O governador Sebastião Viana, do PT, pode não ser tão mau quanto pintam seus adversários. Um exemplo seria o caso do vereador Célio Gadelha (PSDB), que apesar de apoiar o pedido de impeachment do chefe do executivo, que é acusado de extrapolar na contração de servidores comissionados e terceirizados, de acordo com a denúncia de pessoas ligadas a Frente Popular do Acre (FPA), o parlamentar municipal teria uma irmã nomeada no Instituto de Tecnologia da Informação e inovação da prefeitura de Rio Branco, administrada pela FPA.
Segundo informações de militantes que ficaram surpresos com o apoio de Célio Gadelha ao pedido de impeachment de Sebastião Viana, que foi redigido pelo advogado Roberto Duarte, o vereador tucano estaria sendo ingrato com o ex-prefeito Marcus Viana (PT) que teria feito pelo menos quatro nomeações de pessoas indicados por ele. A reportagem de ac24horas entrou em contato com Gadelha. Ele negou com veemência que tenha cargos na administração municipal. “Não procede não. Não de maneira nenhuma”, diz Célio Gadelha.
Ela confirmou que era irmão de Célio Gadelha, mas negou que tenha sido nomeada. “Não, eu não trabalho não. Eu não trabalho em nenhum órgão de governo e prefeitura. Eu faço faculdade à noite, faculdade de recursos humanos e faço curso de informática, tá, mas eu acho que tem algum engano aí. Até porque uma vez eu estava num consultório e estava eu e outra pessoa com o mesmo nome. Por isso, eu acho que tem algum engano aí”, disse a irmã de Gadelha, ao negar que tenha sido nomeada pelo órgão da prefeitura da Capital.
O diretor-presidente do Instituto de Tecnologia da Informação e inovação da prefeitura de Rio Branco (ITEC), Mafran Almeida, informou que não sabia que a servidora que seria irmã do vereador tenha sido nomeada por indicação política. Mafran afirma que a servidora em questão foi contratada após uma análise curricular, pelo fato de ter experiência com o público. “Ela é uma pessoa de certa idade e foi contratada após uma análise curricular. Se ela é irmã do vereador, nós não acreditamos que possa ser um impedimento. A questão foi técnica”.
Depois dos contatos que a reportagem fez com os personagens que poderiam esclarecer a suposta nomeação da irmã de um vereador de oposição em uma administração do grupo político comandado pelo governador Sebastião Viana, novas informações chegaram dando conta da movimentação na ITEC. Durante uma reunião, Mafran Almeida teria pedido instrução da chefe de gabinete da prefeitura de como agir diante dos questionamentos da reportagem. “Agora, ele já saiu da ITEC, com a portaria na mão, levando para o gabinete”, disse a fonte.
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