Uma fonte me revelou que a centralização da campanha ao Governo de Marcus Alexandre (PT) está desagradando alguns partidos aliados da FPA. Segundo a informação, ao contrário de outras campanhas, não há um conselho formado por membros de diferentes partidos para tomar decisões coletivas. Esse militante de um importante partido da FPA disse que existe uma espécie de “núcleo duro” formado pelo André Kamai, Andréia Forneck e Cesário Braga. Eles estão no entorno do Marcus Alexandre decidindo os rumos a serem tomados. “O Marcus é habilidoso e deveria prestar atenção porque aliados importantes estão ficando à margem das decisões. Isso não é bom para a sua candidatura. Muita gente que vinha acompanhando a agenda majoritária está desistindo e cuidando dos candidatos dos seus partidos por causa dessa centralização do PT nas decisões,” revelou a fonte.
Manda quem pode…
Essa informação só confirma aquilo que eu já vinha observando durante o processo de pré-campanha. Realmente os “três mosqueteiros” do Marcus Alexandre comandam as ações e estão afastando aliados importantes do processo.
…obedece quem tem juízo
Por outro lado, a campanha do Marcus corre o risco de perder apoios importantes no transcorrer do processo. Não que nessa altura partidos aliados possam abandonar a coligação, mas pelas revelações da minha fonte com a centralização das decisões “muita gente poderá fazer corpo mole”.
Por outro lado…
A mesma fonte garantiu que a convenção da FPA, no último final de semana, entusiasmou a militância. A pesquisa Data Control publicada no mesmo dia se configurou um quadro de dificuldades para o PT. São nesses momentos que a tendência à união e às ações ideológicas ficam mais propícias. Acho natural que a militância de esquerda esteja mais presente nesta campanha do que em outras que apresentavam menos dificuldades.
Leitura do fato
No entanto, se não houver uma participação efetiva dos aliados na campanha de Marcus Alexandre existe o risco de afastamento e isolamento. O momento é para evocar a participação de todos. Novas pesquisas com números desfavoráveis podem fazer uma “revolta” silenciosa de aliados se tornar pública. E uma “debandada” para o outro lado.
Ainda no jogo
Viajei no mesmo voo com o pré-candidato ao Governo Coronel Ulysses (PSL) que vinha da Convenção do presidenciável Bolsonaro (PSL) no Rio. Ele me garantiu que não vai desistir da sua candidatura. Ulysses acredita que possa crescer nas pesquisas quando vierem os debates. A Convenção do PSL será sábado, 28, no auditório da FIRB-FAAO.
A pesquisa
Ulysses não acredita nos números da pesquisa Data Control que o coloca com 6% de intenções de votos. Ele garante que numa pesquisa doméstica que mandou fazer seus números estão em dois dígitos. Ainda que tenha sido feita apenas em Rio Branco. Se Ulysses quiser ter chances precisa se tornar conhecido em todo o Estado.
Vem ou não vem?
Perguntei ao Ulysses se o presidenciável Bolsonaro ainda virá ao Acre para dar um “empurrão” na sua campanha ao Governo do Estado. Ele me disse que as agendas do presidenciável estão naturalmente cada vez mais apertadas. Mas que Bolsonaro garantiu que virá numa viagem, ainda sem data, que passa também por Porto Velho.
Esperando
Ulysses acredita que se a chapinha da oposição formada pelo PMN, PPS e PSC realmente vir para a sua coligação isso o ajudará muito. Teria então uma chapa para federal com 18 nomes e outra com 48 para deputado estadual. Mas não acha que isso seja essencial para o sucesso da sua candidatura.
Sondado
Outro fato que aconteceu foi uma sondagem para Ulysses vir a apoiar o candidato ao Senado Márcio Bittar (MDB). Inclusive, com possibilidade de ser o seu primeiro suplente. Ulysses descarta as duas hipóteses com veemência. Quer mesmo disputar o Governo.
Freio
O pré-candidato ao Governo Gladson Cameli (PP) deu um “freio” em alguns aliados que exageraram na comemoração da pesquisa Data Control. Ele me disse que por enquanto não há nada para comemorar. “Temos que mostrar ao eleitorado que podemos fazer a transição de poder no Acre de maneira segura para a população e com credibilidade. Ainda temos muito a trabalhar e caminhar até chegar o dia da eleição,” destacou.
Parcimônia
O senador Jorge Viana (PT) também comentou a pesquisa Data Control que o coloca na liderança para a disputa do Senado. “Sou corredor de meia maratona e aprendi a economizar energia para fazer todo o percurso. Nossa campanha está indo bem. O Marcus Alexandre tem crescido. A nossa convenção estabeleceu um novo patamar para a nossa campanha. Agora, em relação a pesquisa que é de um instituto que já tem história no Acre, precisa ser respeitada. O Marcus é a terceira eleição que ele disputa. Na primeira começou num patamar de intenções de votos muito abaixo do que está começando essa. Em relação a mim, vou continuar trabalhando e apostando que a pesquisa mais importante será no dia da eleição. Todas as pesquisas até aqui me colocaram na frente. Talvez pelo que já realizei. O passado serve como inspiração ao futuro. Mas nesse momento de um verdadeiro desastre do Governo Federal, que é o que apoia a oposição do Acre, quero fazer uma campanha alegre sempre dialogando com a população. Quando começar o programa eleitoral de rádio e TV tanto o Marcus, eu e o Ney Amorim (PT) vamos crescer,” afirmou Jorge.
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