Jesus Cristo já dizia, “deixem que os mortos enterrem seus mortos”. Então qual é o propósito de algumas figuras proeminentes do PT colocarem no debate eleitoral a memória de acreanos ilustres que já se encontram em outro plano espiritual? Na minha opinião, deveriam manter as escaramuças políticas restritas aos “vivos”. Não seria mais ético? Porque quem já não se encontra entre nós não tem como responder acusações. É uma covardia que acaba criando muita dor para os familiares. Recentemente os deputados estaduais Lourival Marques (PT), Daniel Zen (PT) e Jonas Lima (PT) fizeram referências desabonadoras ao Governo de Orleir Cameli, na tribuna da ALEAC. No intuito de fazer comparações com uma possível futura performance no executivo acreano de Gladson Cameli (PP), pré-candidato ao Governo, acertaram em cheio a memória de Orleir. Totalmente desnecessário e inconveniente. É o tipo da coisa que tem efeito contrário do pretendido. Por sua vez, o Porta Voz do governador Tião Viana (PT), se referiu ao advogado já falecido Rui Duarte de maneira desagradável. Aí já na intenção de atingir o vereador Roberto Duarte (MDB) seu sobrinho. A OAB até publicou uma nota de repúdio nesse caso. Parem com essa insanidade. Não é aconselhável tentar destruir reputações de quem já não pode se defender. O julgamento popular desse tipo de ação não é nada agradável.
A verdade
Os petistas tinham fascinação pelo Orleir. Viviam lá em Cruzeiro do Sul pedindo a sua ajuda. O ex-governador participou de campanhas como a de Binho Marques (PT), em 2006. Mas sempre foi aquela coisa estranha. Elogiavam o Orleir noJuruá e desciam o malho nele em Rio Branco.
Covardia
O Gladson é sobrinho Orleir. Não é o Orleir. Se quiserem entrem em debate com o senador. Mas deixem em paz quem já foi. E se não gostam do Roberto Duarte que o processem, mas por que atacar a memória do Rui Duarte? Isso não tem cabimento. E olha que a campanha mal começou. Mas promete ser uma das mais “baixas” e virulentas da história do Acre.
Não entendi
O Jonas Lima tem um irmão, o Felipe, muito próximo do empresário Eládio Cameli. Ele mesmo já alugou maquinários para empresas da família. O seu primo Thaumaturgo Lima tem amizade com o Gladson. O seu irmão, prefeito de Mâncio Lima, Isaac Lima (PT), está recebendo emendas parlamentares de vários deputados da oposição. Então por que tanta raiva?
Um instante maestro!
Agora, será tem alguém que está orquestrando essa pancadaria “insana” contra a memória dos que já morreram? Se tiver, tem que se ajoelhar e pedir perdão contrito a Deus. Porque isso é muito feio. Gera um destino muito ruim que irá se manifestar em algum momento.
Vamos elevar o nível
Debatam a segurança, a educação, a saúde pública e financeira do Estado. O que se pode fazer para os acreanos viverem melhor. Deixem a vaidade e o apego ao poder de lado. Olhem para a população que está sofrendo com seus filhos sendo assassinados todos os dias nas periferias das nossas cidades. Busquem a união para resolver os problemas. Esse caminho de atacar adversários, muitas vezes considerados inimigos, tem como destino certo a derrota. Já assistimos a esse filme em 2014 na disputa pelo Senado.
Nem todos os gatos são pardos
Agora, vale destacar que não são todos os petistas que têm essa postura bélica. Dentro do PT existem diferentes grupos. Alguns com posturas bem mais diplomáticas. É preciso haver uma mudança nessa tendência agressiva durante a pré e a campanha propriamente dita. Principalmente tirarem do comando da tropa generais que exalam o ódio contra os seus semelhantes.
Mais ódio gratuito
Também reconheço na oposição alguns generais do ódio e do rancor. Usam um discurso ultrapassado para atacar os petistas. Essas histórias de 40 mil empregos, saúde de primeiro mundo e Florestania, só levaram a oposição a seguidas derrotas para o PT. Se continuarem com esse discurso vazio e panfletário podem se preparar para uma balsa arrumada.
Paz e amor
Acredito que o momento do Acre precisa de candidatos que debatam com a população os seus problemas e apresentem soluções. Chega dessa troca de ofensas de petralhas, coxinhas, mortadelas, sanduíches e o escambau a quatro. Isso não leva a nada. O pior é que esse ódio que nasce dentro dos partidos contamina a população que se torna cada dia mais radical. Depois não reclamem do surgimento de candidatos com tendências fascistas e totalitaristas que estão encontrando guarita na opinião pública. É preciso paz, amor e serenidade. O povo precisa de representantes populares equilibrados e não de exterminadores do futuro.