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Após barrar juiz em presídio, general do Exército recebe a mais alta condecoração do governo do Acre

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O general José Eduardo Leal de Oliveira, comandante da 17º Brigada de Infantaria de Selva, sediada em Porto Velho, unidade do Exército à qual o Comando de Fronteira Acre é subordinado, está entre os homenageados pelo governador Sebastião Viana (PT) com a entrega da Ordem da Estrela do Acre medalha da Ordem do Mérito Plácido de Castro.


Próximo ao general, Sebastião costuma mencioná-lo com frequência em entrevistas e postagens em suas redes sociais como parceiro na disposição de tropas do Exército no combate dos crimes na região de fronteira do Acre com a Bolívia e o Peru. Essa proximidade com os dois países é apontada como uma das principais causas para o aumento da violência.


O governador constantemente faz críticas ao governo federal por não fazer sua parte na proteção dos limites fronteiriços, mas enaltece o esforço dos militares em realizar operações esporádicas no enfrentamento à criminalidade.

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Outro fato relevante envolvendo o general no Acre foi seu atrito com membros do Poder Judiciário do Estado. Em julho do ano passado, ele impediu que o juiz da Vara de Execução Penal de Cruzeiro do Sul, Hugo Torquato, acompanhasse uma inspeção do Exército no presídio da cidade.


No fim de julho, a Procuradoria Militar determinou o arquivamento da representação feita contra o general. A procuradoria reconheceu a “legalidade do ato atribuído à autoridade militar” e disse não ter encontrado “indícios de comportamento criminoso” por parte do comandante da brigada.


O comandante da Polícia Militar, coronel Marcos Kimpara, e do Corpo de Bombeiros, Carlos Batista da Costa, também recebem a condecoração. No começo de julho, quando da entrega do pedido de intervenção federal na segurança pública feito por parte da bancada ao presidente Michel Temer (MDB), cada um redigiu nota de repúdio afirmando que o gesto representava a desvalorização dos trabalhos feitos pelas corporações estaduais.


Os secretários Vanderlei Thomas (Segurança Pública) e Carlos Flávio Portela (Polícia Civil) também recebem a honraria; eles também redigiram suas próprias notas condenando o pedido de intervenção feito pela oposição.


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