O Acre não é a ilha de prosperidade e desenvolvimento econômico que vem sendo propagandeada nos últimos oito anos pelo governador Sebastião Viana, do PT. Pelo menos é o que mostra o Ranking de Eficiência dos Estados, ferramenta lançada pela Folha e o Datafolha para saber quais os estados entregam mais educação, saúde, infraestrutura e segurança à população utilizando o menor volume de recursos financeiros. O Acre é o antepenúltimo colocado.
Segundo Ranking da Folha, os Estados que têm a agricultura, a administração pública ou repasses da União como principais fontes de receitas se saem pior no quesito eficiência, ou seja, este é o caso do Acre, que tem como maior fonte de recursos para custear suas despesas os repasses constitucionais e tenta passar a imagem de um Estado que investe na agricultura, mas que continua com grandes dificuldades para figurar entre os Estados considerados eficientes
A ampla reportagem sobre a situação dos 26 estados destaca que o Ranking de Eficiência dos Estados considera 17 variáveis agrupadas em 6 componentes para calcular a eficiência na gestão e detalha ainda a situação das finanças de cada um deles. Numa escala de 0 a 1, cinco estados ultrapassam 0,50 e, por isso, são considerados “eficientes”. Outros 6 mostram “alguma eficiência” no uso de seus recursos. O Acre está entre 15 considerados “pouco eficientes” ou “ineficientes”.
A Folha destaca que o “objetivo do REE-F é quantificar o cumprimento, pelos governos estaduais, de funções básicas e previstas em lei segundo seus recursos financeiros. Aparecem mais bem posicionados os estados que gastam menos, por exemplo, para ter mais jovens na escola, médicos e leitos em hospitais, redes de água e esgoto, melhores rodovias e menores índices de violência”. Infográficos da reportagem mostram o Acre gasta 46,1% da receita com o funcionalismo.