O Acre registrou, em seis meses, uma redução de 16% no número de mortes violentas, ou seja, assassinatos. Os números foram contabilizados para o primeiro semestre, ou seja, entre janeiro e junho. Só em Rio Branco, a Capital do estado, a baixa foi de 36% no mesmo período. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SESP).
Para se ter uma ideia, as forças policiais realizaram nos primeiros 110 dias de 2018, 1.400 operações. Deste, grande parte contou com o apoio das forças de segurança da união, principalmente na fronteira, onde o Exército já toma espaço para conter o tráfico de drogas, num comando do presidente da República Michel Temer.
Pelo gráfico divulgado pela SESP, o Acre registrou, em 2017, nesse mesmo período, 2013 mortes, contra as 178 desse ano. Rio Branco já marcava, no ano passado, 136 assassinatos, contra os 101 de agora. Só na Capital, 35 mortes a menos. Contudo, os números seguem alarmantes com os boletins policiais em destaque na mídia.
Tráfico de drogas: o “pai” das mortes
A guerra entre facções pela conquista de território é realidade em todo o Brasil. Porém, até 2006, as regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte tinham taxas de homicídio similares eu variavam em torno de 25 por 100 mil habitantes. Desde então, a realidade é: queda da violência no Sudeste e aumento nas outras três regiões.
O motivo é a mudança das dinâmicas do crime organizado. Grupos criminosos nascidos no Rio de Janeiro e em São Paulo passaram a disputar territórios em outras regiões do país, especialmente as regiões fronteiriças. Com isso, diversas facções criminosas surgiram ou se fortaleceram no Norte e Nordeste, como é o caso do Acre, que possui quase dois mil quilômetros de fronteira.
De 2011 a 2015, o Nordeste foi a região mais violenta do país. Mas, em 2016, o Norte assumiu a liderança, com um aumento de mais de 10% de um ano para outro.