Uma pesquisa deve ser analisada com calma em cima de todos os números para poder se ter um quadro real da situação momentânea da disputa. Evidentemente que aqueles apresentados pelo Instituto Delta chamam a atenção, num primeiro momento, pelas porcentagens de intenções de votos absolutos aos candidatos ao Governo. Mas se a gente prestar atenção, por exemplo, na sondagem espontânea da pesquisa recém divulgada veremos que 77,69% não quiseram ou não souberam opinar em quem votariam para governador do Acre, ou seja, estão indecisos. Somados aos brancos e nulos de 3,75% somariam mais de 80% na sondagem espontânea. Isso significa que o eleitor não tem ainda nem conhecimento de quem são os candidatos, apesar de toda a mídia em cima de Gladson Cameli (PP), Marcus Alexandre (PT), Coronel Ulysses (PSL), Janaína Furtado (Rede), David Hall (Avante) e Lyra Xapuri (PRTB).
Quem tem seu voto
cristalizado vai falar o nome do seu escolhido sem pestanejar. Mesmo na pesquisa induzida, quando se apresenta os nomes dos candidatos, temos ainda 16,12% de indecisos e quase 8% de brancos e nulos. Portanto, na minha
avaliação, ainda não chegou a hora de ninguém abrir a champanhe da vitória. O resultado da eleição será decidido mesmo durante a campanha oficial que começa dia 15 de agosto.
Pisando em ovos
Quem achar que já ganhou a eleição pode se preparar para a derrota. Por esses números divulgados não dá nem para piscar até o dia 7 de outubro. Será uma das disputas ao Governo do Estado mais acirradas da história do Acre. Os candidatos precisarão se empenhar para solidificarem seus votos.
Tendência de segundo turno
Acredito que o Coronel Ulysses ainda irá crescer no processo. Não sei se em porcentagens que coloquem em risco Gladson e Marcus. Mas dificilmente essa eleição será decidida no primeiro turno. Na segunda volta quem se articular melhor estará em vantagem. Sem falar que aí os debates ficarão mais interessantes e com maior poder de influenciar o eleitor indeciso.
Fator Bolsonaro
A liderança de Jair Bolsonaro (PSL) com 32,50% das intenções de votos para a presidência no Acre poderá ser um alento ao Ulysses se conseguir casar os votos. Mas esse não é um processo muito simples. Porque pelos números da pesquisa nada parece estar muito casado. Na minha avaliação, os votos estão sendo dados em personalidades e não determinados por fatores ideológicos.
Surpresa
O nome da vereadora de Tarauacá, Janaína Furtado (Rede) aparecer com quase 3% das intenções de votos é surpreendente. Se tiver recurso para vender o projeto da Rede e associar o seu nome ao de Minoru Kimpara (Rede) para o Senado e de Marina Silva (Rede) à presidência poderá ainda crescer mais.
Voz das ruas
Considero o Instituto Delta efetivo nos resultados das pesquisas. Esses números divulgados com o Gladson na frente demostram aquilo que tenho sentido nas ruas. Marcus terá que driblar o desgaste do atual Governo de Tião Viana (PT) e do próprio PT. Mas não vejo a possibilidade de “lapada” de votos de ninguém.
Liderança
O senador Jorge Viana (PT) mais uma vez aparece liderando a corrida ao Senado, com uma vantagem considerável. Todas as pesquisas divulgadas até agora revelaram essa tendência. Só um “desastre” poderia virar esse jogo porque 30% no primeiro voto é bastante considerável numa disputa com sete candidatos. Isso significa que ainda é um dos políticos mais conhecidos do Estado.
Nada decidido
As porcentagens de Petecão (PSD), Márcio Bittar (MDB), Ney Amorim (PT) e Minoru Kimpara (Rede), muito próximas, mostram que todos estão no jogo para uma segunda vaga, no momento. Só a campanha poderá definir quem vai chegar para conseguir a vaga ao Senado.
Um ou outro
Pelos números divulgados não acredito que Petecão e Bittar consigam simultaneamente chegar ao Senado. Os números parelhos revelam que o eleitor está escolhendo um de cada lado entre FPA e oposição. Parecem estar votando pelo nome e o serviço prestado ao Acre e não por ideologia. Pelo menos é o que se lê da pesquisa divulgada.
Mistura “maluca”
O eleitor de Cruzeiro do Sul mostrou por essa pesquisa ser realmente eclético. Por enquanto, 40,33% estão escolhendo o conterrâneo Gladson Cameli para ser o próximo governador. Mas por outro lado 56% escolheram Jorge Viana para uma das vagas ao Senado. Ideologicamente falando escolhas contraditórias.
A hora da fama
A tendência nas eleições majoritárias e proporcionais no Acre, na minha opinião, será a mesma, o eleitor escolher os nomes mais conhecidos ou mais familiares. Assim quem está no mandato seja na disputa para senador, deputado federal ou estadual leva uma vantagem porque o tempo de campanha será muito pequeno.
Maior abstenção
A grande divulgação de casos de corrupção na política brasileira está gerando um desânimo nos eleitores. A multa para quem não vota gira em torno de R$ 5 reais e muita gente não quer mais saber de políticos, seja de que partido for. Acredito que no caso do Acre, onde as abstenções já são altas naturalmente por fatores geográficos, a tendência é um aumento. Nas mais recentes eleições as abstenções no Estado giraram sempre acima de 20%, mas acredito que em 2018 deverá ultrapassar os 30% com facilidade.
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