Dos dois principais partidos que vão concorrer ao Palácio Rio Branco nas eleições de 2018, apenas o Progressistas já tem definido quanto vai receber da executiva nacional para gastar no pleito. A legenda do senador Gladson Cameli já tem garantidos R$ 2,4 milhões – o teto máximo é de R$ 2,8 milhões imposto pelas novas regras de financiamento eleitoral.
O PT do ex-prefeito de Rio Branco Marcus Alexandre afirma ainda estar em negociações com a direção em Brasília para definir quanto abocanhará do bolo do partido no fundo eleitoral composto por recursos públicos.
Essa será a primeira eleição-geral em que estará vedada a doação de dinheiro por parte das empresas privadas, sendo possível apenas pequenas contribuições de pessoas físicas.
Com isso, o PT, partido há 20 anos no poder, não terá, oficialmente, uma campanha milionária como em tempos passados. Mas é provável que a legenda do governador Sebastião Viana receba uma fatia generosa de recursos da executiva nacional. Afinal de contas, o Acre é um dos últimos redutos petistas no país.
Além disso, com três deputados na Câmara, o PT receberá verbas suficientes para tentar, ao menos, manter o mesmo número de cadeiras. É a composição na Câmara que mais interessa no momento, já que é ela quem define o tempo de TV e a participação nos fundos partidário e eleitoral.
Em 2014, na campanha de reeleição de Sebastião Viana, o PT declarou gastos de R$ 4,5 milhões. Agora, assim como o PP, a sigla só pode chegar a R$ 2,8 milhões. A questão é saber se a presidente Gleisi Hoffmann mandará todo este dinheiro, ou se os companheiros precisarão fazer “vaquinha” para atingir o teto.
Além do governador e deputados, o partido quer eleger dois senadores: Jorge Viana e Ney Amorim, o que aumentará a fatura. “A ideia é que a gente faça uma campanha dentro das nossas condições, não é uma campanha grande. Ainda não temos valores definidos. Estamos buscando algo razoável”, diz André Kamai, presidente do PT no Acre.
Acostumado a campanhas milionárias por conta do grande capital financeiro construído por sua família no Acre e no Amazonas, o senador Gladon Cameli precisará se contentar com o imposto pela lei. Em 2014, na disputa pelo Senado, ele oficialmente gastou mais do que o governador Sebastião Viana: R$ 4,9 milhões, conforme consta na Justiça Eleitoral.
O então candidato da oposição ao governo, Márcio Bittar (à época no PSDB), declarou gastos de R$ 2,8 milhões. Em 2018, todos os gastos de campanha passarão pelo escrutínio das autoridades e do eleitorado.
Qualquer gasto excessivo chamará a atenção e pode provocar questionamentos políticos e judiciais. Na teoria, será uma campanha em que todos vão concorrer de igual para igual.
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