Não é preciso nem se recorrer às pesquisas até aqui realizadas para se ter o quadro de que a disputa do governo está polarizada entre os candidatos Marcus Alexandre (PT) e Gladson Cameli (PP), sem que se possa apontar um favorito. Dizer que este ou aquele vai ganhar no primeiro turno é entrar pelo lado da quiromancia e fica por conta dos cabos-eleitorais e torcedores da campanha. Tende a ser uma briga ferrenha. O Marcus tem votos pessoais além dos muros petistas, tem a máquina do governo a favor e já mostrou não ser amador em campanha. Gladson Cameli (PP) representa sem dúvida o melhor candidato a governador que a oposição teve nas últimas eleições, por ser palatável e estar o PT no seu pior momento político. Não existe nenhum fato novo que mostre a tendência de que outro candidato a governador possa vir a quebrar esta polarização entre as candidaturas do PP e PT. Esta eleição está muito longe de se dizer que está decidida. Mesmo porque a campanha nem começou. A recente pesquisa do DELTA não mostra um descolamento grande de um candidato para outro que posso se configurar como amplo favoritismo. A eleição será decidida nos detalhes.
FANTÁSTICO
O FANTÁSTICO não trouxe surpresas para quem mora no Acre na matéria sobre a violência que dominou as suas cidades. Não tem nada sob controle como apregoa o governo. Foi cirúrgica ao quebrar o discurso conveniente que a culpa exclusiva do abandono das fronteiras, por onde entram drogas e armas, é exclusiva do Temer. Os depoimentos do Lula e da Dilma prometendo a vigilância das nossas fronteiras e não cumprindo desmontam a versão de fazer só do Temer o culpado. Resultado: deixou uma péssima imagem nacional para o Acre.
ISSO PODE, ARNALDO?
A passagem chocante e tragicômica da matéria do FANTÁSTICO é a que mostra que em Marechal Taumaturgo, fronteira com o Peru, tem apenas uma policial civil para cuidar de uma Delegacia de Polícia. Tem de ser Delegada, agente de investigação e escrivã ao mesmo tempo. Isso pode, Arnaldo?
NÃO RESTAM DÚVIDAS
Ainda restam dúvidas de que Rio Branco se transformou num lugar violento? O MP tem dados de que 61% dos crimes são praticados em Rio Branco e 84% na cidade. Números não mentem.
COM RESERVA
A notícia veiculada de um suposto “ataque de adversários” à aeronave do candidato ao governo, senador Gladson Cameli (PP), deve ser vista com reserva. O faço com a cautela de não nominar autores suspeitos sem apuração policial. Não acuso por suposição este ou aquele partido político. Como jornalista, eu não posso partidarizar os fatos e sem uma prova. Não há como debitar um suposto vandalismo a qualquer adversário da candidatura Cameli sem provas. Não entro pelo caminho da adivinhação.
NÃO HÁ COMO ACUSAR
Sem que o fato noticiado pela assessoria do candidato Gladson Cameli (PP) seja apurado pelas autoridades policiais e apontados os culpados não há como fazer condenações por suspeitas.
EXPERIÊNCIA DE CAMPANHAS
O jornalista Ailton Oliveira é cotado para assumir a assessoria de imprensa do candidato ao governo, Coronel Ulisses Araújo (PSL). Seria uma boa escolha. O profissional é experiente em cobertura de campanhas políticas. Vai preencher uma lacuna na campanha do Ulisses.
ÚNICO CAMINHO
O prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro, só tem um caminho imediato a seguir se quiser se recuperar da desgastada imagem política: acabar com a buraqueira na cidade. Sem isso vai continuar aparecendo nas pesquisas de opinião pública como um gestor muito mal avaliado. Tem todo um verão para fazer isso. Já vi muito prefeito reverter situações piores. Não é irreversível.
SEU PROBLEMA É NO CURTO PRAZO
O seu projeto ambiental de transformar lixo em energia é moderno e está de acordo com as melhores práticas ecológicas. Mas é uma política ao médio prazo. O que o derruba na avaliação popular é a não solução imediata dos buracos da cidade. O feijão com arroz primeiro, o filé mignon que venha depois. Deve se preocupar agora só com os buracos.
