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A dois meses das eleições, Acre tem quadro definido para disputa majoritária

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Fábio Pontes - Twitter: @fabiospontes

A exatos dois meses da votação do primeiro turno das Eleições 2018, o Acre já tem o cenário da disputa majoritária definido, após a realização das convenções dos principais partidos. Na semana passada o quadro ficou incerto ante a possibilidade de saída da disputa do coronel Ulysses Araújo (PSL).


Após desistir da desistência, Ulysses é recolocado na disputa, pondo fim ao que tendia a ser uma eleição plebiscitária entre Gladson Cameli (PP) e Marcus Alexandre (PT), as candidaturas que melhor representam o establishment da política acreana desde a redemocratização.


Correndo por fora nessa velha guerra do vermelho contra o azul vem a Rede de Marina Silva, a presidenciável que exerceu seus dois mandatos no Senado pelo PT do Acre. Sem alianças e recursos, o partido tem como candidata ao governo a vereadora por Tarauacá Janaína Furtado. Ela, por sinal, é a única mulher na corrida majoritária – tanto para o governo quanto para o Senado.


Ainda mais por fora vem a novata legenda Avante, aventurando-se com a candidatura do ilustre desconhecido David Hall.


Senado


Para o Senado o número de candidatos é maior, porém sem grandes novidades a ser apresentada ao eleitorado. Os dois ocupantes das cadeiras em disputa não querem perde-las, buscando mais oito anos na Casa da Federação. O mais veterano é Jorge Viana, que há 18 anos ocupa cargos eletivos entre prefeito de Rio Branco, governador e senador pelo PT.


Os petistas tentam o feito histórico de eleger dois senadores. O atual presidente da Assembleia Legislativa, Ney Amorim (PT), busca voos mais altos. Desde 2002 o grupo político há vinte anos no poder (a Frente Popular do Acre), não tem a maioria no Senado.


No campo da oposição figuras também já bem conhecidas miram a cobiçada cadeira de senador da República. Sérgio Petecão (PSD), após ser eleito em 2010 numa onda de voto anti-PT no Acre, visto como o candidato de protesto, quer se manter na cadeira. O cenário político é aposto ao de oito anos atrás. Quem está de olho nesta vaga é o emedebista Márcio Bittar, que em 2002 concorreu (e perdeu) ao Senado pelo PPS.


Bittar é o candidato tanto do chapão de partidos oposicionistas reunidos em torno de Gladson Cameli quanto do coronel Ulysses Araújo. O candidato um da chapa do policial militar é o advogado Pedro Luís Pedrazza.


A única candidatura vista como outsider é a do ex-reitor da Universidade Federal do Acre Minoru Kimpara (Rede). Ele é apontado como o capaz de mais receber o voto de mudança do eleitor insatisfeito com a atual crise da política brasileira, protagonizada pelas velhas raposas e partidos do país.


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Fábio Pontes - Twitter: @fabiospontes

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