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Cresce número de mulheres negras na graduação

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Nascida no Complexo da Maré, a Marielle Francisco da Silva tornou-se conhecida como Marielle Franco – a quinta vereadora mais votada da cidade do Rio de Janeiro nas eleições de 2016 (46.502 votos), a única negra entre as sete mulheres eleitas no respectivo pleito, executada na em 14 de março de 2018. Nascida em 27 de julho de 1979, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro, a ex-vereadora percorreu uma trajetória ascendente não apenas do ponto de vista político, mas educacional, por representar a estatística crescente de mulheres negras com acesso ao ensino superior.


Marielle estudou no Pré-Vestibular Comunitário da Maré, ingressou na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e graduou-se em Ciências Sociais. Então Socióloga, tornou-se professora e iniciou a trajetória como pesquisadora. Na Universidade Federal Fluminense (UFF), tornou-se mestre em Administração Pública com dissertação “UPP: a redução da favela a três letras”, onde defendeu a ideia de que as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), enquanto política de segurança pública adotada no Rio de Janeiro, reforçavam o modelo de Estado Penal segundo a autora.

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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o número de mulheres negras no ensino superior passou de 234.951, de acordo com o Censo 2000, para 1.283.236 no Censo de 2010, o que representa um aumento de 294%. Neste intervalo, a representatividade da mulher negra nas faculdades e universidades passou de 11,3% para 20,7%, apresentando uma variação de 44,18%.


A partir de 2013, o IBGE desenvolve por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) o estudo chamado “Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, dedicado à observação do tema “gênero” nas dimensões da Educação, Trabalho, Saúde, entre outros. Apesar do crescimento registrado nos anos anteriores, a taxa de conclusão do ensino superior entre as mulheres negras entre 27 e 30 anos, de acordo com a Pnad Contínua 2013, foi de 10,3%, alcançando apenas 14,6% de acordo com a Pnad Contínua de 2016, divulgada em 2018.


Marielle integrou a equipe do candidato a deputado estadual Marcelo Freixo nas eleições de 2006 e, após o pleito, tornou-se sua assessora parlamentar. Em seguida, integrou a coordenação da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ). Pouco mais de um ano de eleita como vereadora, Marielle integrou a Comissão de Representação para representar a Câmara Municipal em Brasília para acompanhar a Intervenção Federal na Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro.


Grande parte da sua vida foi dedicada à defesa dos Direitos Humanos por acreditar que cabe às mulheres e homens, a liberdade de pensamento e de opinião, o direito à vida, à educação, entre muitas outras coisas. A educação – especialmente entre as mulheres negras – esteve entre as bandeiras que levantou, além da crença na política como um dos caminhos possíveis para transformação da realidade.


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