TESE QUEBRADA
A tese do ex-prefeito Vagner Sales de que a candidatura do Gladson Cameli (PP) pode ser prejudicada pelo prefeito Ilderlei Cordeiro (PP), não bateu com a realidade na última pesquisa. Cameli ganha bem no município. E o Márcio Bittar (MDB), candidato do Vagner, aparece na pesquisa do DELTA levando uma surra do petista Jorge Viana em Cruzeiro do Sul.
FRIALE CANDIDATO
O mago do clima, o “Friale” é apontado como candidato a deputado. Filiou-se ao PATRIOTAS. Pode na campanha virar o candidato da revolta do povo com os políticos tradicionais.
NÃO DEIXEM FORA DAS CONTAS
Costuma quando se fala em candidatos com chance de eleição á ALEAC se ater apenas aos nomes dos grandes partidos. É um erro, porque muitos dos eleitos virão de coligações de partidos nanicos. É bom lembrar que as regras são as mesmas das eleições passadas.
OPÇÃO PELO AGRONEGÓCIO
Está bem claro nesta pré-campanha dos candidatos ao governo pela oposição, Gladson Cameli (PP) e Ulisses Araújo (PSL), que será feito no plano econômico o combate ao projeto petista da florestania e a defesa da abertura da fronteira acreana para o agronegócio como carro-chefe.
NÃO PODE CONTINUAR
O certo é que o Acre não pode mais ficar na dependência quase exclusiva do FPE.
CASA DE FERREIRO, ESPETO DE PAU
O ex-governador Binho Marques exilou-se em Brasília e mais uma vez ficará de fora da campanha política do PT. Deve no máximo aparecer por aqui para votar. E logo o Binho que disse ser o Acre o melhor lugar do mundo para ser viver. Casa de ferreiro, espeto de pau.
CONTINUA A PUNIÇÃO
A punição continua aos proprietários de veículos movidos à gasolina, que voltou a ter um novo reajuste nos preços. O Temer vai chegar ao fim do mandato com no máximo 2% de aprovação. É um governo de muitas trapalhadas, que resultam em sua péssima popularidade.
PAUTA PRINCIPAL
Não há como ficar de fora. A Segurança Pública será a principal bandeira de críticas dos candidatos ao governo pela oposição. Os discursos estão bem claros na pré-campanha. Mesmo com os avanços alcançados com as ações policiais, a segurança estará no centro dos debates.
BATEU RECORDE
Nesta eleição, a presença das mulheres como candidatas para a Câmara Federal, bateu recorde. Disputam mandatos na área, a Perpétua Almeida (PCdoB), Antonia Lúcia (PR), Rosana Nascimento (PPS), Vanda Denir (SOLIDARIEDADE), Charlene Lima (PTB), Jéssica Sales (MDB) e Mara Rocha (PSDB). O mais interessante é que todas com bom potencial de votos.
FOGO AMIGO
Esta eu ouvi ontem de um político da FPA sobre o resultado da pesquisa do DELTA: “não decide a eleição, mas serve para mostrar ao pessoal do governo que deve calçar a sandália da humildade e deixar a arrogância de lado”. Não sei se ainda conhecem a palavra humildade.
RESULTADOS COM RESERVA
Os resultados de pesquisas neste momento devem ser olhados com reservas, porque a campanha não está propriamente nas ruas, não chegou ao eleitor, muitos não sabem quais são todos os candidatos. A partir de agora e até o fim do mês é só Copa do Mundo.
PANORAMAMAIS CLARO
As pesquisas do fim de julho é que começarão a dar uma visão mais clara das candidaturas. Mas a pesquisa do DELTA vem com um dado histórico: pela primeira vez na década um candidato da oposição aparece na frente nas pesquisas. É um fato a ser analisado.
