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Sobre BR-364, Marcus e Gladson evitam trocar acusações publicamente

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Os engenheiros Marcus Viana e Gladson Cameli, os dois principais nomes da disputa ao governo do Acre, possuem ligações com as obras da BR-364 nos últimos 20 anos. O primeiro de forma direta, como executor. O petista foi diretor-presidente do Deracre entre os anos de 2007 e 2012 e comandou à época a construção de algumas das pontes e de parte da rodovia. Já Gladson tem envolvimento indireto com a estrada. Pelo menos 40% do acesso foi construído pelas empreiteiras da família Cameli.


A rodovia, embora atualmente sob a responsabilidade do governo federal, deve mais uma vez nortear parte do debate majoritário este ano. Mas os dois principais nomes devem evitar troca de acusações. Pelo menos é o que se observa a priori a partir das respostas de cada um dos pré-candidatoos.


“A estrada não é minha nem dele. É de todos. Quem ganhar a eleição tem que se comprometer com a integração. Não só a 364, mas como a 317 também. Mesmo essas estradas sendo de responsabilidade do governo federal. Fico feliz por ter dado minha contribuição. As maiores pontes foram construídas quando eu estava no Deracre. Estrada na Amazônia precisa de uma manutenção constante. Estrada na Amazônia é sinônimo de manutenção constante”, diz Marcus Viana, que está em agenda desde o último domingo em Cruzeiro do Sul, região que ainda hoje aguarda pela conclusão integral do asfaltamento da rodovia.

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Gladson Cameli é da opinião de que a “politicagem” deve ser afastada do debate sobre a BR-364. Ele observa que durante os 20 anos em que o PT comanda o Estado, a rodovia foi usada para iludir eleitores.


“Precisamos mudar esse foco sobre esse debate da BR-364. Há 20 anos essa BR vem sendo usada como bandeira de luta por algumas pessoas que se autointitularam salvadores da pátria, mas que na verdade venderam uma imagem que não existia: a de que a BR-364 havia sido concluída. Mas o que vemos hoje através de investigações pela Polícia Federal são graves problemas de execução, de desvio de verbas e tomadas de contas especiais que apuram danos contra o erário público. Eu acredito que o que deve estar no debate das eleições este ano são os direitos fundamentais como é o direito de ir e de vir, e aí entra a BR-364. É por ter sido usada como palanque eleitoral durante 20 anos que a nossa BR-364 está na situação que está.”


Nesta quarta-feira, 25, o Diário Oficial da União publicou que a rodovia no trecho entre Rio Branco e Sena Madureira receberá um serviço de manutenção no valor de R$ 10, 9 milhões. Serão recuperados trechos em Rio Branco, Bujari e próximo ao Riozinho Andirá.


Durante os quase 20 anos do PT no governo do Acre foram consumidos quase R$ 2 bilhões dos cofres públicos com as obras da BR-364.


Quem transista hoje pela rodovia tem a impressão de que parte desse dinheiro foi jogado fora, já que mesmo com o investimento bilionário a estrada apresenta pontos críticos, buracos, enormes crateras e desmoronamentos em alguns trechos.


Os pontos mais críticos estão entre Rio Branco e Sena Madureira, acesso recuperado há pouco mais de dois anos; Manuel Urbano e Feijó e Tarauacá e Cruzeiro do Sul.


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