O fator principal, na minha opinião, que alavancou a candidatura do Coronel Ulysses (Sem partido) até agora foi a sua “suposta” ligação com o presidenciável Jair Bolsonaro (PSC). Mas com o apoio do MDB à sua candidatura terá que mudar esse discurso. Ou não? Porque é provável que o MDB tenha um candidato à presidência que poderá ser o próprio Temer (MDB) ou o ministro da fazenda Henrique Meirelles (MDB). Aliás, neste domingo, dia 18, o jornal A Tarde, da Bahia, publicou uma matéria com interlocutores do presidente afirmando que Temer pretende realmente concorrer à reeleição mesmo com o seu baixíssimo índice de aprovação popular. Ulysses que é evangélico conhece o versículo que afirma “não ser possível servir a dois senhores”. Tem também o MDB nacional que não vai querer um candidato a governador apoiado pelo partido que faça palanque para o Bolsonaro. Mesmo que o MDB não tenha um presidenciável certamente apoiará um candidato liberal de centro, provavelmente, do PSDB. Assim o discurso de Ulysses alinhado com o do Bolsonaro poderá lhe trazer problemas. É uma escolha, porque o apoio do MDB também dá ao Ulysses um tempo maior de TV e rádio e a estrutura de um grande partido. Assim fica a pergunta, o presidenciável do Ulysses será o Bolsonaro ou o Temer?
A entender
Ver o ex-prefeito Vagner Sales (MDB) no palanque do Ulysses e não do Gladson Cameli (MDB) será curioso. Vagner e Gladson são primos, e o senador é de] Cruzeiro do Sul. Quer dizer que Vagner vai preferir apoiar para o Governo alguém de Rio Branco e não do Juruá? Isso vai gerar muitas dúvidas nos eleitores da região. E não conheço povo mais bairrista do que o de Cruzeiro.
Nova Geração
A deputada federal Jéssica Sales(MDB), filha de Vagner, sempre teve no Gladson uma referência na política. Apoiar o Ulysses será algo estranho. O fato é que esse “namoro” ou “casamento” do MDB com o candidato militar vai gerar ainda muitas confusões.
Errar de novo?
O Vagner apostou errado quando indicou Ilderlei Cordeiro (MDB) para sucedê-lo na prefeitura de Cruzeiro do Sul. A relação política dos dois terminou num “pé de guerra”. Será que essa aposta no Márcio Bittar do Vagner não será a mesma coisa?
Procura-se um novo candidato
O MDB saindo da coligação do Gladson fica aberta uma vaga para outra candidatura ao Senado. Além do Petecão (PSD) poderá surgir um novo nome para compor a dobradinha na chapa majoritária, já que o Márcio Bittar (MDB), passa a ser adversário oficial.
Quero ver
Acredito que dos quatro prefeitos atuais do MDB pelo menos três não devem seguir com o Ulysses. Não tem lógica abandonarem dois senadores, Petecão e Gladson, que podem viabilizar verbas para as suas prefeituras para uma “aventura” incerta de quem ainda não foi testado nas urnas.
Fogo cerrado
E não venham com essa história que o adversário comum é o PT e que todos vão se respeitar nas chapas de oposição. Ulysses já declarou que o Gladson não cumpre os seus tratos e o deputado federal Major Rocha (PSDB) afirma que Ulysses é um “Bolsonaro paraguaio” pelo seu recente passado de proximidade com os governos do PT. Se isso não é fogo cruzado então não sei o que é.
Se defendendo
O senador Gladson me afirmou que cumpriu a sua palavra. Escolheu o Rocha de vice porque esse era o desejo da maioria dos partidos que o apoiam. Também disse que de 11 partidos apenas dois queriam o Ulysses de vice. Preferiu seguir com a maioria.
A comemorar
Se todo esse jogo do momento se confirmar até as convenções partidárias quem tem muito a comemorar é o Bocalom (DEM). Mesmo saindo do DEM e indo para um partido pequeno terá ampla chance de se eleger deputado federal. Entrará numa chapa com o deputado federal Flaviano Melo (MDB e a Jéssica. Agora, fiquem atentos porque entre Bocalom, Jéssica e Flaviano, um dos três não irá se eleger. Qual deles será? Façam suas apostas.
Rindo sozinho
Essa situação também ficou boa para o Petecão que não precisará mais fazer dobradinha com o Bittar. Na realidade, isso jamais aconteceria na prática. As turmas de um e do outro não bicam. Petecão recebeu um impulso e tanto para a sua campanha.
Quem fala demais…
Por duas vezes vazaram áudios do Bittar nas redes sociais questionando a capacidade do Gladson para governar o Estado. Agora, pelo que tudo indica, estarão em palanques diferentes. Bittar poderá falar o que realmente pensa sobre o senador sem hipocrisia.
…dá bom dia a cavalo
Por outro lado, se a campanha do Ulysses não crescer e ter chances reais de ir ao segundo turno, o Bittar será prejudicado. É essencial para um candidato ao Senado ter alguém forte concorrendo ao Governo. Senão as suas chances vão minguar.
A hora da fidelidade
Uma outra pergunta que me ocorre. A publicitária Charlene Lima (PTB) presidente do PTB irá se manter fiel ao Bittar e vai arrastar o seu partido para apoiar o Ulysses? É um equação complicada porque a tendência dela é apoiar o presidente ALEAC, Ney Amorim (PT) para o Senado.
Rasteiras e cangapés
O fato é que toda essa confusão recente na oposição mostrou que a nossa política está indo de mal a pior. A base de toda essa briga é uma questão pessoal entre o Bittar e o Rocha. A outra vertente da discórdia são os interesses pessoais. Mesmo já tendo um candidato majoritário na chapa de Gladson, o MDB queria também indicar o vice. Existe um ditado que diz que quem muito quer nada tem. E como diria o João Saldanha, vida que segue.
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