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Na luta contra o câncer de mama, jovem faz ensaio fotográfico e vira símbolo de persistência contra a doença

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Quando foi diagnosticada com câncer de mama em fevereiro deste ano, a servidora pública Ana Luísa (29) “ficou sem chão”. Foi a sua primeira reação. Depois, ela percebeu a oportunidade de renascer a partir do diagnóstico e ajudar outras pessoas com câncer. “Entendi que estava recebendo uma nova chance de ver a vida de outra forma”, diz.


Para mostrar sua luta contra o câncer, Ana Luísa, que está em tratamento contra a doença, fez um ensaio fotográfico sem lenço e peruca. É reflexo de uma jovem que, como ela mesma diz, renasceu e passou a encarar as dificuldades diárias com leveza. As fotos são de Alexandre Lima.


Leia a entrevista de Ana Luísa ao ac24horas

Como surgiu a ideia do ensaio e por quê?

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Ana Luísa – Então, eu sempre quis fazer um ensaio mas nunca tive oportunidade e morria de vergonha de fazer. Eu sempre via grávidas, formandas e noivas fazendo, e eu tava esperando algum acontecimento desse pra poder fazer um também. Quando eu precisei raspar o cabelo eu percebi que tava na hora de registrar, porque era um “acontecimento” da vida. Como não é todo dia que a gente precisa raspar o cabelo, achei válida a ideia e todos me apoiaram.


Como foi receber a notícia?


Ana Luísa – Quando eu vi o resultado da biópsia eu não entendia o que era carcinoma (o nome técnico do câncer), então mandei para uma irmã médica e minha mãe, além de ter procurado no Google. Até então eu achava que não era nada, até que a ficha finalmente caiu e eu entendi que estava com câncer.


Essa é uma doença que joga qualquer pessoa na parede do desespero. O que você diria a uma pessoa numa situação dessa?


Ana Luísa – Logo que eu recebi o diagnóstico eu fiquei meio sem chão em relação ao que fazer acerca do tratamento, porque todo mundo pinta a quimioterapia como uma coisa terrível, que só serve pra derrubar o cabelo. Então eu seguia uma moça no Instagram de Balneário Camboriú que também foi diagnosticada com câncer de mama (temos a mesma idade, inclusive) e ela me disse “calma, não é nada do outro mundo”. Eu acreditei nisso e é essa mensagem que eu venho tentando passar para as pessoas. Não é nada do outro mundo e da pra levar uma vida normal. O psicológico tem que estar muito bom e não pode se deixar abater, senão o tratamento fica penoso mesmo. Lógico que nem todos os dias são bons, mas na maioria deles eu tento levar a vida o mais normal que eu consigo.
Fala-se muito que câncer é sentença de morte, mas para mim e para as demais pessoas que eu conheci durante o tratamento, o câncer serviu mais como o início de uma nova vida. Por isso eu repito a mensagem: não é nada do outro mundo e todo mundo pode passar por isso de uma forma leve!


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