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Dia do vestibulando: por que pode ser tão difícil escolher a profissão?

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Administrador, advogado, enfermeiro, engenheiro, fisioterapeuta, jornalista, médico, nutricionista, pedagogo são apenas algumas das carreiras que estão entre as profissões mais procuradas entre tantas existentes atualmente no Brasil. Hoje, 24 de maio, é comemorado o Dia do Vestibulando em homenagem aos estudantes que estão finalizando a Educação Básica e precisando encontrar respostas para a seguinte pergunta: qual profissão devo seguir?


Estudar Arquitetura e Urbanismo é o desejo de Bárbara Jade de Matos Cardoso, que tem 17 anos e está estudando em um curso pré-vestibular para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Apesar de estar decidida quanto ao curso, Bárbara pontua que deseja conhecer mais sobre as áreas de atuação. “Pretendo conhecer um pouco mais entrando no curso mas, pela visão que tenho agora, prefiro trabalhar com a Arquitetura de Interiores”, destaca.


Quanto à preparação para o vestibular, a estudante destaca que acredita estar no caminho correto. “Eu busco adquirir conhecimento no curso e ampliar ele porque o vestibular vai muito além. É importante preparar o emocional. Tem que vencer o cansaço diário porque a preparação não acontece de uma hora para a outra. Não é fácil responder a prova com tranquilidade aplicando todo o conhecimento que foi adquirido durante o ano”.

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Dados mais recentes do Censo da Educação Superior, recolhidos em 2016 e divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) no segundo semestre de 2017, apontam que mais de 10,6 milhões de vagas em cursos de graduação foram ofertadas em 2016 nas redes de ensino privada (93%) e pública (7%). Destas, 73,8% eram vagas novas e 26,0%, vagas remanescentes. Apesar da oferta no respectivo ano, apenas 3 milhões de alunos, aproximadamente, ingressaram em cursos de educação superior de graduação e pouco mais de 1,1 milhão de estudantes concluíram a educação superior.


Antes de tomar qualquer decisão é preciso usar o autoconhecimento para saber com quais áreas se identifica e o que mais gosta de fazer. Associar os próprios gostos às profissões possíveis é uma etapa importante assim como pesquisar bastante sobre cada uma delas e entender quais carreiras podem ser seguidas. Nos colégios, o Serviço de Orientação Educacional (SOE) pode contribuir para que os estudantes decidam com mais segurança sobre qual profissão devem seguir. “O SOE recolhe informações sobre os cursos ofertados nas universidades. Nós montamos um acervo e permitimos que os alunos tenham acesso às informações sobre grade curricular, carreiras e mercado de trabalho”, destaca Fabiana Nascimento, coordenadora pedagógica do ensino médio do Colégio BJ, instituição parceira do Educa Mais Brasil.


Entre as iniciativas que estão ao alcance dos colégios está a realização de feiras de profissões, com a elaboração de um guia de carreira; visita aos espaços físicos de universidades locais; ciclos de palestras com profissionais que têm a mesma graduação, mas seguiram carreiras diferentes, entre outras. “Algumas universidades locais têm o Sistema Seriado de Avaliação (SSA) e, desde o 1º ano, os alunos devem participar escolhendo o curso já no ato da inscrição. O estudante do 3º ano tem pouco tempo para decidir, então nós já apresentamos as possibilidades na primeira série do ensino médio”, comenta Nascimento ao ressaltar a importância de todos serem incentivados a participar.


Atualmente, os principais processos seletivos para a graduação são o Sistema de Seleção Unificada (SiSU), programa do Governo Federal que possibilita o ingresso nas universidades públicas; o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade para Todos (Prouni), ambos viabilizando a graduação em universidades particulares. Todos eles adotam as notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como, pelo menos, um dos critérios de seleção. Daí está a importância do exame.


Além destes, o vestibular tradicional permanece ainda como uma das formas de ingresso nas universidades e faculdades brasileiras, as quais definem as próprias regras do processo seletivo. O vestibular no país remonta ao início do século XX, quando o crescimento da demanda pelo ensino superior levou a então República dos Estados Unidos do Brasil a criar o Decreto nº 11.530, em 1915, para regulamentar o acesso ao ensino secundário e superior.


O vestibular, então configurado como um exame composto por prova escrita e oral, passou a ser requisito obrigatório para matrícula nos institutos de ensino superior. Diante da necessidade de obter um bom desempenho nesta etapa, o termo passou a carregar um peso adicional para o estudante que está se preparando para um dos momentos considerados mais importantes da transição para a vida adulta. “Nós percebemos uma ansiedade grande por parte dos alunos no momento da escolha, alimentada por vários motivos. A opinião dos pais tem um peso muito grande para o adolescente e, muitas vezes, conhecem tanto o filho que sabem quais cursos têm um pouco mais a ver com o perfil. Há uma pressão da família na hora da escolha, mas a escola tem que orientar e ter cuidado com isso”, ressalta a pedagoga.


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