A QUESTÃO MINORU
A grande novidade na pesquisa do DELTA não foi nem os senadoresJorge Viana (PT) e Sérgio Petecão (PSD) estarão liderando, o Ney Amorim (PT) em crescimento, mas o candidato Minoru Kinpara (REDE) surgir com 20,75% em Rio Branco, o maior colégio eleitoral, com tendência de melhorar o número quando seu nome for mais projetado na mídia. Está no jogo.
PONHAM NA CONTA MAJORITÁRIA
Os candidatos ao Senado e ao Governo ao analisarem as pesquisas fiquem de olho nos índices conquistados em Rio Branco, porque é aqui que está o maior número do eleitorado.
PURO UFANISMO
Ficar neste momento em que a campanha não está no seu epicentro se falando em vitória no primeiro turno é o mais puro ufanismo futurista, como que querer adivinhar o imponderável.
ERA PARA SER MAIOR
As últimas pesquisas tinham mostrado uma diferença muito larga do senador Gladson Cameli (PP) sobre o candidato Marcus Alexandre (PT) no Juruá. Nesta do DELTA a sua diferença caiu para 10%. Também se esperava uma diferença maior a favor do Marcus na Capital, onde aparece num empate técnico com o candidato Cameli. Os dois números se mexerão na campanha. Na Capital a máquina petista não está nas ruas.
PARA OUTRO PARÂMETRO
Nada contra os institutos de pesquisas regionais, mas para se ter outro parâmetro é bom aguardar os resultados de uma pesquisadora nacional como o IBOPE, para comparar os números. Lembrando sempre que pesquisa não ganha eleição e que indica apenas uma tendência de momento do eleitorado.
PLANO POPULAR
O candidato ao governo Marcus Alexandre (PT), optou por não formular um Plano de Governo num ambiente fechado, preferiu em cada uma das reuniões que está tendo nos municípios, ouvir os mais variados segmentos e levar em forma de proposta para a elaboração do documento. A apresentação do seu programa de governo está prevista para o mês de agosto.
LUZ NO FIM DO TÚNEL
Quando vejo alguém com qualificação entrar para a vida política como candidato me causa euforia. Porque se a credibilidade dos políticos chegou ao fundo do poço é porque se elegeu pessoas despreparadas. Nesta campanha termos um Juiz de Direito aposentado, Pedro Longo, como candidato a estadual. Alguém que pode chegar na ALEAC para contribuir nos debates..
VAMOS DEIXAR DE HIPOCRISIA
Vamos cessar este discurso hipócrita de responsabilizar apenas os políticos pela compra de votos. Se o político compra o voto é porque tem um eleitor que vende. Não há meio termo.
SAIRIA POR CIMA
Depois de tantas dúvidas, discussões, suspeitas atravessadas sobre o pedido de aumento do preço das passagens de ônibus, a prefeita Socorro Nery sairia politicamente por cima se suspendesse o reajuste. E esperasse a análise a ser feita pelo TCE e MP. Seria mais cauteloso.
ENTRA COMO FAVORITA
Numa coligação como a do PTC-PSC-PMN-PPS-SOLIDARIEDADE para deputado federal, dificilmente, pela boa votação obtida na eleição passada, a candidata Vanda Denir (SOLIDARIEDADE) não entrará na briga como favorita pela vaga em disputa.
REGRA MAIS ABERTA
Para os debates desta eleição, as emissoras agora serão obrigadas a chamar os candidatos dos partidos que tenham um mínimo de cinco parlamentares no Congresso. Antes o mínimo exigido era de nove parlamentares. Fora esta regra, as emissoras convidam se quiser.
VALORES DE CAMPANHA
Por lei, cada candidato nesta campanha poderá gastar na seguinte ordem: presidente, 70 milhões de reais; governador, 21 milhões; deputado federal 2,5 milhões; senador, 5,6 milhões e estadual até o teto de 1 milhão de reais. Só que não fica nisso, tem o famoso Caixa 2. Some-se a isso a verba de um fundo eleitoral de 1,7 bilhões de reais, que será distribuída aos partidos. E teremos em todos os sentidos uma farra financeira na eleição desde ano. Paga à nossa custa.