Quem foi que disse que os barracos entre correligionários acontecem apenas na oposição. Uma reunião partidária realizada na sede do PSOL – partido que integra a Frente Popular do Acre — na manhã desta terça-feira (3), para definir os rumos partido nas eleições desse ano terminou em pancadaria generalizada e registro de Boletim de Ocorrência. As informações são do ex-presidente da sigla, Waldir França, que acusa Jamyr Rosas, atual presidente pelo início da confusão.
Segundo a versão de Waldir França, “teve uma briga feia rapaz, teve uma confusão doida lá, o presidente endoidou junto com o irmão dele, agrediu o Juscelino, que é um militantes, simplesmente porque ele colocou um cartaz ‘fora Cláudio Ezequiel e seu grupo’ daí começou as agressões e a reunião terminou em pancadaria. Até eu apanhei, agressão física mesmo, teve gente que foi fazer exame de corpo de delito após a troca de socos e pontapés”, enfatiza.
Procurado pela reportagem, Jamyr Rosas nega que tenha iniciado a briga. Ele afirma que um pequeno grupo de aproximadamente 1% de radicais estaria querendo tomar o partido na marra. Apesar da troca de agressões, Rosas destaca que os embates fazem parte dos debates das correntes distintas dentro do PSOL, que foram instigadas com a proximidade do período eleitoral e a definição de candidaturas proporcionais e apoio de um projeto majoritário.
“Estamos em ano de disputa eleitoral e as correntes internas divergem. Isso acontece muito dentro dos partidos. Realmente, chegou a ter empurrões de um lado para o outro, mas faz parte das reuniões internas para discutir questões de eleições. A nossa corrente defende o apoio à Frente Popular, que nós temos que estar juntos. Uma corrente que não chega a 1% do partido se revolta e tenta causar um tumulto por uma decisão que é da maioria”, destaca Jamyr Rosas.
Questionado das acusações feitas por Waldir França, que o acusou de iniciar a briga, Jamyr Rosas afirma que França estaria revoltado porque foi aberto um processo de expulsão contra ele, por supostas acusações de desvios de recursos de um sindicato e a exposição do ex-dirigente em um vídeo íntimo. “Waldir está em processo de afastamento no PSOL. Pesam graves acusações contra ele. Inclusive, ele envergonhou o partido nacionalmente num vídeo”, diz Jamyr.
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