A OAB-AC, Defensoria Pública, o MP, já se pronunciaram pela inconstitucionalidade do “Estatuto da Família”, projeto moldado pelos evangélicos, e que foi aprovado em meio a confusão e agressões na Câmara Municipal de Rio Branco. A matéria está na mesa da prefeita Socorro Nery (foto) para ser ou não sancionada. A informação que a coluna tem é a de que a Procuradoria Jurídica da Prefeitura de Rio Branco será favor que a prefeita vete o projeto. Isso a deixará sem muita saída a não ser opor o seu veto, por haver um arcabouço jurídico contra. Nesta hora não deve ser avaliado se o ex-prefeito Marcus Alexandre é evangélico batizado, mas a legalidade e não o que pensam os Pastores evangélicos, mas o que dita a legislação. Com a palavra a prefeita Socorro Nery para as suas considerações finais sobre a confusão.
UMA DECISÃO SENSATA
O governador Tião Viana deu uma esfriada nas suas ações belicosas, ao voltar atrás na proibição que PMs sem fardamento não possam ser beneficiados pelo Banco de Horas Extras. Foi uma decisão sensata: manter a proibição tiraria boa parte da tropa das ruas por mera bira.
NÃO TEM COMO EXIGIR
Uma determinação deste porte, com uma PM descontente por não ter reajustes salariais compatíveis com a Polícia Civil, não havia como ser levada em frente, porque também há 5 anos o governo não fornece fardas à tropa. Não usar a farda não é rebelião, querem a garantia de um direito. Por isso o movimento dos policiais militares é extremamente justo.
MEU ÚNICO CANDIDATO
Após a presidente do PTB, Charlene Lima, na festa-barraco da oposição em Sena Madureira, ter apresentado só o Márcio Bittar (MDB) como candidato ao Senado, foi motivo de comentários de aliados do senador Petecão (PSD), que estavam no ato: “o pessoal do Márcio Bittar jamais vai pedir votos para o Petecão”, disseram em referência à Charlene, ligada a Bittar.
SÓ PARA AS FOTOS
Esta “aliança” dos grupos do senador Sérgio Petecão (PSD) e do candidato ao Senado, Márcio de Bittar (PSD), só existe nas fotos. Estão brigando pelo mesmo espaço, pois, é até insano se pensar que atuarão como Cosme e Damião na campanha. Estão mais para Abel e Caim.
FARINHA APARTADA
Na reunião dos líderes da oposição no Juruá, a maior liderança do grupo na região, ex-prefeito Vagner Sales (MDB), não compôs a mesa oficial com os candidatos majoritários, evitando a companhia do adversário Ilderlei Cordeiro . Ilderlei tem dito que pegou a prefeitura sucateada.
CARA TROMBUDA
Dos Sales, na mesa oficial só a deputada federal Jéssica Sales (MDB) de cara trombuda. É a principal prejudicada pelo prefeito Ilderlei, a quem pediu votos e se envolveu na campanha, não lhe apoiar. O ex-prefeito Vagner, seu pai, recebeu de presente um bicudo no traseiro.
NÃO IMPEDE A REELEIÇÃO
Por mais que não tenha ao dispor a máquina da prefeitura de Cruzeiro do Sul 24 horas na campanha, ainda assim a deputada Jéssica Sales (MDB) tem a reeleição inquestionável.
O PAU QUEBRA NA CASA DE NOCA
Estas brigas que estão pipocando dentro da oposição nos municípios são a comprovação que a unidade não está no dicionário dos seus líderes. A única unidade que existe é em torno da candidatura do Gladson Cameli (PP) ao governo, no restante o pau quebra na Casa de Noca.
PAU PARA COMER SABÃO
O que era para ser uma reunião da chapa oficial da candidatura Gladson Cameli (PP) ao governo, em Sena Madureira, acabou no maior barraco entre a presidente do PTB, Charlene Lima e o prefeito Mazinho Serafim (MDB). Mostrando coragem, Charlene o acusou no discurso de “traidor”, por não acolher sua candidatura a Federal. “Pedi votos para ele até de joelhos e ele me traiu”, declarou ante aos principais líderes da oposição. Mazinho ficou possesso.
CHARLENE NÃO MENTIU
Como o prefeito Mazinho já tinha discursado, ele tentou voltar a falar, mas a muito custo foi contido por outros integrantes da mesa com os candidatos, mas prometeu: “vou acabar com ela na campanha.” O certo é que a Charlene não mentiu em nada. Foi uma das mais ardorosas defensoras da candidatura do Mazinho Serafim a prefeito.
