A ex-senadora e ex-ministra Marina Silva (Rede) passará alguns dias no Estado gravando programas para a sua campanha à presidência da República, no próximo final de semana. Na segunda e terça aproveitará para cumprir agendas de reforço da pré-campanha de Minoru Kimpara (Rede) ao Senado. Além de atividades em Rio Branco, está previsto a ida de Marina ao interior, provavelmente, para Cruzeiro do Sul. Ao contrário de outras eleições nacionais que participou os interesses de Marina no Acre ganharam maiores proporções. Isso porque além do ex-reitor da UFAC que disputa o Senado, terá também um candidato competitivo para deputado federal pelo seu partido. Carlos Gomes (Rede), em 2016, disputou a prefeitura da Capital e teve uma votação surpreendente ficando em terceiro lugar. A previsão é que a Rede faça a sua convenção partidária na primeira data autorizada pela legislação eleitoral, dia 20, sexta, indicando Minoru ao Senado e Janaína Furtado (Rede) para o Governo, além dos candidatos à Câmara Federal e ALEAC.
Negociações
A Rede está de fato negociando com o Avante e o PRTB a composição de uma coligação para disputar as eleições de 2018. O único ponto de divergência é a candidatura ao Governo. David Hall do Avante não quer abrir mão das suas pretensões para Janaína. A chapa teria os candidatos ao Senado Minoru Kimpara e Sanderson Moura (PRTB), além dos pretendentes a federais Lira Xapuri (PRTB) e Carlos Gomes.
Propósito
Se esses três partidos se unirem o candidato ao Senado da Rede terá um tempo maior de rádio e televisão nos programas eleitorais. O mesmo vale para os proporcionais para federal e estadual. A minha fonte afirma que a tendência é que os partidos cheguem a um acordo antes das convenções.
Assim é…
O vídeo polêmico de um debate entre os senadores acreanos Sérgio Petecão (PSD) e Jorge Viana (PT), no plenário do Senado, não me pareceu uma “briga”, mas um episódio normal em qualquer parlamento do mundo. Ali não é uma Escola de Freiras como costuma dizer o colunista Moreira Jorge. Cada um apareceu defendendo o seu lado da política, nada mais do que isso.
…se lhe parece
A violência no Acre se tornou o assunto do momento na política do Estado. Naturalmente Jorge Viana defendeu as ações do Governo do seu partido, o PT, e criticou a omissão do Governo Federal. Petecão cobrou humildade dos atuais gestores petistas e uma intervenção mais efetiva do Governo Temer (MDB), seu aliado, na questão. Mas não vi ofensas e agressões na atuação dos dois senadores.
Espinheiro
O problema é que a violência no Acre ultrapassou os limites da tolerância. Consequentemente entrou na pauta política eleitoral. É preciso que os nossos parlamentares mantenham a “cabeça fria” e provoquem ações apartidárias efetivas para tentarem equacionar o problema e devolver a paz aos acreanos.
Comodismo
Agora, é preciso destacar que o atual Governo do Estado demorou para se manifestar de uma maneira convincente para tranquilizar a população. O depoimento, na semana passada, do atual secretário de segurança, Vanderlei Thomas, “de que a população precisa se acostumar com a situação”, foi um desastre. Só trouxe mais intranquilidade.
Ação positiva
A gente precisa ser justo. Criticar e elogiar de acordo com os fatos concretos. Nesta quarta, 11, foi votado na ALEAC um projeto do Governo Estadual que beneficia a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros com incorporações de benefícios aos salários, o “soldão”. Também o aumento do Banco de Horas para os soldados e a possibilidade de convocação dos militares da reserva renumerada para voltar à ação.
Autoestima
Ninguém tem criticado mais essa situação caótica que se instalou na segurança pública do que eu. Mas é preciso também reconhecer quando se faz alguma ação positiva que poderá ter eficácia no combate a essa “guerra insana” que tem causado tanta dor às famílias acreanas. Esse projeto do Governo votado na ALEAC que beneficia PMs e bombeiros é um primeiro passo que melhora a autoestima das tropas para o combate à violência.
Reação
O governador Tião Viana (PT) publicou uma longa carta criticando o senador Petecão pelo “desconhecimento” técnico que tem da segurança pública. Cobrou um posicionamento mais efetivo do Governo Temer, aliado de Petecão, no auxílio para o combate à violência no Acre. Sem dúvida, o texto contém argumentos que procedem. Mas isso resolve?
Mais lenha na fogueira
Infelizmente essa missiva, além dos argumentos técnicos, contém ainda um componente político inegável. Não seria melhor o governador simplesmente convocar a Bancada Federal para uma reunião de conciliação no seu Gabinete? Utilizar cada um dos pontos técnicos colocados no texto, frente a frente, com cada deputado federal e senador do Estado? Cobrar uma ação conjunta das várias instâncias do poder público para equacionar o caos que se instalou no Acre com a Guerra de Facções? Se cada um dos representantes do povo acreano quiser resolver essa questão “puxando a sardinha” para o seu lado político não chegaremos a lugar nenhum e a população continuará a sofrer. A verdade é que a questão da violência requer uma ação conjunta. É preciso que todos os lados da nossa política vistam as sandálias da humildade. Não estamos falando de números estatísticos, mas de vidas que estão se perdendo numa situação descontrolada. A responsabilidade é de todos. Parafraseando Mahatma Gandhi, que libertou a Índia do jugo inglês sem disparar um só tiro, “olho por olho e dente por dente e teremos um Acre de cegos e banguelas”.
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