Existe um dito popular que afirma: “Me diga com quem andas e te direis quem és”. Mas isso nem sempre vale para a política. Os eleitores costumam fazer as suas próprias leituras dos candidatos que se apresentam aos cargos majoritários. Sobretudo, no Acre, aquilo que acontece nacionalmente no cenário político pode não se refletir no resultado das urnas. Mesmo assim a recente pesquisa do Instituto Delta traz alguns pontos que merecem ser analisados porque poderão interferir nos votos dos acreanos. Como esperado o presidente Michel Temer (MDB) também tem uma rejeição monstruosa no Estado. Resta saber se os candidatos que o apoiaram nos últimos tempos sofrerão algum tipo de represália eleitoral. Os senadores Gladson Cameli (PP) e Sérgio Petecão (PSD), fizeram parte da base parlamentar de Temer. O mesmo aconteceu com os deputados federais Flaviano Melo (MDB), Jéssica Sales (MDB), Alan Rick (DEM) e Major Rocha (PSDB). Será que os eleitores irão fazer a associação direta desses parlamentares com o Temer? Ainda no plano majoritário, Márcio Bittar (MDB), pré-candidato ao Senado é do partido do presidente e terá que dar as suas explicações durante a campanha. Pela lógica esses candidatos deverão tentar se desvencilhar o mais rápido possível para os eleitores da incômoda companhia de Temer.
No outro extremo
Também o Governo do Estado comandado por Tião Viana (PT) teve uma avaliação ruim por parte dos acreanos, segundo a pesquisa Delta. Nesse caso, quem terá que analisar como lidar com o desgaste são os candidatos majoritários da FPA. Marcus Alexandre (PT) conseguirá mostrar que tem um projeto de renovação para o Governo? O mesmo vale para os candidatos ao Senado Jorge Viana (PT) e Ney Amorim (PT), além dos pretendentes às vagas de deputado federal como Léo Brito (PT), Raimundo Angelim (PT) e Sibá Machado (PT). Eles precisarão apontar novos rumos para o Acre. E acredito que tudo isso passa por uma autocrítica. Se houver uma defesa do atual modelo será uma tragédia anunciada.
O fator Bolsonaro
O presidenciável Bolsonaro (PSL) aparece na frente das intenções de votos dos acreanos com pouco mais de 30%. Mas esses outros 70% devem ser de eleitores absolutamente contra. Porque no caso do Bolsonaro é tudo muito radical, tipo ame-o ou deixe-o. Então não dá para mensurar se o pré-candidato ao Governo Coronel Ulysses (PSL), terá mais lucro ou prejuízo na união com o presidenciável. O mesmo vale para o Senado com Pedraza (PSL) e Bocalom que concorre a deputado federal.
Prejuízo maior
Resumindo não sei quem terá mais prejuízos. Os candidatos que têm ligações com Temer, Tião Viana ou Bolsonaro. Claro que toda moeda tem dois lados e existem aqueles que aprovam também esses três personagens ocultos das eleições acreanas. Um equação complexa que terá o seu resultado conclusivo só em outubro ao abrir das urnas.
Além da influência
Agora, nas eleições do Acre esses fatores das “companhias” seja de nível nacional ou regional podem ser superadas pelas personalidades dos candidatos. Isso a gente tem visto bastante nas mais recentes eleições. Por exemplo, o Marcus era o candidato do Governo do PT à prefeitura da Capital, em 2016, e ainda assim venceu no primeiro turno com 56% dos votos. E não acredito que a gestão estadual estivesse bem avaliada naquele momento.
Disputa renhida
Tampouco acredito que os eleitores irão associar a atuação do senador Gladson Cameli diretamente com o “desastre” do Governo Temer. Claro que podem sobrar resquícios. Mas a avaliação do eleitor não ficará restrita à associação de Gladson com Temer, de Marcus com Tião Viana e de Ulysses com Bolsonaro. Nesses casos, todos terão perdas e danos e não dá para o “roto falar do rasgado”.
A hora da mulher
A ex-sub-secretária de Pequenos Negócios, Silvia Monteiro (PMB), assumiu a presidência do Partido da Mulher Brasileira, no Acre. Conseguiu filiar mais de mil novos militantes na legenda e foi prestigiada pelo Diretório Nacional. Silvia é pré-candidata a deputada federal e terá a missão de ajudar o PMB a superar a cláusula de barreiras para continuar a existir.
Tarifas versus buracos
A polêmica questão do aumento das tarifas de ônibus de Rio Branco passa pelo subsídio dado nas passagens nos tempos do prefeito Marcus Alexandre. O preço real era de R$ 3,80, mas a prefeitura entrava com R$ 0,30 e o usuário pagava só R$ 3,50. No preço de R$ 4 esses 30 centavos já foram retirados porque a prefeita Socorro Neri (PSB) quer investir esse valor que saia do Orçamento Municipal em operações Tapa Buraco.
De boas intenções…
O projeto do vereador Roberto Duarte (MDB) de redução das tarifas tem lógica. Se a prefeitura de Rio Branco começar a realizar determinados serviços irá desonerar as empresas de ônibus. Isso vai se refletir nas planilhas de custo. Só não sei se esse projeto pela legislação poderá vir do parlamento municipal porque incide em despesas para o Executivo.
Grande personagem
O presidente do PHS Manoel Roque é sem dúvida um caso político a ser estudado. O partido, se não me engano, tem apenas três vereadores eleitos, dois na Capital e um em Cruzeiro do Sul. Ainda assim Roque consegue se fazer ser ouvido pela mídia e divulgar as suas pretensões. Defende com unhas e dentes os interesses do PHS na FPA e no cenário político acreano. A minha percepção é que pouco a pouco Manoel Roque com seu estilo combativo e polêmico está colocando o PHS em destaque no mapa da política acreana. Serve de exemplo para outros partidos tanto da FPA quanto da oposição. Como diz o filósofo chinês: “Quem não chora não mama”.
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