Tenho acompanhado as articulações do PSL e Patriotas e pude comprovar que os grupo não está para brincadeira. Eles vão jogar pesado para tentar chegar ao segundo turno das eleições ao Governo. Por enquanto, nessa luta, o candidato Coronel Ulysses (PSL) e o seu fiel escudeiro Bocalom (Patriotas), têm centrado fogo muito mais na candidatura de oposição de Gladson Cameli (PP) do que no petista Marcus Alexandre (PT). Às vezes, o grupo do Ulysses faz críticas ao PT, mas não ao seu candidato. Tanto Bocalom quanto Ulysses já tentaram desqualificar a candidatura do progressista várias vezes. Esse quadro de “agressividade” dentro da oposição pode ser um complicador caso a eleição vá para o segundo turno. Como ficariam as alianças? Ulysses e Bocalom, se perderem no primeiro turno, apoiariam o Marcus no segundo? Ou iriam para o lado do Gladson? Se fossem iriam desdizer o que já disseram sobre ele? E se conseguirem ir para o segundo teriam o apoio do Gladson? É uma equação que está ficando complexa com mortos e feridos para todos os lados.
A diferença
A manutenção da candidatura do Ulysses terá consequências. Tudo pode acontecer numa eleição, ninguém ganha ou perde, enquanto as urnas não são abertas. Nesse momento, pelas pesquisas que já foram publicadas, com Ulysses candidato, é quase certo um segundo turno.
Ainda no jogo
O locutor do Formigão, Lyra Xapuri (PRTB), também continua na disputa ao Governo. Numa conversa rápida comigo, Lyra disse que tem certeza que a eleição irá para o segundo turno. O advogado Sanderson Moura (PRTB) será candidato ao Senado pelo mesmo partido de Lyra. O vice será o Emerson Valente (PRTB) de Cruzeiro do Sul. Chapa pura.
Não procede
O pré-candidato ao Senado Minoru Kinpara (Rede) não fará parte da coligação do Lyra. A Rede ainda estuda a possibilidade de lançar um nome ao Governo para fazer a dobradinha com Minoru. Se for alguém com um bom discurso será importante para a Rede marcar a sua posição ideológica na disputa ao Governo.
Estrela
O modelo acreano Marcelo Bimbi se filiou ao PSL. Ainda não ficou claro qual será a candidatura que o modelo terá no grupo. Se a deputado federal para ajudar na chapa que terá Bocalom como puxador de votos ou se irá para o Senado.
Paz relativa
Essa história de pacto de não agressão entre os candidatos ao Governo Marcus e Gladson vai durar o tempo em que você está lendo essa nota. Concordo que os dois não são de “agressividade”. Mas e os militantes dos dois lados? É aí que o bicho pega. Quando a campanha esquentar vai ser fogo pra todo lado, como sempre acontece no Acre, infelizmente.
Campanha reflexiva
O momento que o Estado atravessa é muito delicado. Ao invés de agressões gratuitas seria muito mais importante para os candidatos ao Governo debaterem soluções que possam beneficiar a população acreana. Isso é o ideal, mas a realidade é outra.
Vermelho
O deputado estadual Jonas Lima (PT) esteve fora de combate por uns dias acamado com malária. É a quarta que o parlamentar pegou em pouco tempo. Mas voltou mais petista do que nunca. Ele disse que foi a imprensa que inventou que ele sairia do PT. Então tá certo!
Sempre, nós!
Tudo que acontece nesse país é culpa da imprensa. Será que não está na hora das pessoas aumentarem o grau de consciência para ler uma notícia? Outra coisa, um repórter que trabalha num determinado veículo tem que respeitar a sua linha editorial. E é um trabalhador como qualquer outro. Dá pra entender?
Viajante
Um dos deputados estaduais que mais andou pelo Acre nesses três anos e meio de mandato foi o Jenilson Leite (PC do B). As suas bases eleitorais estão em rios afastados onde não existem confortáveis hotéis. Tudo na base da canoa e da rede mesmo.
Síndrome de Estocolmo
Não tem um partido que tenha sido mais fiel ao PT do que o PC do B. Agora, quando tinham a chance de assumir a mais importante prefeitura do Acre, de Rio Branco, foram descartados. O PT preferiu ir buscar na “direita” a Socorro Nery (PSB) que tem a sua história política ligada ao MDB e ao PSDB do que dar uma chance para o PC do B governar. Sabe aquela história em que o torturado se apaixona pelo torturador? Pois é…
Balela
E não venham me falar que o Marcus Alexandre não ganharia a eleição municipal em 2016 se tivesse um vice do PC do B. Ganharia com qualquer um na vice. Acompanhei todas as pesquisas internas e externas daquela eleição, a vitória do Marcus nunca esteve em risco. Ao contrário de 2018 que será uma disputa bem acirrada.
Prêmio de consolação
Uma fonte do PC do B me revelou que por conta “dessas e outras” o partido fará uma campanha mais focada nos seus candidatos proporcionais do que no majoritário. A prioridade dos comunistas será eleger Perpétua Almeida (PC do B) para federal e Jenilson Leite e Edvaldo Magalhães (PC do B) a estadual.
Quadro caótico
A deputada estadual Eliane Sinhasique (MDB) pintou um quadro desesperador da saúde pública do Acre na ALEAC. Não teve contestação por parte da base de deputados governistas. Quem cala consente. É preciso mostrar para a população urgentemente qual a verdadeira situação dos hospitais e UPAs do Acre.
Cutucou a cobra
Na minha opinião, só há uma maneira de acabar com o mito Lula (PT), nas urnas. Se não for assim as dúvidas se a prisão é merecida ou não permanecerão. A imprensa internacional já escreveu que uma eleição sem o Lula elegerá um presidente da República sem verdadeira representatividade. O juiz Sérgio Moro cutucou a cobra, mas não esmagou a sua cabeça, como já tinha dito o próprio Lula. Vi muita gente nas redes sociais que não queriam nem mais ouvir falar do PT mudando de opinião. A perseguição quando é exagerada tem o efeito contrário do esperado. O PT estava no seu pior momento e o Moro, de uma certa forma, reavivou a sua militância. Lula ainda é uma força política respeitável e está longe de estar morto, mesmo se morresse amanhã.