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Porque as pesquisas de intenções de votos são pouco confiáveis no Acre

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Tenho visto muita gente questionar a credibilidade das pesquisas de intenções de votos no Estado. Motivos não faltam para a desconfiança. Esses dias o ex-deputado Luiz Calixto, aliado do senador Petecão (PSD), escreveu nas redes sociais: “Golpe do diretório Estadual de partido: fabricar pesquisas nas quais seus candidatos aparecem na frente para convencer o diretório nacional a mandar uma verbinha adicional do fundo partidário”. A minha impressão é que Calixto se refere a um grande partido de oposição acreano. Recentemente um instituto de pesquisa do Amazonas, do qual eu nunca tinha ouvido falar, divulgou uma pesquisa com os candidatos ao Governo e ao Senado do Acre. Mas se “esqueceu” de colocar o nome do ex-reitor Minoru Kimpara (Rede) no disco para mostrar aos entrevistados. Ora, o Minoru anunciou a sua pré-candidatura no começo do ano e até mesmo pelo cargo que exerceu na UFAC apareceria com alguma porcentagem em qualquer sondagem eleitoral. Por que tiraram o seu nome? Teria ele crescido mais do que deveria? Talvez a postagem do Calixto explique. “Alguém” quer convencer “algum” diretório nacional de que está na frente para garantir mais “alguns” recursos. Aliás, já que toquei no assunto acho um “milagre” alguns políticos acreanos que sempre concorrem a cargos majoritários e ao final da eleição, mesmo perdendo, ficam mais ricos. Outra questão, para garantir a credibilidade de uma pesquisa é preciso saber quem a encomenda. Alguns “pesquisadores” gostam de arredondar números para deixar os seus clientes “satisfeitos”. Não é à toa que a maioria dos institutos que fizeram pesquisas no Acre nas últimas eleições quase sempre erraram o resultado. Passou da hora de haver uma provocação para o DataFolha fazer uma pesquisa para o Governo e o Senado no Acre. Senão continuaremos a ver pesquisas que nada mais são do que peças de marketing para influenciar os eleitores a favor de um ou outro candidato.


Fiscalização
O TRE-AC deveria ser rígido com o registro de pesquisas. Porque qualquer um pode produzir números e contratar um estatístico para assinar e pronto. É preciso que se prove a metodologia da sondagem e a veracidade das entrevistas.

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Eficácia
E de fato as pesquisas influenciam os eleitores. Tem muita gente que prefere votar em quem está “supostamente” na frente para “não perder o voto”, como já ouvi dizer. Isso é um absurdo. O eleitor consciente deve escolher o candidato que acredita que poderá melhorar a situação do Estado. Nem sempre quem vence é o melhor e os acreanos viram isso na prática nas mais recentes eleições.


Essa é certa
Mas nada melhor do que os votos nas urnas para comprovar a vontade da população. Essa é a única pesquisa que funciona verdadeiramente. O resto é um “jogo de interesses” com os objetivos mais espúrios possíveis. O eleitor precisa ficar atento para escolher candidatos que realmente têm vínculos com o Acre e pretendam trabalhar pela população e não usar o mandato como mercadoria.


Radiografia
Outra questão referente as pesquisas produzidas no Acre é que são divulgadas muito tempo depois da coleta de dados. Isso não deveria ser permitido pelo TRE. Uma pesquisa retrata um determinado momento. E numa campanha as mudanças são constantes. Então a demora da sua divulgação certamente implicará em erros da sondagem.


Faroeste
Uma cena que pode ocorrer no palanque da oposição em Cruzeiro do Sul entre o ex-prefeito Vagner Sales (MDB) e o atual Ilderlei Cordeiro (PP): “esse palanque é pequeno para nós dois”. Essa rivalidade ainda vai dar muito o que falar na campanha.


Tinham razão
O deputado estadual Jenilson Leite (PC do B) e, naquele momento, o deputado federal Moisés Diniz (PC do B), chamaram a atenção para a FPA ter um vice da região de Tarauacá – Feijó. Realmente o PT tem garantido seguidas vitórias no Tarauacá-Envira e, mais um vez, a região foi esquecida nas chapas majoritárias da FPA e da oposição. Acredito que com um vice de lá seria mais conveniente para o Marcus Alexandre (PT).


Ilusão
Todo o Vale do Juruá tem, segundo os levantamentos do TRE de 2016, cerca de 18% do eleitorado do Acre. A força dos políticos da região no plano estadual vem da habilidade que possuem e não pelo número de votantes. Já teve legislatura do Juruá ter cinco da bancada acreana de oito deputados federais.


Por outro lado…
A região do Alto Acre desde a eleição do Zico Bronzeado (PT) à Câmara Federal que não emplaca um deputado federal da região. Das duas uma, ou falta união entre os eleitores de lá ou existe falta de autoestima por parte dos políticos do Alto Acre. Ter um parlamentar federal da região é um avanço para as prefeituras.


Ajudando os outros
As regionais de Sena Madureira, Tarauacá-Feijó e do Alto Acre têm votos suficientes para eleger os seus federais “domésticos”. Mas acabam votando em candidatos com base na Capital ou no Juruá. Nunca consegui entender essa lógica.   


Teste
Vamos aguardar para ver a votação da concorrente ao Governo, Janaína Furtado (Rede), que é vereadora em Tarauacá. Se o povo da região for “bairrista” ela pode sair forte da eleição. No mínimo poderá ajudar o marido, o blogueiro Accyoli (Rede), a ter chances de chegar à ALEAC.


A hora do novo
Acredito que só em 2022 veremos novas lideranças políticas com chances reais de governarem o Estado. No momento, as pesquisas mostram na frente três candidatos com perfis conservadores muito parecidos, Gladson Cameli (PP), Marcus Alexandre (PT) e Coronel Ulysses (PSL). Nessa eleição no Acre a esquerda ficou fora do páreo. A força política está com os pastores evangélicos a influenciar os candidatos. Mas como a política é cíclica, nas voltas que a vida dá ainda veremos muitas mudanças acontecerem.  

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