Desde a primeira eleição de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos, em 2008, que as redes sociais se tornaram um poderoso instrumento de marketing eleitoral. Naquela ocasião, a equipe de Obama conseguiu “viralizar” a expressão “yes we can” ( sim nós podemos) entre os internautas americanos. Isso foi essencial para a vitória de um candidato negro e com ideias liberalizantes ao cargo político mais importante do planeta. Nas eleições brasileiras, a ferramenta também se tornou fundamental. Em 2014, os presidenciáveis, passando pelos candidatos aos governos estaduais, ao Senado e aos parlamentos, travaram na internet uma grande batalha. E as tecnologias e plataformas de redes sociais melhoraram muito nos mais recentes quatro anos. Portanto, nas eleições brasileiras de 2018 o espaço virtual continuará sendo fundamental para os candidatos debaterem cotidianamente com seus eleitores e divulgarem as suas ideias. Como diria o comunicador Chacrinha, “quem não se comunica se trumbica” e atualmente um dos meios mais eficientes de comunicação são as redes sociais.
Campeão digital
O senador Jorge Viana (PT), que disputa a reeleição, entre aos candidatos ao Senado do Acre, é o que tem o maior número de internautas seguidores. Usando o Instagram como referência, JV alcançou em seis meses de militância na plataforma a marca de 10 mil seguidores. Ney Amorim (PT) tem 9 mil, Minoru Kimpara (Rede) 2890, Sanderson Moura (PRTB) 2246, Sérgio Petecão (PSD) 1230 e Márcio Bittar (MDB) 736.
Segredo do sucesso
Conversei com o Jorge Viana que afirma cuidar pessoalmente das suas postagens para não perder o caráter pessoal. “Os seguidores virtuais precisam de um contato direto com o titular da página para se relacionarem e não com assessores,” diz ele. O senador destaca ainda que nunca “promoveu” pagando as plataformas para aumentar o número de likes e de seguidores, ou seja, foram acessos espontâneos, segundo ele.
Experiência
Jorge começou a sua militância digital nas redes sociais no Facebook onde tem 114 mil seguidores e no Twitter com 66 mil. Ele se gaba de ter tido postagens com mais de um milhão e quinhentos mil acessos. “Isso obviamente porque tenho também seguidores de fora do Acre e do Brasil,” destaca.
Instrumento de paz
O senador acreano revela como acha que deve ser o uso dessa ferramenta virtual. “As redes sociais não devem servir para agressão. Eu procuro utilizá-las como um grupo de amizades que me permite receber opiniões sobre diversos assuntos e acaba me ajudando muito no meu trabalho no Senado,” diz ele.
Candidatos ao Governo
Ainda utilizando o Instagram como base por ser a mais nova plataforma de redes sociais do momento sondei também os seguidores dos candidatos ao Governo do Acre. Gladson Cameli (PP) tem 10.700, Marcus Alexandre (PT) 5565, Coronel Ulysses (PSL) 3561 e Janaína Furtado (Rede) 1379.
Plateia cativa
A vantagem dos candidatos de terem muitos seguidores nas redes é que facilita a comunicação direta. Também permite divulgar rápido alguma informação importante para a campanha ou mesmo desmentir e esclarecer algum fato nebuloso publicado pela mídia.
Palanque eletrônico
Os tempos mudaram e o efeito de uma postagem bem feita por um candidato nas redes sociais é muito maior do que o de um palanque presencial. A política caiu em descrédito para grande parte da população decepcionada e acho muito difícil alguém sair de casa para assistir um comício.
Campeão de audiência
Acredito que o bom desempenho dos candidatos nas redes sociais deverá superar a exposição feita nos programas eleitorais gratuitos de rádio e televisão. Atualmente o tempo foi drasticamente reduzido de exposição e as TVs de assinatura proliferaram diminuindo bastante o acesso às TVs abertas.
Matéria prima
O que também ajuda uma boa participação dos candidatos nas redes sociais é a sua presença em sites e TVs gerando matérias positivas. Ter assuntos relevantes e bem elaborados para compartilhar com os internautas seguidores é essencial para melhorar a audiência.
Espaço democrático
Vale ressaltar ainda que a internet é um espaço absolutamente democrático. O candidato não precisa ter um partido de grande representatividade na Câmara Federal para ter o seu espaço nas redes. Basta um pouco de criatividade e poder de comunicação. Como no caso do Acre temos 52% do eleitorado em Rio Branco praticamente todo mundo tem ao menos um celular para acessar a internet. Além do fato, que mesmo as cidades do interior acreano, também aumentaram muito o acesso das suas populações à internet, Portanto, quem quiser brilhar nessas eleições terá que ser criativo e saber lidar bem com todas as ferramentas que a internet oferece. Esse é um dos caminhos certos para poder ter acesso diário à opinião pública e dar o seu recado.
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