Nunca o clima entre duas das maiores lideranças da oposição no Juruá esteve tão tenso. A acusação do Colégio de Procuradores da prefeitura de Cruzeiro do Sul de que houve um desvio na ordem de 100 milhões de reais nas gestões do ex-prefeito Vagner Sales (MDB), correspondente a descontos nas folhas dos servidores, mas que não foram repassados aos órgãos previdenciários, é mais um capítulo da relação conflituosa que se estabeleceu entre o prefeito Ilderlei Cordeiro e o ex-prefeito Vagner Sales. E vai agravar-se mais com o pedido de Auditoria para as contas do ex-prefeito Vagner e de instauração de inquérito policial, peça inicial para que devolução do supostamente arrecadado e não repassado à Previdência, retorne aos cofres municipais. Isso é muito ruim para a campanha do candidato ao governo, Gladson Cameli (PP), que fica num fogo cruzado na briga entre os seus dois principais aliados no Juruá. Terá que ter, por exemplo, dois palanques na campanha, um para abrigar o grupo do Vagner e o outro para o grupo do prefeito Ilderlei. A carnificina mostra que a oposição está longe de superar os seus problemas internos de falta de unidade. O clima continua de pancadaria e tende a aumentar á medida que a eleição for para a rua.
TUDO UMA GRANDE CHANCHADA
O ex-prefeito Vagner Sales (MDB) disse à coluna ser tudo um grande espetáculo para lhe prejudicar politicamente: “você sabe que nenhum município que deixar de pagar seus encargos pode receber verbas federais. Quando assumi o município estava inadimplente, o coloquei como adimplente e durante 8 anos da minha administração nunca deixei de pagar impostos na Receita Federal. Se não pagasse não teria o município adimplente e não tinha recebido e aplicado mais de 180 milhões de reais de convênios. Estou tranqüilo pois sei o que fiz na minha gestão, podem vasculhar que não vão encontrar nada de errado”.
TEM QUE PESAR BEM
Esta acusação do grupo do prefeito Ilderlei Cordeiro (PP) tem que ser vista com cautela para separar o que faz parte de uma briga política do que é administrativo. O que parece estranho é esta acusação de desvio de descontos da folha salarial que iria para os órgãos previdenciários. Se não tivesse havido o recolhimento o Vagner não teria aplicado um centavo de emendas parlamentares. Quem conhece um mínimo de gestão detecta de cara a anomalia.
SEMPRE ANALISO COM PONDERAÇÃO
Toda acusação de desvio de recursos públicos analiso sempre com muita cautela, ponderação, porque na maioria das vezes são espetaculosas. Principalmente no campo político. Não se tira 100 milhões de reais de uma prefeitura pequena como a de Cruzeiro do Sul e se coloca no bolso simplesmente. Por isso é melhor esperar a justiça antes de se sentenciar o Vagner Sales.
DISPUTA POLÍTICA
Outro pano de fundo desta carnificina política no Juruá é a briga que vai acontecer na campanha. O prefeito Ilderlei Cordeiro apóia o tio Rudylei Estrela (PP) para deputado federal. E o ex-prefeito Vagner Sales a filha e deputada federal Jéssica Sales (MDB) à reeleição.
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
Como não tem nenhuma manifestação da justiça sobre a grave acusação é de se aplicar ao ex-prefeito Vagner Sales a presunção de inocência. Não se condena alguém por antecipação.
NÃO É CULPA DO VAGNER
O prefeito Ilderlei Cordeiro tem o direito de auditar todas as gestões do ex-prefeito Vagner Sales. Só não tem de debitar na sua conta os buracos das ruas e o abandono da cidade de Cruzeiro do Sul, porque o prefeito agora é ele, e como tal o responsável pelos descasos.
O MÍNIMO PARA PRÉ-CAMPANHA
Faltam recursos para mover a pré-campanha do candidato ao governo, senador Gladson Cameli (PP). Não é especulação. É informação é de um assessor importante. Tem bancado as caravanas com seu salário de senador. O fim da doação empresarial o prejudica em cheio.
GRANDE FILÃO
As doações das empresas do pai Eládio Cameli sempre foram o filão das suas campanhas.
CONVERSA EM MANAUS
Gladson Cameli (PP) está com viagem marcada para Manaus para uma conversa com seu pai, o empresário Eládio Cameli, sobre o que está acontecendo na sua campanha até o momento.
