Após denúncia que vacina contra HPV pode ter causado sequelas, deputada pede suspensão da vacinação no Acre

A denúncia de algumas mães que informaram que suas filhas sofreram sequelas após a aplicação da vacina contra HPV realizada em escolas públicas foi uma das pautas de debate na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) na manhã desta quarta-feira (8). A deputa Eliane Sinhasique (MDB) relatou alguns casos e pediu que a Secretária de Saúde do Estado suspendesse a campanha de vacinação.

Segundo a parlamentar, alguma mães que tiveram suas filhas vacinadas estariam reclamando que a vacina contra HPV causa graves sequelas nas crianças. Algumas que foram vacinadas chegaram a ser internadas de forma equivocada na área de desintoxicação do Huerb. Sinhasique informa que apenas depois as meninas foram transferidas para tratamento no Hospital das Clínicas.

O deputado Jenilson Leite (PCdoB) disse que quem precisa mudar a orientação em relação a vacina é o Ministério da Saúde. “O Ministério da Saúde é quem tem que orientar. Apesar das queixas, o Ministério da Saúde continua orientando que a vacina continue sendo feita. Porque apesar das queixas não há comprovação que o medicamento vem causando sequelas em adolescentes”, destaca.

Janilson Leite disse que se reuniu com as mães e tem acompanhando o que ele classifica como “sofrimento delas”. Ele ressalta que procurou o MP e pediu para que o Ministério da Saúde viesse ao Acre. “Ele veio, coletou todas as informações e estuda a questão. Pedimos que a Sesacre garantisse assistência adequada para as crianças e a pedido de médicos, nós intermediando ressonâncias para elas”.

De acordo com Jenilson, o Ministério da Saúde está avaliando se a causa das sequelas nas crianças foi a vacina. “Quem disse que esse efeito não pode ser da vacina? Eu não posso garantir porque o estudo ainda está sendo feito. Pode ser outro elemento, mas precisamos esperar que o MS resolva e que cobre do laboratório que produziu a vacina, se for a vacina, que tente fazer algo para tenta remediar o sofrimento das mães. Pode ter sido um lote da vacina”, finaliza.