Apesar de ser caminho obrigatório de toda a bancada federal acreana em suas viagens semanais para Brasília, a BR-364, sentido aeroporto, é o retrato do abandono e do descaso.

A intensa quantidade de buracos e a falta de iluminação colocam em risco a viagem dos passageiros, antes mesmo de estarem acima das nuvens.

Aliás, aos aerofóbicos, estar em altitude de cruzeiro é muito mais seguro do que percorrer os 15 quilômetros da estrada no sentido centro-aeroporto.

Por todos os cantos há buracos e para todas as dimensões. A situação fica mais crítica próximo a rotatória de acesso ao aeroporto, onde já não há asfalto.

A falta de iluminação agrava a situação. O cenário ruim obriga os motoristas a andar sempre em velocidade reduzida para evitar acidentes.

Às margens da rodovia outro problema é o matagal; em alguns pontos já quase encobrindo as placas de sinalização.

Há duas semanas ocorreu a inauguração das obras de ampliação e reforma do terminal de passageiros do aeroporto. A solenidade ocorreu com a presença do governador Sebastião Viana e do ministro Valter Casimiro (Transportes).

Além da aviação civil, a pasta também tem sob sua responsabilidade o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, o Dnit, que deveria fazer a manutenção da rodovia.

Falta de fiscalização

A não presença de agentes de trânsito no aeroporto, em especial na parte da noite, leva muitos motoristas a praticar infrações. A mais comum é a parada em locais proibidos.

É comum ver carros parados em cima das faixas de pedestre elevadas para fazer o desembarque de passageiros. Em muitas situações o veículo estacionado chega a impedir a passagem dos que vêm atrás.

A reforma do aeroporto acabou reduzindo a área de embarque e desembarque dos viajantes que chegam de carro. O pouco espaço que existia agora está todo ocupado por táxis.