Numa decisão que se pode chamar de equilibrada, a prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, determinou uma nova análise da planilha que os empresários enviaram ao Conselho Tarifário, solicitando um reajuste no preço da tarifa. A determinação tem um sentido prático: não se pode examinar a planilha dentro contexto antigo, depois que o governo federal determinou a queda do preço do litro do óleo diesel, um dos itens que integram a planilha como vetor para o pedido de majoração das passagens. A decisão serena teve o condão de abafar a briga que tinha se formado dentre políticos e entidades representativas da sociedade. Foi uma decisão de magistrada, principalmente, por ser uma matéria explosiva e polêmica. O que dá para se notar nestes primeiros meses de gestão é a cautela como a prefeita encara os desafios. Também acertou ao colocar o Márcio Oliveira na Chefia do Gabinete Civil, por ser do diálogo.
SEM SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE
Um fator que também pode ser visto com a chegada da prefeita Socorro Neri na efetividade do cargo é que não houve solução de continuidade nos serviços de tapa-buraco e recapeamento da cidade após a saída do ex-prefeito Marcus Alexandre. As frentes de serviço não pararam.
UM BELO PROJETO QUE FALHOU NA PRÁTICA
Leio que o programa “Ruas do Povo” será reativado pelo governo. Foi talvez o mais ousado programa de benefício às famílias que moram nos bairros da periferia. A sua primeira fase foi porcamente executada, pela baixa qualidade as ruas se desmanchavam em pouco tempo e desapareceram. Espera-se que nesta nova fase seja feito um asfaltamento de vergonha e duradouro, com uma fiscalização rigorosa das empresas que vão executar os serviços.
SONHO DE CONSUMO
Ter o empresário Jarbas Soster, atualmente no PHS, na chapa da oposição é o sonho de consumo dos partidos oposicionistas, sustentando que o seu discurso contra o programa da florestania poderá lhe trazer problemas à sua campanha de Federal por trombar com o PT.
UMA PERGUNTA NO AR
Faz muito sentido esta pressão da oposição em ter o empresário Jarbas Soster na sua campanha. Como é que ele vai sustentar um discurso contra o âmago econômico do PT, contra o atual governador e contra o senador Jorge Viana, numa campanha política com o PT dentro?
GOL CONTRA
É o mesmo que ter um jogador em um time de futebol fazendo gol contra.
NÃO PODE FAZER MÁGICA
O deputado Nelson Sales (PP) fez ontem uma observação sobre esta greve no Hospital do Juruá: como querem que as religiosas que gerem a unidade o façam com boa qualidade dos serviços, não demitam ninguém, se o governo não paga os milhões que deve à entidade?
ABACAXI NO COLO DO GOVERNO
A deputada Eliane Sinhasique (MDB) apresentou um projeto pragmático para reduzir o preço da gasolina, no Acre. Fixa uma redução do ICMS de 25% para 17%, fato que só depende do governador mandar para a Assembléia Legislativa um projeto neste sentido. Abacaxi no colo.
CPI DOS TRANSPORTES
Em outra frente o deputado Eber Machado (PDT) deu entrada ontem na ALEAC com um pedido de CPI para investigar a solicitação pelos empresários, do novo pedido de reajuste do preço das passagens de ônibus. Baseia o pedido na suposta falsidade dos dados das planilhas.
NUNCA TÃO CONTESTADO
Nunca houve nos últimos anos um pedido de aumento dos preços das passagens de ônibus tão tumultuado, tão criticado pelos políticos, sociedade civil organizada, que este em pauta.
OPERAÇÃO DE GUERRA
Com uma chapa diminuta e com previsão de eleger dois deputados federais, o PCdoB terá que fazer uma verdadeira operação de guerra se quiser eleger Perpétua Almeida (PCdoB) para a Câmara Federal. Na sua chapa, todos os candidatos são detentores de uma forte estrutura.
TIRAR DO PALANQUE
O último ataque do ex-prefeito Vagner Sales ao prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro, tem um objetivo muito claro: tirar o prefeito do palanque do candidato ao governo, Gladson Cameli (PP). Se tirar comete um erro. Mesmo com desgaste Ilderlei tem a máquina municipal.
TIRE O CAVALO DA CHUVA
Sobre este assunto o candidato ao governo, Gladson Cameli, já se posicionou em recente entrevista em que o assunto foi tocado que todos os prefeitos de oposição subirão no seu palanque, independente, do desgaste. “Muitos estão assim porque o governo não ajuda”, sustenta Cameli para justificar a sua posição. Por isso, o Vagner tire o cavalinho da chuva.
