a postura de Bittar para o Diretório Nacional do MDB. Isso pode gerar até mesmo um processo de infidelidade partidária e problemas para a liberação dos recursos à sua campanha. Aguardemos.
Estranho no ninho
A minha percepção é que o Bittar se identifica muito mais com o PSL do Coronel Ulysses (PSL), que disputa o Governo, e o Bolsonaro (PSL), para quem já declarou apoio. Então por que o MDB continua dando abrigo a políticos que não têm comprometimento com o seu programa partidário? A resposta deve ser dada pelos dois “caciques” principais, Vagner Sales e Flaviano Melo (MDB).
Coordenador no Juruá
Pensei que quem iria coordenar a campanha do candidato ao Governo Gladson Cameli (PP) no Juruá seria o Vagner Sales. Mas a escolha recaiu sobre o atual vice prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima (PP). Ele tem realmente o apoio de vários setores da educação na região. Na minha opinião, acertaram na escolha.
Outro foco
O Vagner deve estar muito ocupado com as campanhas da sua filha a deputada federal Jéssica Sales (MDB) e da sua esposa Antônia Sales (MDB). Se conseguir eleger as duas ficará muito forte politicamente na região e poderá sonhar em retomar a prefeitura de Cruzeiro do Sul, em 2020.
Projeção
O que se comenta em Cruzeiro do Sul é que a provável candidata do MDB, em 2020, à prefeitura será justamente a Jéssica. Resta saber se vale à pena trocar um difícil mandato de se conseguir de deputada federal para os problemas de administrar uma prefeitura.
Dividido
Fico curioso em saber qual será postura durante a campanha de César Messias (PSB), que disputa a reeleição para federal, em relação aos candidatos ao Governo. Para quem não sabe César foi um dos que ajudou a convencer o pai de Gladson, Eládio Cameli, para que o jovem entrasse na política.
Velas para dois santos
César é amigo de Eládio e não acredito que vá “atacar” o Gladson durante a campanha. Deve apoiar oficialmente o Marcus Alexandre (PT) ao Governo, mas se posicionar com “neutralidade” nas reuniões de campanha. É inegável a habilidade política de César Messias que deverá agir com diplomacia em relação a essa delicada situação.
Correndo atrás
O senador Jorge Viana, que disputa a reeleição, passou cinco dias fazendo campanha no Juruá como se fosse a primeira da sua vida. Foi visto entregando panfletos da sua candidatura nos sinais de trânsito em Cruzeiro. Também visitou muitas famílias em Rodrigues Alves e Mâncio Lima.
Atrapalha
O candidato Minoru Kimpara (Rede) enfrenta um problema no interior do Estado: não ser muito conhecido da grande massa de eleitores. Mas terá o apoio das pessoas relacionadas à UFAC que reconhecem a sua gestão positiva na instituição. Se conseguir andar bastante nesses 40 dias de campanha que restam estará no jogo.
A hora da verdade
Começam nesta segunda, 20, as sabatinas dos candidatos ao Governo do Estado, promovidas pelo AC24horas. Todas as noites ao vivo a partir de 19h30. O primeiro entrevistado será o Coronel Ulysses, seguido pelo Marcus Alexandre (PT), David Hall (Avante), Janaína Furtado (Rede) e Gladson Cameli (PP). Uma iniciativa importante do site com o maior número de acessos do Acre e uma oportunidade para os eleitores conhecerem melhor os candidatos antes de optarem pelo voto. Eu serei um dos entrevistadores e espero que essas sabatinas possam contribuir para os nossos eleitores tirarem as suas dúvidas. Vale lembrar que as entrevistas ficarão disponíveis no ac24horas para os internautas que não puderem assistir ao vivo e quiserem ver posteriormente.
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