Enquanto a Polícia Civil do Acre reduziu o horário de funcionamento de suas delegacias como medida para conter gastos, na outra ponta outras despesas são autorizadas.
A Secretaria de Polícia Civil está há mais de um mês responsável pela guarda e operação do aparelho de interceptação telefônica conhecido como “Guardião”. Para garantir seu funcionamento, a instituição vai gastar R$ 14,9 mil por mês para contar com manutenção 24 horas e sete dias por semana por parte de empresa especializada, a Digitro Tecnologia.
Levando em conta uma vigência de contrato anual, a despesa final será de quase R$ 180 mil.
Até alguns anos atrás o “Guardião” era motivo de muita polêmica. No campo político, a oposição acusava os governos do PT de usar o aparelho para “grampear” conversas de políticos adversários e jornalistas.
O governo sempre negou as acusações, afirmando que somente conversas autorizadas pela Justiça são interceptadas. As autoridades defendem o “Guardião” como instrumento de inteligência policial para monitorar as conversas dos líderes do crime organizado.