NÃO ESTÁ NOS PLANOS
O candidato a vice-governador, Major Rocha (PSDB), preocupado com os boatos de que Gladson Cameli (PP) poderia desistir da candidatura, teve uma conversa franca com ele, e recebeu a garantia de que isso não procede e de que levará a sua candidatura até as urnas.
ESTRATÉGIA CLARA
A coluna tem informação de que o PT vai trabalhar com dois vetores para desgastar a imagem do candidato ao governo, senador Gladson Cameli (PP): o mostrar como alguém que não tem palavra e de que está despreparado para administrar o Estado. Vão bater firme nestes pontos.
CAMPANHA COMEÇOU
Aliás, a campanha para desgastar a imagem do senador Gladson Cameli (PP) está a todo o vapor na Assembléia Legislativa, através dos deputados Jonas Lima (PT), Lourival Marques (PT) e Daniel Zen (PT), qualificando Cameli em discursos como “mentiroso” e um “despreparado”.
SEM A CORRESPONDENTE DEFESA
Todos os ataques contra a candidatura Gladson Cameli (PP) não tem recebido na ALEAC uma resposta à altura dos deputados que integram a base de oposição, que até aqui se mostra acuada. Não existe uma sintonia política entre os assessores de Cameli e os parlamentares.
SOBRE A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
A campanha está começando a tomar forma. A Assembléia Legislativa será um dos palcos da disputa do governo. O que um deputado disser, seja de oposição ou situação, vou publicar.
MESMO ESPAÇO
Quem se sentir prejudicado com uma publicação terá o mesmo espaço para a defesa. A coluna sempre funcionou assim e vai funcionar na eleição. Eu entendo política como debate. Só não terá vez neste espaço a ofensa pessoal ou outro tipo de baixaria contra um candidato.
NÃO ESTÁ MORTA
Vez por outro vejo comentários sobre a disputa de deputado federal, dando a ex-deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) como sem chance de eleição. Não tenho bola de cristal, mas é forte. É uma guerreira na campanha e terá todo um partido trabalhando só para ela.
CAMPANHA MANTIDA
O ex-secretário Henry Nogueira (PROS), ao contrário do que se chegou a divulgar não desistiu da sua candidatura de deputado estadual. Henry fará dobradinha com o deputado federal Léo de Brito (PT). Henry está na coligação PROS-PODEMOS-PRB, que terá cinco deputados.
CAMPANHA NA RUA
Sem problema de unidade na FPA, o candidato ao governo, Marcus Alexandre (PT), vai tocando sua campanha em visita aos municípios e com retorno marcado para o Juruá.
PLANOS FUTUROS
Além do serviço administrativo básico inerente a quem é prefeito, a prefeita Socorro Nery terá de ter, como teve o ex-prefeito Marcus Alexandre (PT), uma base sólida de apoio na imprensa. A sua administração será uma das vidraças na campanha por parte da oposição. Fique certa.
FOCO PRINCIPAL
A oposição terá dois focos principais na sua campanha: detonar governo e prefeitura da Capital. Tenho informações privilegiadas. E sei como as coisas funcionam numa campanha política. Criam-se fatos negativos onde não existem. E está campanha será muito virulenta.
ALVOS DA CAMPANHA
As estratégias políticas estão traçadas para a campanha eleitoral do governo: o ex-governador Orleir Cameli e Gladson Cameli serão os alvos principais do PT e o governador e a prefeita Socorro Nery os alvos da oposição. É neste contexto que a pancadaria vai comer solta.
UMA GUERRA Á PARTE
Uma guerra que será travada à parte da imprensa tradicional e dos sites será a das redes sociais. E nesta tenho avaliado como grande estrago o que o ex-petista Dedé vem fazendo na Baixada, mostrando rua por rua, com os seus buracos e o abandono. Com fotos.
NAO CONSEGUEM SE ENTENDER?
Surgiu na oposição um novo movimento para a formação de uma chapa para a Câmara Federal, a ser integrada com candidatos sem mandato. Seria uma forma de que os candidatos que estão fora do parlamento possam ter uma maior chance de ganhar. Isso vai bater de frente com os que defendem que a oposição tenha apenas um chapão para deputado federal. Uma nova confusão à vista. Estamos dando a notícia da existência do movimento em primeira mão. Seria uma chapa forte com nomes como Charlene Lima, Vanda Denir, Jamil Asfury, Mara Rocha, Nelson Sales, Riudiley Estrela, entre outros. Uma chapa para brigar por vagas.
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