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Conflito entre PT e oposição sobre a violência só complica mais a situação

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Tive o cuidado de assistir a coletiva do governador Tião Viana (PT) pela internet no Gabinete Civil e, posteriormente, também da bancada de oposição, as duas aconteceram na quinta, 12. O que está acontecendo em relação ao tema da violência do Acre no aspecto político é um grande equivoco. Pelas palavras do senador Sérgio Petecão (PSD) não foi pedido ao Governo Federal uma intervenção militar no Acre, mas uma ajuda para minimizar a situação. O deputado federal Alan Rick (DEM) disse que depois da visita dos parlamentares acreanos ao presidente Temer (MDB) ficou garantida a imediata liberação de R$ 25 milhões de recursos para serem aplicados pelo Estado em segurança. Já o deputado federal Flaviano Melo (MDB) afirmou que todo o primeiro escalão do Governo Federal com o ministro da segurança, Raul Jungmann, fará uma visita ao Acre para avaliar a situação. Também pelo tom dos oposicionistas não senti que existe a intenção de se estabelecer uma ação paralela ao Governo do Estado. Mesmo porque pela Constituição a questão de segurança pública é atributo das gestões estaduais. Portanto, se quiserem realmente parar essa “matança” no Acre é melhor todos os representantes políticos do Acre, de todos os lados, se entenderem. Nesse momento o que os acreanos menos precisam é de mais uma guerra.  


Precipitação
Na minha opinião, o governador Tião Viana (PT) se precipitou em responder a visita de parte da bancada federal ao presidente Temer através de notas e coletiva à imprensa. O melhor caminho seria a convocação de toda a bancada para uma reunião frente a frente para debater o assunto e atribuições.


Fogueira das vaidades
No Acre se estabeleceu uma regra que ninguém pode falar nada. Qualquer tipo de crítica é respondida com um tiro de canhão para aniquilar o interlocutor. Temos que voltar aos tempos da democracia. E isso vale tanto para alguns personagens do PT quanto da oposição. É muito mimimi, egos e vaidades feridas enquanto o povo está se lascando no meio de um tiroteio. Parece que a capacidade de diálogo foi perdida nas curvas dos nossos rios amazônicos.

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Palanque
Agora, se querem saber sobre o resultado político eleitoral de toda essa “trapalhada” o maior beneficiado foi o senador Petecão. Vivo escrevendo que eleitor adora vítima e parece que alguns políticos acreanos não se dão conta. Um discurso trivial na tribuna do Senado virou uma verdadeira “revolução” no Acre.


Falem mal…
Imediatamente ao ver o resultado do seu discurso, seguido da visita ao presidente Temer, Petecão adotou um tom conciliador. Deixou os seus críticos com as pedras nas mãos e jogou para a torcida. Acho que continuam a subestimar a capacidade política da enorme cabeça do senador acreano.  


…mas falem de mim
Evidentemente que o fator eleitoral não pode ser tirado do quadro no momento. Existe um processo de eleições em curso.  Então aqueles que são atacados por um Governo que não vive o seu melhor momento de popularidade, justamente por conta da violência, acaba saindo em vantagem diante da opinião pública. Ou alguém acha que o povão vai ler enormes missivas publicadas em jornais ou redes sociais?  


Recolhendo os cacos
Mas acho que ainda dá tempo de reverter essa situação. O governador, e vou repetir de novo, deve convocar com urgência uma reunião com a bancada federal. E que todos deixem as suas “armas” na entrada para poderem debater com sensatez e paz.  


Força da mulher
A ex-subsecretária de Pequenos Negócios, Silvia Monteiro (PMB), está conseguindo estruturar o Partido da Mulher Brasileira no Acre. Além de uma sede bem localizada, Silvia conseguiu quase duas mil filiações na legenda. Só em Cruzeiro do Sul foram mais de 400. São números consideráveis num momento em que a política está desacreditada. Silvia Monteiro é pré-candidata a deputada federal.


Disputa a estadual
Por outro lado, a principal candidatura do PMB para a ALEAC não é de uma mulher. Quem vai lutar pela vaga é o ex-deputado José Carlos (PMB). Na coligação de pequenos partidos da FPA que o PMB vai participar ele tem chances de voltar à ALEAC.


Perigo na esquina
É preciso cautela com os números de uma pesquisa que deverá ser publicada na próxima semana. Pode ser que algum candidato já queira vestir antecipadamente a faixa de governador. Uma pesquisa reflete o momento. Numa eleição cada dia contem a eternidade e as coisas podem mudar de repente, como se diz no Acre.  


Presidenciáveis no Acre
Pelas informações que tenho recebido apenas a Marina Silva (Rede) e o Jair Bolsonaro (PSL) têm planos reais de visitar o Estado nos próximos dias. Possivelmente os outros presidenciáveis não se darão ao trabalho de vir num nicho que representa 0,3 % do eleitorado nacional.


Exemplo positivo
A maneira como os vereadores de Rio Branco e a prefeita Socorro Neri (PSB) atuaram para aprovar a Lei que regulamenta o UBER no município é um ponto fora da curva. Conseguiram através do diálogo agradar gregos e troianos. Pelo que li os motoristas de UBER, de táxi e de mototáxi ficaram satisfeitos. Na reta final dos debates vereadores da base e de oposição se entenderam. Isso aconteceu porque houve diálogo entre todos os interessados. Deixaram esgotar o debate para depois votarem a Lei. Pena que isso é um exemplo perdido entre milhões de brigas políticas inúteis que só causam sofrimento para a população.


 


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