Lira Xapuri (PRTB) se tornou conhecido como o “Locutor do Formigão”, uma loja popular do Centro de Rio Branco. Com 37 anos de idade, Lira é uma figura humilde e simpática que acredita no que pensa. Mesmo filiado a um pequeno partido, ele quer transmitir a sua mensagem de mudança política e social nas eleições de 2018, como pré-candidato ao Governo do Acre. Acompanhe a entrevista.
AC24horas – Lira Xapuri o senhor se sente preparado para governar o Acre?
Lira Xapuri – Sim, me sinto preparado e o Acre, nesse momento, precisa de um choque de gestão. Não acredito nas outras forças políticas do Estado. Por isso que meu nome está à disposição para a população.
AC24horas – O PRTB é um partido com pouco tempo de rádio e televisão na campanha e tem um pequeno fundo partidário. Como o senhor pretende fazer a sua campanha ao Governo levando em consideração essas limitações financeiras e materiais do seu partido?
LX – Estou indo ao interior e ficando perto das pessoas. Meu foco maior é crescer nas pesquisas porque tendo mais de 5% de intenções de votos terei direito de participar dos debates. Minha condição financeira é pequena, mas pego caronas com os amigos e estou indo no interior falar da importância da mudança e de um governo novo. Vou usar o corpo a corpo com a população assim como as redes sociais. Estou formando uma equipe muito boa de marketing. Com esses dois ingredientes vou superar as limitações. Tenho sentido muita felicidade nas pessoas que me recebem por onde eu ando. Porque elas agora sabem que não tem só oposição e situação, mas também um jovem preparado para fazer diferente e melhor do que está aí.
AC24horas – Na sua opinião, qual o principal problema hoje do Acre e que solução o senhor apontaria, caso vença a eleição?
LX – O principal problema do Acre é emprego. O segundo é a infraestrutura porque o Estado está quebrado. Em todos os municípios a urbanização e os ramais da zona rural estão aquém do que o povo precisa. Outro é a segurança pública. Ninguém chegará ao Governo sem discutir a segurança e o emprego. Como governador vou fortalecer os setores produtivos como a construção civil, que sempre gerou muitos empregos no Acre e nos últimos anos é um setor quebrado. Para alavancar esse setor darei crédito acessível para os empresários terem uma parceria com o meu governo. Isso não só em obras gigantescas, mas existem muitos prédios abandonados que podem ser reconstruídos. Também o comércio, de onde eu venho, poderá gerar muitos empregos. Mas esse setor só paga impostos e as vendas caíram muito. Vou fortalecer o comércio baixando os impostos como o ICMS. Os empresários poderiam pagar encargos altos se tivessem vendendo bastante. A circulação de mercadoria é importante.
AC24horas – Em relação à segurança pública o que o senhor faria para diminuir a violência?
LX – É preciso modernizar a segurança pública. Não podemos, em pleno século XXI, ver os militares usarem calças jeans para trabalhar por falta de farda. O militar tem que trabalhar feliz, com viaturas confortáveis, armamentos adequados. Os grupos criminosos usam fuzis e metralhadoras e a Polícia Militar usa revolver ou pistola. Atualmente temos prédios de vários batalhões que não foram reformados. Temos que dar conforto também nas delegacias. Veja as situações que estão nossas delegacias do interior como em Marechal Thaumaturgo e Porto Walter. Além disso, as ruas dos nossos municípios estão péssimas e tem bairros que a polícia não consegue chegar. É preciso fazer parcerias entre as prefeituras e o Governo para resolver isso. Quero trazer a Polícia da Família de volta que além de trabalhar preventivamente dará a sensação de segurança nas comunidades.
AC24horas – Todos entram na campanha para irem ao segundo turno. Mas se o senhor não for quem apoiaria? Entre os dois que lideram no momento as pesquisas? O Marcus Alexandre (PT) ou o Gladson Cameli (PP)?
LX – Eu vou ao segundo turno e quero enfrentar o Gladson Cameli. O Marcus Alexandre (PT) deixou Rio Branco um caos. Ele não é exemplo de gestão para ninguém. Quero enfrentar o Gladson porque tem toda uma história com o tio dele, o Orleir Cameli, que é bem querido no interior. E não vejo o Gladson falar do tio dele. Pra mim o Orleir foi um grande gestor que fazia obras sociais e trabalhava direto com a população. No trecho entre Cruzeiro do Sul e o Rio Liberdade, na BR 364, o Orleir fez um asfalto de qualidade. Ele é uma referência atualmente na infraestrutura do Estado. Pra mim o Orleir foi um grande governador. A exceção foram os salários atrasados. Isso aconteceu porque na época do Orleir não tinha a receita que o Estado tem hoje. Atualmente o Estado arrecada bem, mas só acomoda os camaradas que são os políticos. Temos que tirar esses empregos dos políticos e devolver para a população.
AC24horas – Como o senhor governaria o Estado se o PRTB não conseguisse fazer a maioria na ALEAC?
LX – Todos os poderes têm que trabalhar com harmonia. Assim será se eu for governador do Acre. Nenhum governo governa sozinha e eu tenho um parceiro que é o povo que está carente e revoltado com o Estado quebrado. As pessoas deixaram de sonhar com os governos da FPA e não pensam mais em emprego e renda, numa saúde de qualidade e numa educação transformadora. Quero fazer um choque de gestão. Vou fazer em quatro anos aquilo que a turma do PT que está aí não fez em 20 anos. Quero modernizar o Estado e dar oportunidade para quem precisa.
AC24horas – Quais as coligações que o PRTB está tentando fazer para as eleições?
LX – Todos nós sabemos que os partidos têm muitos interesses. A grande maioria dos partidos está com o Marcus ou o Gladson. Mas existem outras candidaturas postas e estamos mantendo diálogos com esses partidos. Também estou vendo novas pré-candidaturas ao Governo que surgiram nesses dias, mas isso é natural. Quero dizer que é a população que vai mudar. O povo vai decidir se quer um Estado com uma gestão eficiente ou quer o continuísmo do que está aí atualmente no Estado.
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