A semana que está se encerrando esquentou bastante a corrida pelo Governo do Acre. Todos os personagens a postos nas suas candidaturas e, agora, a decisão será com vossa excelência o eleitor. Marcus Alexandre (PT) deixou a prefeitura de Rio Branco, nesta sexta, 5, e assumiu a sua candidatura pela FPA. A despedida foi num ato com a militância e lideranças políticas da FPA, nos jardins da prefeitura. Marcus está desimpedido para percorrer o Estado em pré-campanha. Por outro lado, o senador Gladson Cameli (PP), conseguiu acalmar os ânimos entre dois importantes pré-candidatos majoritários da sua coligação, o deputado federal Major Rocha (PSDB) seu vice, e o Márcio Bittar (MDB) que concorre ao Senado. Se conseguir manter a paz dentro do seu grupo oposicionista, Gladson poderá percorrer o Acre apresentando com tranquilidade as suas propostas para governar o Estado. Sem sustos e “focos de incêndio” para apagar. Quem também se definiu foi o Coronel Ulysses que se filiou ao PSL e será uma espécie de preposto do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no Acre. Inclusive, já anunciou que o militar deverá vir em maio para tentar alavancar a sua candidatura ao Governo. No mesmo ato, Bocalom se filiou aos Patriotas para concorrer a uma vaga de deputado federal. Lyra Xapuri (PRTB), como a coluna já anunciou, deve sair do campo majoritário para tentar uma vaga de federal apoiando o Ulysses.
Perfis em debate
Marcus, Gladson e Ulysses têm mais ou menos a mesma idade. Relativamente jovens. Eles assumem o desejo de governar um Estado que não está com o seu caixa colocando dinheiro pelo ladrão. Ao contrário, as informações que tenho é que a situação econômica do Governo do Acre não é das melhores. Portanto, quem vencer fatalmente iniciará com uma gestão impopular. Não será fácil cumprir acordos de campanha, como sempre acontece, com o Estado na UTI financeira. Será necessário enxugar a máquina se o vencedor quiser fazer alguma coisa. Isso significa reduzir os famigerados cargos de confiança.
Fogo cruzado
Essa história que os dois blocos de oposição não vão se atacar é balela. Nessa semana o Bocalom (PSL) já cutucou o Gladson pela imprensa. Mas quando começar a campanha acredito que as suas coligações oposicionistas irão também centrar fogo no Marcus. Que por sua vez deve tentar desqualificar os adversários da oposição. Ou seja, será fogo ladeira abaixo e acima, como sempre acontece com as eleições no Acre.
A busca do Senado
Todas as pesquisas que foram publicadas até agora colocam o senador Jorge Viana (PT) na liderança. Mas existem duas vagas o que deixa o jogo ainda mais emocionante. Elas serão disputados ferozmente por Márcio Bittar (MDB), Petecão (PSD), Minoru Kimpara (Rede), Fernando Lage (PSL) ou Paulo Pedraza (PSL) e Sanderson Moura (Avante). Mas ainda podem surgir mais nomes para o Senado, segundo as minhas fontes.
Um só ungido
O Bocalom me falou que na coligação do Ulysses haverá apenas um nome para a disputa do Senado. Por enquanto, a vaga de candidato está entre o Fernando Lage e o Paulo Pedraza. Mas o próprio Bocalom me disse que até as convenções partidárias poderá surgir uma outra alternativa.
Time forte
O PSB conseguiu montar uma chapa para deputado estadual bastante forte. Além do Eduardo Ribeiro, estavam sendo cogitados para se filiarem o Chico Sombra, Élson Santiago e Chico Viga. Todos com condições de terem boas votações. O puxador da turma deverá ser o deputado estadual Manoel Moraes (PSB) que concorre à reeleição. Com esse time podem fazer dois ou três.
Lá do Juruá
O PSB ainda tem no Juruá a candidatura a estadual da delegada Carla Ivani (PSB) que concorreu à prefeitura de Cruzeiro do Sul, em 2016. O radialista Nonato Costa (PSB) também tem andado a região de cima abaixo e pode surpreender.
Surpresa
A irmã do deputado federal Major Rocha, a jornalista Mara Rocha (PSDB), deverá ser candidata a deputada federal. A notícia veio de uma fonte de dentro do próprio partido. Parece que Gladson não se opõe a possibilidade. É um nome forte.
Nuvens de chumbo
Na política nacional o Brasil está vivendo um dos seus piores momentos históricos. Parecia que com o impeachment da Dilma (PT) as coisas se acalmariam. Muito pelo contrário, ficaram ainda mais imprevisíveis. A prisão do ex-presidente Lula (PT) literalmente dividiu o Brasil. É só olhar as redes sociais e ver a “pancadaria” dos dois lados. Na realidade a eleição de 2014 ainda não acabou. Infelizmente.
Salvador da Pátria
É preciso que nas eleições presidenciais surja um nome com a capacidade de pacificar o país politicamente e economicamente. Para isso, terá que vencer, mesmo que seja no segundo turno, com mais de 60% dos votos. Se não for assim a luta vai continuar e a instabilidade também. A democracia brasileira corre um risco enorme nesse momento como vimos durante o julgamento do Habeas Corpus de Lula no STF com generais se “manifestando” nas redes.
Quem será?
Com o Lula praticamente fora do páreo não vejo quem poderá vencer a disputa presidencial com larga margem de votos. Os nomes que se apresentaram até agora nos campos da direita e da esquerda não têm apelo popular suficiente para uma lavada de votos. Uma situação temerária se a eleição de 2018, assim como a de 2014, não acabar em outubro. Nenhum país sobrevive nessa instabilidade política e rupturas institucionais podem acontecer. Um pesadelo.
Mais um Viana no Governo?
Se o Marcus Alexandre vencer a eleição será o terceiro Viana a governar o Acre. Jorge abriu o caminho e depois foi seguido pelo irmão Tião. Na verdade, Marcus não é da mesma família dos “Brothers” como são chamados Jorge e Tião por alguns petistas. O ex-prefeito acrescentou o Viana para homenagear a sua esposa Gicélia, que tem esse sobrenome, logo depois de vencer a eleição em 2012.