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Defensores Públicos pedem cumprimento de medida que beneficia grávidas e mães presidiárias

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A Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef) faz um alerta: em diversos estados do País, decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autoriza prisão domiciliar para presas gestantes ou lactantes não está sendo cumprida.


Para o presidente da Anadef, Igor Roque, a situação é preocupante. “Há muitos casos de mulheres que já poderiam cumprir a prisão domiciliar. Há mais de um mês o Supremo entendeu que a medida não apenas é um direito à dignidade das mães e das grávidas, mas também dos seus filhos de terem liberdade, família e educação, como expresso na Constituição Federal”, alerta.


Roque também destaca que os casos precisam ser analisados pelo Judiciário com o devido cuidado, mas é inadmissível que estados como São Paulo, Rio, Minas, Santa Catarina, Pernambuco e Pará não tenham avançado no tema. “É necessário analisar os casos individualmente, pois há situações de mães que praticaram crimes contra o próprio filho ou que perderam a guarda da criança por motivo diverso à prisão. Porém, não podemos mais admitir que partos sejam feitos em celas pelo País afora”, cobra.

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Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de dezembro do ano passado, mais de 600 grávidas e lactantes estão atrás das grades.


O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no dia 20 de fevereiro deste ano, que mulheres grávidas e mães de crianças de até 12 anos que estejam em prisão provisória, ou seja, que não foram condenadas, terão o direito de deixar a cadeia e ficar em prisão domiciliar até que o seu caso seja julgado.


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