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Para comandante do Bope, UPP não é o melhor modelo a ser adotado para o Acre

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Fábio Pontes - Twitter: @fabiospontes

O fim do programa Polícia da Família, ocorrido logo no início da gestão Sebastião Viana (PT), em 2011, representou o fim da presença do Estado nas áreas de maior vulnerabilidade, e a tomada destes territórios por parte das facções criminosas. O resultado foi o salto nos índices de violência desde então, como apontam os dados do Atlas da Violência 2018.


Para garantir o mínimo de presença da força policial nestas áreas, a própria Polícia Militar, de forma independente e sem o apoio de uma política da Secretaria de Segurança Pública, desenvolve ações junto às comunidades escolares, envolvendo alunos, pais e professores.


Uma delas é o Programa de Erradicação das Drogas (Proerd), que alerta os jovens sobre os perigos causados pela dependência química e o envolvimento com o tráfico. Agora, quem também passa a realizar um trabalho mais comunitário, num sentido mais preventivo do que repressivo, é o grupo de elite da PM, o Batalhão de Operações Especiais (Bope).


“Nós estamos com o que chamamos de ação de legalidade e de presença do Estado para incentivar e fazer com que as pessoas estejam vendo a presença do Estado”, diz o major Assis Santos, comandante do Bope.


Segundo ele, membros do batalhão, que recebem treinamento especial de pronta resposta, têm participado de palestras nas escolas para garantir uma maior proximidade entre a polícia e os cidadãos.


“Nosso objetivo é estar o mais próximo da comunidade para que haja uma interação direta do policial com as pessoas de bem, e influenciar positivamente crianças e adolescentes para não serem cooptadas pelo crime”, pondera Santos.


Na análise do major, ações deste tipo surtem efeitos mais práticos do que a simples presença do Estado por meio de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), modelo adotado nas favelas cariocas como medida para o governo retomar territórios dominados pelo tráfico e milícias.


“O modelo UPP não caberia aqui [no Acre], é uma outra situação. Temos um modelo de proximidade com a comunidade para estimular jovens e adolescentes para ter como referência positiva o Estado de direito, e não o estado do criminoso”, ressalta o comandante do Bope.


Outra ação destacada por ele é a chamada “ação de longo alcance”, também baseada numa relação mais próxima entre os soldados do Bope e os moradores dos bairros, Além disso, o grupo de elite passará a desenvolver policiamento de moto, o que garante uma maior mobilidade dos policiais.


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Fábio Pontes - Twitter: @fabiospontes

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