LEMBRANÇA POLÍTICA
Deputado do Juruá que comentava ontem a entrevista fez a seguinte observação: “a ex-deputada Antonia Sales (MDB) tinha sido a campeã de votos para a ALEAC. Foi vice do Márcio Bittar e o atual governador ganhou nos dois turnos em Cruzeiro do Sul da sua chapa”. Bem lembrado, numa eleição majoritária o eleitor vota no candidato e não em quem o cerca.
DEVE TER SIDO UMA LAMBANÇA
Do governo Wanderley Dantas até ao governo do Orleir Cameli desconheço um petista que tenha sido mais briguento, que mostrava as caras nas greves, extremamente radical, que o sindicalista Chico Pereira. Surpresa vê-lo agora apoiando o Gladson Cameli. O PT deve ter feito uma grande lambança com este rapaz para mudar a posição política da água para o vinho. Quando o PT esteve na oposição Chico Pereira era a cara do petismo raivoso.
NÃO DÁ PARA AVALIAR
Sempre foi muito combativa à frente do SINTEAC. Mas não dá para avaliar se isso será reconhecido pela categoria e suficiente para se eleger deputada federal. Refiro-me à professora Rosana Nascimento (PPS). Está na chapinha PTC-PMN-PSC-SOLIDARIEDADE-PPS.
NÃO TINHA MAIS ESPAÇO
A Márcia Bittar pegou o SOLIDARIEDADE no nome. O organizou como um partido. Mas no momento em que passou a defender um chapão de deputados federais perdeu espaço. Era como ir para a boca do lobo. Os candidatos recuaram. Com decisão de formação de uma chapinha dos nanicos com o SOLIDARIEDADE dentro, só lhe restava cair fora. Foi o que houve.
CONVERSAS ANTIGAS
Paralelamente, já vinha acontecendo em Brasília conversas com o presidente da direção nacional do SOLIDARIEDADE, Paulinho da Força, e a Procuradora Vanda Denir, para esta assumir o comando do partido no Acre. O fato teve o desfecho esta semana.
TCE E MP
O caldo engrossou na questão do pedido de aumento de passagens pelos empresários do transporte coletivo, com a aprovação ontem do requerimento do vereador Roberto Duarte (MDB), que pede que os documentos da planilha dos empresários sejam auditados pelo TCE e MP. É que só se analisava as planilhas, mas não os documentos comprobatórios, diz ele.
SEM CHANCE
Liguei ontem para uma figura importante da área econômica do governo que me disse ser zero a possibilidade do governo vir a baixar a alíquota do ICMS para os combustíveis.
TUDO A LIMPO
O deputado Eber Machado (PDT) justificou ontem a apresentação de um pedido de CPI para investigar as planilhas apresentadas pelas empresas de ônibus com solicitação de reajuste, como a maneira mais prática de abrir a caixa preta do setor para checar se os dados são verdadeiros.
PERDEU A AUTORIDADE
Na avaliação do deputado Eber Machado (PDT) o RBTRANS perdeu a autoridade e a isenção no momento em que fez o papel de advogado dos empresários do transporte coletivo.
PEDIDO PLAUSÍVEL
O governo não deve contratar os policiais civis e militares concursados por seus gastos com pessoal estarem no teto da Lei de Responsabilidade Fiscal. Por isso é plausível que a validade do concurso passe dos seis meses para dois anos, criando um cadastro de reserva, como defende o deputado Jenilson Lopes (PCdoB).
SERIA O IDEAL
O ideal teria sido o governo se programar, reduzir seus gastos com cargos de confiança, para contratar os policiais que foram aprovados no concurso e prontos para as ruas. Num tempo de violência extremada na cidade, com baixo contingente policial, a contratação é essencial.
ENTUSIASMADO
O deputado Jenilson Lopes (PCdoB), que acompanhou o candidato ao governo, Marcus Alexandre (PT) em Feijó e Tarauacá, se disse impressionado com a boa aceitação da candidatura. “Muitos já conheciam a fama do Marcus de trabalhador, enfatizou.
BRIGA DE MUITOS CAPÍTULOS
Não sei até onde vai parar esta briga entre o ex-prefeito Vagner Sales e o prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro, mas sei que será uma briga de muitos capítulos. E desnecessária. Ruim para a candidatura do senador Gladson Cameli (PP) ao governo que terá de suportar a troca de acusações de supostos atos de corrupção de aliados importantes. Sem força para acabar com a quizumba e não podendo tomar partido de nenhum dos lados. A coluna tem informação que Ilderlei está preparando um novo pacote de denúncias de supostos atos de improbidade administrativa praticadas pelo antecessor. A briga vai ferver mais no pique da campanha, porque Ilderlei e Vagner apoiarão candidatos a deputado estadual e deputado federal diferentes. Vem mais confusão. Isso é só o começo. Podem acreditar.