VIROU COMENTÁRIO DA CIDADE
Não se fala outra coisa em Sena a não ser na coragem da Charlene e no barraco da oposição. Como disse o poeta Augusto dos Anjos, numa dos seus mais famosos poemas: “a mão que afaga é a mesma que apedreja”. Novos capítulos, na campanha. Podem esperar que virão.
PEDINTE PERDULÁRIO
Um dos problemas que emperra a máquina estatal acreana é o seu inchaço ao longo das duas décadas em que o PT chegou ao poder. O candidato ao governo, Ulisses Araújo (PSL), definiu bem o entrave: “temos 23 secretarias e 37 autarquias, enquanto Rondônia tem só 11 secretarias”. E com uma diferença abissal: Rondônia é rico e o Acre é um pedinte perdulário.
TURMA DO GARGAREJO
Não dá para fazer comparações do tipo o candidato A tem colocado mais gente em suas reuniões no interior que o candidato B. Pelo fato de nestas reuniões não comparecer o povão, mas militantes, secretários municipais, cargos de confiança, enfim, uma claque dependente.
SEM LULA É PERIGOSO
Como o Lula não será candidato por ser ficha- suja pela sua condenação por um colegiado de juízes, a candidatura do polêmico Jair Bolsonaro (PSL) se consolida. Na última pesquisa do DATA-FOLHA, com Lula fora, lidera com 17%, seguido da Marina (REDE) com 15% e Joaquim Barbosa (PSB) 9%.
LULA TEM VOTOS PESSOAIS
Sem sua figura mais carismática na disputa eleitoral, Lula, o PT naufraga nas pesquisas, porque são votos pessoais e não do partido. Não consegue transferir a outro candidato. O provável candidato do PT para presidente, Fernando Hadad, aparece com apenas 2% no DATA-FOLHA.
SEIS POR MEIA DÚZIA
Na eleição ao governo do Acre este ano, os dois nomes até aqui polarizados, Gladson Cameli (PP) e Marcus Alexandre (PT), não poderão usar como trunfos nem o Lula pelo PT e nem o Temer pela oposição: um é réu condenado e o outro cheio de processos e baixa popularidade.
NUNCA TEVE INFLUÊNCIA
Se bem que, as grandes lideranças nacionais dos partidos nunca exerceram influência nas eleições majoritárias, no Acre. Lula, no auge da popularidade, perdeu de capote no Estado.
REELEIÇÃO COSTUMA QUEIMAR
A reeleição nem sempre é benéfica a quem está no poder. O Tião Viana fez um bom primeiro mandato, o que não se repete neste segundo mandato, sem o mesmo brilho. O Marcus Alexandre (PT) também fez um primeiro mandato melhor do que fez no segundo até aqui.
TIÃO, O BELICOSO
Volto bisar o comentário que não consigo captar este belicosidade do governador Tião Viana a menos de um ano para o fim do mandato. Deve só ouvir conselhos dos falcões do seu governo.
EXPERIÊNCIA AMARGA
O governador Tião Viana nunca sentiu o que é perder o poder. A partir do fim de dezembro, os que vivem a lhe incentivar a que brigue contra tudo e todos, até com ex-aliados, vão sumir, principalmente, se a oposição ganhar o governo. Se isso ocorrer será um Deus nos acuda.
MAIS UM NA MULTIDÃO
Ainda que o seu candidato ao governo ganhe, ele será fora do poder, mais um na multidão
NINGUÉM SEGURA O TIROTEIO
Não esperem um conto de fadas em que tudo termina numa cena romântica. A pancadaria será forte entre os grupos que apóiam os candidatos ao Senado e Governo do PT e da oposição, na eleição deste ano. A oposição, pela informação que tenho, já elegeu seu alvo principal: governador Tião Viana. “Não vamos só polemizar só com a gestão do prefeito Marcus Alexandre (PT), mas, principalmente, esmiuçando o governo Tião Viana, já que a eleição é estadual”, me disse no sábado uma das mais expressivas figuras oposicionista. Os candidatos ao governo podem até se conter, mas nada impedirá que, os que os cercam, promovam um tiroteio contra o adversário. Especialmente nas redes sociais. Podem anotar.
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