O pré-candidato ao governo do Acre, Coronel Ulisses Araújo (PSL) é realmente um político muito inteligente. Ele faz manobras envolvendo todos os líderes do bloco de oposição com seu suposto sonho de quebrar a hegemonia do PT que está à frente do governo há 20 anos, e usa a mídia para alcançar seu objetivo, que é o de dá publicidade ao seu nome, para ficar em evidencia e abocanhar votos dos eleitores que anseiam por mudanças no cenário político do Estado.
Após uma reunião tensa com apoiadores que durou mais de quatro horas na noite de quinta-feira (2), Coronel Ulysses Araújo voltou atrás e decidiu disputar o governo do Acre. A informação foi confirmada por líderes partidários que integram a coligação de PSL, PSC e Patriota. O militar chegou a anunciar que estaria dialogando sobre uma possível aliança entre os partidos de oposição para enfrentar um adversário comum que seria o Partido dos Trabalhadores (PT).
A decisão de Ulysses Araújo cai como um balde de água fria nos planos do bloco de apoio à pré-candidatura de Gladson Cameli (Progressistas) que sairia fortalecido com a adesão do militar que defende o nome do presidenciável Bolsonaro (PSL). A suposta desistência do militar chegou a ser comemorada por caciques oposicionistas que apostavam que pela primeira vez na história dos embates com a Frente Popular as legendas oposicionistas sairiam unidas.
NEGANDO DESISTÊNCIA EM COLETIVA
Luciano Tavares
“Em nenhum momento a minha candidatura foi retirada”, disse Coronel Ulysses Araújo na manhã desta sexta-feira, 03, ao anunciar em coletiva na sede do PSL, seu partido, que não desistiu de concorrer ao governo do Acre. O PM desistiu de desistir após enorme pressão nas redes sociais e de aliados.
“Nada havia parado. Quero dizer que eu Passei dois dias em meditação. Não estava atendendo o telefone.”
Ulysses afirmou que a imprensa foi enganada por boatos. Informações que, aliás, foram repassadas por seus apoiadores. Ele negou que tenha negociado sua candidatura.
“Vocês foram enganados por informações que não eram verdadeiras. De tudo que foi passado na imprensa. Só quem fala por mim sou eu mesmo. Foi colocado que nós estávamos em conversa.
Em nenhum momento sai para negociar qualquer coisa. Em nenhum momento houve negociata de dinheiro. Cinco milhões, 100 milhões não compra nossa honra.”
Ulysses acrescentou que não chegou a um consenso com Gladson Cameli porque o conteúdo do candidato progressista é diferente do dele.
“Nosso conteúdo programático não é o mesmo. É diferente.Eles defendem Alckmin. Nós defendemos Bolsonaro. Nós somos a verdadeira mudança para o Acre.”