As operações da LIQ (antiga Contax), empresa especializada em serviços de telemarketing instalada no Acre há alguns anos, parecem estar correndo de mal a pior. Justamente por isso, a empresa está demitindo uma série de funcionários, dos mais antigos aos mais novos. Política incorporada para manter os serviços.
As demissões ocorrem há alguns meses, mas aumentaram nas últimas semanas, quando funcionários mais antigos foram desligados das funções que desempenhavam. Os antigos funcionários tiveram, contudo, os salários pagos em dia, e todos os direitos trabalhistas quitados, como exige a lei.
A informação sobre as demissões causa espanto não apenas pelos desligamentos, mas pelo temor entre o corpo funcional de que a empresa, que paga pouco mais de um salário mínimo à maior parte dos funcionários, feche as portas “de uma hora para outra”, avisando sobre isso apenas no dia em que acontecer.
“Eu fui desligado há duas semanas, e só deram a justificativa de que estavam fazendo cortes, e nada mais. Eu sempre cumpri meus horários, não fui de faltar, e tinha até o plano de saúde que era para eu não ficar levando atestado de fora e dar motivo para de tirarem da empresa. A gente precisa né [do emprego]”, alega uma das jovens demitidas.
O medo de dar entrevistas, contudo, é notório. Os funcionários e ex-funcionários da empresa temem dar entrevista e mostrarem a face diante das câmeras. Além do receio de perder o emprego suado, ficam temerosos em aparecer e não conseguirem outro empresa após a saída da empresa. Sinônimo de que o mercado de trabalho está cada vez mais rigoroso quanto a isso.
Procurada, a LIQ confirmou que está fazendo a demissões, mas não comentou se vai ou não fechar as portas no Acre. A companhia, uma das maiores do país, emprega milhares de colaboradores, e a chegada ao Acre foi bandeira política do governador Sebastião Viana, que deixa o cargo no final desse ano.
“Em função de adequação no volume de chamadas, a Liq confirma a redução de postos de trabalho em sua unidade localizada em Rio Branco (AC). A Liq empreendeu todos os esforços possíveis para preservar o nível de emprego e cumpriu com todas as suas obrigações trabalhistas, além de prestar o apoio necessário aos envolvidos”, pontuu a empresa em nota.
Um colaborador da empresa, que integra o quadro de funcionários há cerca de oito meses, se mostra preocupado com o futuro da empresa no estado e do emprego que tenta a todo custo manter. Ele alega que já não está mais fazendo contas para pagar parcelado, porque tem medo de ser dispensado da função.
“Meu maior medo é chegar lá e o pessoal do RH me chamar. Lá a gente nem cumpre aviso, porque eles têm medo que façamos alguma coisa errada e dê prejuízo. Vários colegas, competentes, responsáveis, foram demitidos. Na leva vai muita gente boa, mas a gente sabe que empresa é assim: uma hora está, e na outra pode estar no olho da rua”, comentou.
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