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Marina diz que segurança do Acre não é só questão de polícia e critica omissão federal nas fronteiras

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A ex-senadora acreana e pré-candidata à Presidência da República pela Rede, Marina Silva, afirmou que o problema da segurança pública no país não se resolve apenas com o uso das forças policiais, e criticou a omissão dos governos brasileiros em sua política de proteção das áreas de fronteira.


Marina está no Acre para cumprir agenda política, como o lançamento das candidaturas majoritárias da Rede em sua terra natal. Para o governo o partido lançou o nome da vereadora de Tarauacá Janaína Furtado. Ao Senado foi oficializada a candidatura do ex-reitor da Universidade Federal do Acre (Ufac) Minoru Kimpara.


“É fundamental que a questão da segurança não seja só uma caso de polícia, é também um caso de justiça, de justiça econômica, de justiça social, de justiça cultural, de igualdade de oportunidades. Sem isso nós vamos ficar enxugando gelo”, disse.

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Para Marina, políticas voltadas para a valorização dos jovens são essenciais para reduzir os índices de violência. Segundo ela, o Brasil tem perdido sua juventude para o tráfico de drogas e de armas. Ela defendeu ações voltadas para inserir os jovens no mercado de trabalho e oferecer formação técnica na idade apropriada.


A presidenciável ainda defendeu uma forte ação do governo federal em auxílio aos Estados nas ações de combate à violência. Na análise da ex-senadora, um dos principais problemas nesta área é o que classificou como omissão histórica dos governos federais de assumir uma política nacional de segurança.


“Nós temos uma situação de violência em vários Estados da nossa Federação, o Acre está entre um dos Estados mais violentos. E aqui tem uma explicação: é uma área de fronteiras, não é apenas uma fronteira, e um problema que foi o descaso dos sucessivos governos federais, desde a época do por Itamar [Franco], passando por Fernando Henrique Cardoso, pelos governos do PT, os governos Dilma-Temer. O governo federal nunca quis nacionalizar o problema da segurança pública”, disse ela.


A candidata defendeu a implementação de um plano nacional para o setor que integre as polícias, com o uso da inteligência e a valorização simbólica e econômica dos policiais.


Marina afirmou que por conta da não participação de Brasília nas políticas de segurança, Estados que antes tinham contornado a situação da violência, como Pernambuco, estão voltando a perecer com a criminalidade.


“Hoje nós temos uma realidade em que o Rio de Janeiro não é o Estado mais violento. No Norte e no Nordeste, em várias regiões do país, nós estamos ficando numa situação de quase descontrole.”


Questionada sobre a responsabilidade dos governos estaduais na atual crise da segurança, a presidenciável disse ser injusto “dizer que governos frágeis, sozinhos, eles têm condições de dar conta disso”.


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