A proximidade do período eleitoral tem esquentado os discursos dos deputados de situação e oposição na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). Os deputados Daniel Zen (PT) e Gerlen Diniz (Progressistas) por pouco não saem no tapa no plenário da Casa. O bate-boca começou após Zen relembrar o discurso da semana anterior, quando criticou a administração do falecido ex-governador Orleir Cameli, além de alfinetar o pré-candidato ao governo do Acre, Gladson Cameli (Progressistas) a quem os petistas atribuíram a pecha de mentiroso.
O petista Daniel Zen deixou nas entrelinhas que Orleir Cameli seria responsável por quebrar a previdência do Estado. De acordo com ele, Cameli deixou cinco meses de salários atrasados e faliu as empresas públicas. Antes elogiado por políticos da FPA, Orleir Cameli voltou a ser atacado diante da possibilidade de Gladson ganhar a disputa pelo governo. Mesmo afirmando que não tinha intenção de enxovalhar a honra de ninguém, Daniel Zen citou as acusação que Orlei Cameli teria dois CPFs e teve um avião apreendido com contrabando.
O governista disse ainda que Orleir alugava máquinas para prefeitura na época que foi prefeito de Cruzeiro do Sul. Zen justificou seu discurso dizendo que sua intenção era relembrar fatos históricos, não enxovalhar a honra de pessoas. “Sacaram 42 milhões que em valores atualizados totalizariam R$ 1,5 bilhão, mas seriam as mesmas pessoas que fazem parte do grupo político do senador Gladson Cameli. “Mais uma vez, não se trata de querer macular a honra de ninguém. Não me refiro a questões pessoas, me refiro a fatos históricos”.
Daniel Zen desafiou os oposicionistas a contestarem seu discurso. “E ninguém sobe aqui para contestar. Nossos governos quitaram a pendência dos governos anteriores. E hoje estamos quitando o débito da previdência. Quando colocamos R$ 35 milhões para complementar a contribuição previdenciária, nós estamos pagando uma dívida resultante do saque lá de trás. Isso é compromisso com o servidor público. Isso é compromisso com as contas públicas”, disse o petista, ao virar a metralhadora giratória para os parlamentares federais da oposição.
Para o líder do governo do PT, os avalistas do governo Temer no Acre, do que ele classifica como as medidas mais cruéis de Temer, que completou dois anos de administração. Zen afirma que Alan Rikc, Flaviano Melo e Jéssisa Sales, foram os avalistas da reforma trabalhista, e os senadores Gladson Cameli e Sérgio Petecão também apoiaram a PEC do corte dos gastos públicos, que de acordo com Zen, congelou do orçamento, prejudicando a educação, segurança e saúde “foram as áreas mais prejudicadas”, finalizou o parlamentar governista.
O oposicionista Gerlen Diniz (Progressistas) usou a tribuna e contra-atacou Daniel Zen. Ele afirma que o petista aproveitou a ausência dos deputados de oposição que estariam no congresso da Unale, para atacar Orleir Cameli e Gladson Cameli. “Hoje repetiu o mesmo engodo. Um modo trapaceiro, desonesto, tentando enganar a população. Isso é trapaça”, disse Diniz, que foi interrompido várias vezes pelo petista Zen que do local onde estava sentado no plenário disse que o parlamentar progressistas era moleque e vagabundo.
“Se o senhor quiser sair do plenário, fique à vontade. Moleque é vossa excelência. Vagabundo é vossa excelência. O líder do governo veio aqui tentando desqualificar os parlamentares de oposição, dizendo que votam contra o povo acreanos. É trapaça. Angelim, Sibá e Léo que não é mais do PT, todos votaram a favor da medida que prejudica não só os acreanos, mas todos os brasileiros de ter acesso a obtenção dos seguro desemprego, abono salarial e seguro defeso. Sabe quem votou contra? Todos os deputados do PT”.
Diniz lembrou ainda o suposto pedido de recursos de Jorge Viana a Marcelo Odebrecht para campanha de Sebastião Viana. “O menino da floresta Jorge Viana, solicitou R$ 2 milhões para as eleições. Utilizaram dinheiro da Petrobras para eleição no Acre. É assim que vocês estão no poder há mais de 20 anos. É trapaceando. Seus trapaceiros. É normal o desespero tomar conta a medida que acompanham as pesquisas eleitorais. Prepare-se porque só tende a piorar mais o nível de desespero”, disparou o oposicionista.
Diniz afirma que Gladson Cameli “não responde a nenhum processo. O senhor poder usar o artifício que quiser para se manter calmo”, disparou o oposicionista que ironizou um discurso de Zen onde ele defendia a liberação da maconha. O petista voltou a tribuna e acusou Gerlen Diniz por supostamente vender lotes em um loteamento irregular em Sena Madureira. Inconformado, Gerlen Diniz voltou a tribuna e acusou o líder do governo de usar substâncias ilícitas quando discursou na tribuna da casa e fez acusações ao bloco de oposição.
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