Perseverante. É assim que pode ser definido o lateral esquerdo Filipe Luís. Aos 32 anos, o jogador do Atlético de Madri pode ganhar a primeira chance como titular em um jogo de Copa do Mundo na próxima segunda-feira (2), quando a seleção brasileira enfrenta o México, às 11h (horário de Brasília), em Samara, pelas oitavas de final.
A oportunidade deve surgir para o lateral justamente por algo que ele sofreu e, por consequência, perdeu chances na carreira: uma contusão.
Ele é o substituto de Marcelo, que sentiu um espasmo (contrações involuntárias dos músculos na coluna) no início do jogo contra a Sérvia na quarta-feira (27) e é dúvida para a partida eliminatória.
Substituído aos 9 minutos da etapa inicial, o atleta do Real Madrid apenas realizou fisioterapia nesta sexta-feira (29) e ficará em tratamento até o dia do confronto para tentar estar apto.
Lesão é uma palavra que virou rotina para Filipe Luís às vésperas de Copa do Mundo. Em 2010, o jogador do Atlético de Madri era cotado para disputar o Mundial da África do Sul, mas sofreu uma grave fratura no tornozelo direito, correu o risco de perder o pé e ficou fora da competição.
Oito anos depois, o jogador viveu o mesmo drama. Dois meses antes do anúncio da lista de convocados para o Mundial da Rússia, fraturou a fíbula da perna esquerda.
Ele conseguiu se recuperar antes da previsão inicial, disputou três partidas e foi chamado por Tite.
“Falei à minha esposa que seriam dois meses em que ela não me veria muito em casa, porque eu daria a vida para voltar a tempo. Mesmo que não fosse convocado, queria daqui a dez anos saber que dei tudo para me recuperar e consegui”, disse o catarinense, que era cogitado também para disputar a Copa do Mundo do Brasil, há quatro anos, mas não foi chamado por Luiz Felipe Scolari.
Ele esteve na conquista da Copa das Confederações em 2013, mas viu do banco as cinco partidas. Com Dunga, era titular da seleção. Quando Tite chegou, chamou Marcelo e colocou na reserva o jogador do Atlético de Madri, que nunca se queixou por isso.
“Com o Dunga eu vinha jogando, mas o time não vinha bem. Estávamos em um momento complicado, fora da zona de classificação para a Copa [de 2018]. Eu prefiro estar sempre em um time vencedor”, afirmou à Folha em 2017.
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