A experiência de passar semanas isolado em 2014 por conta da grande enchente do rio Madeira, em Rondônia, fez o Acre armazenar um estoque considerável de combustível. Pelo menos essa é a prática adotada pela BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras responsável por fornecer a produção da estatal.
Essa prática foi adotada a partir do momento em que o Estado sofreu com o colapso do desabastecimento quatro anos atrás, não só de combustíveis, mas como também de gás, alimentos e outros gêneros básicos.
Como uma nova enchente do rio Madeira não está descartada, o armazenamento de uma quantidade segura de gasolina e outros derivados do petróleo foi adotada pela BR Distribuidora como forma de ter o mínimo em períodos de emergência.
De acordo com o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis, o Acre tem hoje uma quantidade segura de combustíveis. No entanto, muitos motoristas estão correndo aos postos em buscar de encher os tanques. A se continuar essa alta demanda e se prolongue a greve dos caminhoneiros, a tendência é que mais um tempo esse estoque fique comprometido.
Em 2014, a estratégia das empresas foi trazer combustível de Manaus até Cruzeiro do Sul por balsas, e de lá até a capital por caminhões. O combustível usado em Rio Branco e as cidades do Vale do Acre vem da capital amazonense. Mas ao invés do rio Juruá, ele sobe o rio Madeira até Porto Velho, de onde é distribuído para cá.
Como os caminhoneiros fecharam todas as saídas de Porto Velho, os caminhões estão impedidos de trafegar pela BR-364 até Rio Branco.