Se a renúncia do Coronel Ulysses (PSL) de disputar o Governo se confirmar poderemos ter pela primeira vez a união das oposições do Acre. Desde que o PT assumiu o Estado nos últimos 20 anos os oposicionistas rachados sempre perderam as eleições. Mesmo sabendo que a união seria o único caminho possível para mudar a tônica de poder no Acre os interesses pessoais de alguns oposicionistas sempre falou mais alto. Agora, essa possibilidade de união se tornou real. Claro que unidade política não quer dizer que todos se “amam”. Continuarão existindo divergências pessoais diversas entre os membros da oposição, assim como acontece também na FPA, mas pelo menos poderão mostrar para a população algo diferente. A política é a arte de juntar e não de espalhar. No entanto, os interesses individuais no nosso atual sistema político acabam prevalecendo. É notável que muitos desses ambiciosos avançam com tanta sede ao pote que o acabam arrebentando, derramando o seu conteúdo, e todos ficam chupando o dedo. É uma contradição sem limites.
Cada um na sua
Vão surgir muitos boatos sobre os acordos que poderão tirar Ulysses da disputa. Mas o pré-candidato Gladson Cameli (PP) jogou para se fortalecer, simples assim. Obviamente que está disputa para vencer. Incorporar partidos e lideranças faz parte do jogo natural da política.
Eleição plebiscitaria
Concordo com a análise do colunista Luiz Carlos Moreira Jorge que sem o Ulysses a eleição se torna um plebiscito. Quem apoia e quem é contra o atual Governo. Assim serão decididos os votos. Essa escolha estará além das virtudes e defeitos dos candidatos Gladson Cameli (PP) e Marcus Alexandre (PT).
Caminhos
Ao Ulysses restam duas opções: ser primeiro suplente ao Senado de Márcio Bittar (MDB) ou candidato a deputado estadual pelo PSL. Mesmo que ele venha a voltar atrás na decisão de não disputar o Governo, o estrago com a divulgação já foi enorme.
Puxada de tapete
Se confirmando a nova configuração de disputa ao Governo da oposição, ficará caracterizado nova puxada de tapete do Bocalom (PSL). Afinal foi ele quem articulou a candidatura do Ulysses e formou o grupo de apoio. Mais uma vez o velho “Boca” poderá ficar falando sozinho.
É a regra do jogo
Não considero o Bocalom uma vítima. A política tem as suas próprias regras que não são propriamente éticas. O Bocalom já deveria ter aprendido isso há muito tempo ou ter deixado a política pra trás. A sua liderança na oposição se enfraqueceu por escolhas erradas.
Visão de futuro
Agora, o Bocalom deveria requerer entrar no chapão da oposição. Será um candidato forte para deputado federal. Poderá deixar alguns medalhões do lado de fora. Com chapa própria corre o risco de ter pessoalmente um boa votação, mas não conseguir coeficiente pra eleger um federal.
Canto do cisne
Alguns políticos que se não se elegerem nessas eleições, na minha opinião, devem procurar outra coisa a fazer: Perpétua Almeida (PC do B), Márcio Bittar e Bocalom. Todos entrarão com chances na competição, mas as derrotas na política desgastam muito mais do que no esporte
Canibalização
Eu já tinha escrito que mesmo com o Ulysses na disputa ao Governo a tendência era canibalização nos decorrer do processo. Eu explico: no Acre quando temos uma eleição muito polarizada a tendência é o eleitor não querer perder o seu voto. Ou seja, quer votar em alguém com chances reais de vencer. Na minha avaliação, baseada na recente pesquisa da Data Control, Gladson ou Marcus acabariam vencendo no primeiro turno.
Surpresas acontecem
Abro um parênteses para todas as surpresas que podem acontecer em qualquer eleição. Acho que a vereadora de Tarauacá Janaína Furtado (Rede) poderá ter uma votação maior do que se imagina. Não sei se o suficiente para levar a eleição ao segundo turno. E tem ainda o David Hall (Avante) fazendo a sua campanha alternativa.
Santo de Casa
Não entendo o preconceito que muitos acreanos têm com a presidenciável Marina Silva (Rede). Podem ideologicamente não concordar com a ex-ministra acreana o que é normal numa democracia. Mas deveriam ter orgulho de vê-la participando de uma disputa presidencial. A Marina deu uma entrevista de duas horas na Globo News para 12 dos mais conhecidos jornalistas brasileiros. Falou de todos os assuntos com conhecimento e venceu o preconceito latente dos entrevistadores. Para quem nasceu num seringal do Acre não deixa de ser um fenômeno.
Chapa forte
O problema da Rede de Marina é a sua articulação política. Assisti também a entrevista na Globo News do presidenciável Ciro Gomes (PDT). Ele foi muito bem apesar do seu estilo “Seu Lunga”. Se Marina e Ciro se unissem, não importando a ordem dos fatores, poderiam ter uma chapa forte à presidência. Seria uma contribuição e tanto para a nossa democracia. Mas a Rede mantém um “purismo” que inviabiliza sonhos eleitorais.
A hora da realidade
Também não entendo a postura do PT em manter a candidatura de Lula (PT). Não vou julgar se a sua prisão é justa ou não, mas o fato é que está numa penitenciária e complicado pela Lei da Ficha Limpa por condenação em segunda instância. Na nossa atual realidade jurídica está impedido de ser candidato. Deveriam criar um plano B para driblar os obstáculos e não querer impor uma situação que não se concretizará. Deveriam estar trabalhando para unir a esquerda e não para aprofundar a sua divisão. Seria uma contribuição maior para o país do que ficar velando o ex-presidente atrás das grades. Não vou nem discutir as qualidades de Lula ou os seus defeitos. Ele fez dois excelentes governos para o Brasil e deu uma contribuição social enorme. Mas o tempo passa e cria novos fatos. O PT precisa acordar se não quiser se extinguir no seu radicalismo. Se adaptar à nova realidade política do país e voltar a lutar para expor o seu programa original. Deveria estar apoiando o Ciro ou a Marina ou mesmo lançando uma candidatura própria do PT com tempo para divulga-la.
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