A conta de luz voltará a ter cobrança de taxa extra em maio, a chamada bandeira tarifária. A bandeira amarela será acionada devido à menor incidência de chuvas com o final do chamado “período úmido” na região das hidrelétricas, principal fonte de geração do país, disse a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta sexta-feira (27).
O anúncio acaba com uma sequência de quatro meses de bandeira tarifária verde neste ano, que não gera custos adicionais. Com a bandeira amarela, as contas terão um acréscimo de R$ 1 a cada 100 kilowatts-hora consumidos.
Em dezembro, vigorou a bandeira vermelha 1 (ou bandeira rosa), com taxa de R$ 3 a cada 100 kWh.
Pouca chuva, conta mais cara
Quando há pouca chuva, o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas cai, o que diminui a produção de energia. Para compensar essa queda, o governo manda acionar usinas termelétricas, a carvão, que são mais caras. Foi o que aconteceu no país desde 2013.
Foi criado, então, o sistema de bandeiras tarifárias, uma cobrança extra na conta de luz para bancar esses custos maiores na produção de energia, que passaram a valer a partir de janeiro de 2015.
A Aneel pede que os consumidores façam o uso eficiente de energia elétrica e combatam os desperdícios.
Nova metodologia e valores
Em outubro, a Aneel decidiu mudar a metodologia das bandeiras tarifárias. A principal alteração foi em relação aos valores, que passaram a valer a partir de novembro.
A taxa extra da bandeira vermelha nível 2 subiu de R$ 3,50 para R$ 5 a cada 100 kWh consumidos e a bandeira amarela caiu de R$ 2 para R$ 1 a cada 100 kWh. A bandeira vermelha nível 1 permaneceu com cobrança extra de R$ 3.
Além dos novos valores, a agência alterou as regras que ditam qual bandeira será adotada em cada mês. Até então, a definição era feita com base na previsão do custo da termelétrica mais cara acionada para atender à demanda.
Com as novas regras, passa a ser avaliado também o nível de produção das hidrelétricas –com mais chances de acionamento das bandeiras se houver o chamado deficit hídrico (conhecido pelo jargão “GSF”), quando as usinas hidrelétricas geram abaixo de suas garantias, que é o montante de energia que elas podem vender no mercado.