É uma questão matemática. Como não há união na dobradinha para o Senado de Sérgio Petecão (PSD) e Márcio Bittar (MDB) o maior beneficiário poderá ser o atual presidente ALEAC, Ney Amorim (PT). A conta é muito simples, os aliados de Bittar e Petecão votando numa outra opção do PT, para não darem força ao “aliado”, provavelmente “morrerão” abraçados. Hipoteticamente Ney recebe os votos dos petistas e também o segundo voto dos oposicionistas. É o céu na terra para Amorim. E essa tendência ficou explícita com o apoio do Professor Coelho, braço direito de Petecão, ao petista Por outro lado, a pré-candidata a deputada federal Charlene Lima (PTB), aliada incondicional de Bittar, não esconde a sua preferência também para o Ney. Afinal é Charlene quem comanda a conta publicitária da ALEAC na atual gestão. Assim parte do grupo político do Bittar também poderá seguir pelo caminho de ter a segunda opção do PT. Então essa “briga” interna da oposição beneficia as pretensões de Ney Amorim de chegar ao Senado.
No páreo
Em todas as pesquisas que vi até agora Ney aparece em quarto lugar. Mas se tornando o segundo voto dos oposicionistas poderá crescer bastante. Temos ainda mais de quatro meses para a eleição e não existe nada definido na disputa ao Senado com sete candidatos.
Questão de lógica
Por enquanto, Jorge Viana (PT), aparece nessas mesmas pesquisas, liderando a corrida ao Senado com folga. Por ter sido prefeito de Rio Branco, governador duas vezes e senador, é o político mais conhecido do Acre. Teria que acontecer uma tragédia para perder a liderança. Com a força vinda da oposição Ney se fortalece gerando a tendência do PT eleger dois senadores em 2018.
Opções
Além de Jorge, Petecão, Bittar e Ney, estão na corrida ao Senado o ex-reitor da UFAC Minoru Kimpara (Rede), Paulo Pedrazza (PSL) e Sanderson Moura (PRTB). Resta saber se entre eles algum irá crescer durante a campanha. São exatamente esses pré-candidatos que poderão decidir, entre os favoritos, quem vai conquistar a vaga.
A hora da fama
Uma campanha de “tiro curto” beneficia os candidatos mais conhecidos da população. Como são dois votos a tendência é que um deles seja para quem os eleitores já conhecem a performance política. Que tenha serviço prestado ao povo do Acre.
Tiro no ar
Na minha opinião, o Bittar atacar o Jorge Viana, como tenho visto nas redes sociais, não tem lógica. O adversário que coloca em risco a sua eleição não é o Jorge. Além disso, agressões sempre beneficiam o agredido. Eleitor adora vítima.
Abraço dos afogados
A briga em Cruzeiro do Sul entre o prefeito Ilderlei Cordeiro (PP) e o ex Vagner Sales (MDB) pode virar uma tragédia política. Os dois estão se fustigando e se autodestruindo. Não haverá vencedores nessa contenda, mas um longo abraço de afogados.
Notícia
Uma fonte me revelou que durante uma das visitas do candidato do PT ao Governo, Marcus Alexandre, à zona rural de Cruzeiro do Sul, ele recebeu muitos apoios. Exatamente de famílias que anteriormente eram assistidas pela gestão de Vagner e atualmente estão abandonadas por Ilderlei. Olha só o estrago.
Além de partidos
O fato é que quem está na zona rural do Acre não vai querer saber de ideologia partidária. Se estiver oprimido pela política do PT vai votar contra. Mas se tiver desassistido pelos prefeitos da oposição também votarão contra os seu candidatos. É a lógica da sobrevivência.
Sem culpa
O candidato da oposição ao Governo, Gladson Cameli (PP), me revelou que tudo que acontece na oposição ele acaba levando a culpa. Ele estava se referindo ao impasse da chapa para deputado estadual entre PP e MDB. O PP não quer e o MDB colocou a faca no pescoço do senador. Se o Gladson tiver que resolver a simples formação de uma chapa proporcional está lascado.
Desejo comunista
O pessoal do PC do B está querendo fazer uma aliança com o PSB na disputa a deputado estadual. Os comunistas não têm nomes suficientes para uma chapa própria. Resta saber se o PSB tem interesse nessa coligação. Por enquanto, os socialistas irão de chapa própria.
Sinuca de bico
O PC do B tem três bons nomes para estadual, Jenilson Leite (PC do B), Edvaldo Magalhães (PC do B) e Eduardo Farias (PC do B). Todos com chances de eleição. Mas para isso precisam de uma coligação com um grupo forte. Se forem sozinhos poderão eleger no máximo um.
Erro de foco
Fico vendo alguns pretensos “ideólogos” da oposição atacarem a Florestania. Na realidade, os governos do PT abandonaram essa proposta há muito tempo. Não sobrou nada do projeto original. Eles trocaram a Florestania por projetos de produção industrial. Portanto, estão falando besteira.
Seria ruim?
Se tivéssemos os moradores da zona rural organizado em cooperativas verdadeiras ganhando o sustento das suas famílias sem destruir a floresta? Se ao invés de se vender a madeira bruta pudesse se vender produtos extrativistas que geram muito mais renda às famílias?
Outra realidade
Criação para fins industriais de porcos, peixes, frangos e a derrubada de floresta pela empresa Cortex na região de Manoel Urbano, às margens do Purus, para extrair madeira, não tem nada a ver com Florestania. Isso foi apenas um sonho que acabou num despertar eleitoral há muito tempo no Acre.
Lógica
Frango, porco, peixes, qualquer estado brasileiro tem. Mas e a Floresta com inumeráveis possibilidades para as indústrias farmacêuticas e de cosméticos? Poucos têm. Não pesquisaram o suficiente para abrir esse caminho aos nossos moradores do interior. Assim a Florestania sucumbiu há muito tempo.
Logística
O Acre é um estado distante dos principais centros consumidores brasileiros. Teria como opção vender para o Peru e a Bolívia. Mas as dezenas caravanas de integração nunca deram em nada. Continuamos de costas para os nossos vizinhos mais próximos. Tudo como sempre não passou de política e de gasto de recursos políticos para engrandecimento das vaidades dos nossos políticos. Nunca levaram a serio esse potencial comercial enorme dos países fronteiriços. Tampouco, se preocuparam com pesquisa para viabilizar produtos diferenciados com a marca mais vendável do planeta que é a Amazônia. Por isso, a oposição deve abandonar esse discurso contra a Florestania porque estão falando de algo que não existe mais há muito tempo. Agora, se querem destruir a floresta para criar gado, plantar soja, etc e tal, saibam que as próximas gerações que irão pagar a conta. As alterações climáticas com a derrubada da Floresta não perdoarão e poderemos viver num inferno de calor, seca e fogo. Mas se o objetivo principal for o dinheiro e não a vida, sigam em frente…
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