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Luciano Tavares escreve: A odisséia do Coronel Ulysses Araújo nos bastidores

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Ulysses Araújo tal qual o seu homônimo grego teve a sua própria odisséia, só que em apenas 48 horas.
Foram dois dias intensos de um vai e volta. Reuniões demoradas. Indecisões. Boatos. Ruídos. Informações verídicas e fakes.


O militar estava mesmo decidido a sair da disputa. Havia a aprovação familiar. Por outro lado, a pressão dos candidatos a deputado federal e estadual foi enorme. Uma eventual desistência, após a homologação em convenção, seria a provável desconstrução de uma estrutura de candidaturas. Daí o interesse dos aliados na manutenção de Ulysses na disputa.

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Na quarta-feira, 01, por volta das 8h, a notícia sobre a provável retirada da candidatura do militar corria rápido nos bastidores.


O vereador N. Lima, pré-candidato a deputado federal pelo PSL, deixou a sessão mais cedo na Câmara para uma reunião de última hora. Interesses de candidaturas proporcionais estavam desmoronando. A pressão era previsível. Nogueira Lima chegou a se colocar à disposição caso o militar levasse adiante a ideia de sair da disputa.


Entre um encontro e outro, a imprensa recebia dos próprios aliados de Ulysses a informação da retirada da candidatura ao Palácio e estampava nas capas dos jornais a notícia.


No contexto desse puxa-encolhe, emissários do senador Gladson Cameli, candidato a governador do Progressistas, conversavam com representantes de Ulysses.


O próprio Coronel foi o responsável por alimentar informações, por não se pronunciar imediatamente, que colocam em xeque e lançam desconfiança em sua candidatura. Durante 48 horas, ele não atendeu telefonemas da imprensa e tampouco mensagens no WhatsApp. E quando veio a público, nesta quinta-feira, pelo Facebook, foi para confirmar uma eventual aliança com Gladson Cameli.


Nesta sexta-feira, 03, ele revelou que se manteve o tempo todo em “meditação”. Ou seja, o militar deixou o circo pegar fogo, vir ao chão e agora tenta ressurgir das cinzas após uma sequência de implosões.


A influência da esposa: “Ele vai trazer luz pro Acre”

Ulysses é crente evangélico da Igreja Batista Memorial. Costuma decidir tudo em família. Nos bastidores, o que mais se comentou foi que a desistência foi a pedido de Dayanna, a esposa do Coronel.


Nesta sexta-feira, quando perguntada pelo ac24horas, ela respondeu: “Eu não posso ir contra ao que está no coração dele. É como pegar uma lâmpada e colocar embaixo de uma mesa, não dá. Ele vai trazer luz pro Acre”, disse ela usando termos bíblicos.


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