Parecia aquele jogo de pelada em que o dono da bola chega e diz quem deve ou não deve jogar. Só que a bola estava furada. Tão infantil como isso foi a posição do MDB, por birra, de tentar empurrar na marra um nome que nem pertence à coligação dos partidos, aliás, que não é filiado a nenhum partido, o Coronel Ulisss Araújo. Como o nome de Ulisses foi veementemente rejeitado, o MDB tentou outra esperteza política ao sugerir que o indicado fosse então o vereador Roberto Duarte (MDB). Uma trapalhada maior, porque neste caso o MDB ficaria com o candidato ao Senado e o candidato a vice-governador. Os demais partidos chupando o dedo. O MDB ameaça agora apoiar Ulisses Araújo para o governo. Pela primeira vez em meio a este processo tão tumultuado, o senador Gladson Cameli (PP) mostrou pulso firme, ao chancelar a indicação do deputado federal Major Rocha (PSDB) para seu vice. Chancelou a maioria. O MDB ante isso abandonou a reunião. Como ficará vago um espaço do Senado com a saída de Bittar da aliança, os partidos discutem a indicação do médico Eduardo Veloso para disputar o Senado. É tudo uma grande trapalhada dos dirigentes do MDB, quem for votar no Gladson Cameli (PP) para o governo votará independente de que partido lhe apoiará. Em eleição majoritária se vota no nome, no perfil, na simpatia, e não no partido. Isso é até primário.
CHAPA PRONTA
A chapa ficou com Gladson Cameli (PP) para o governo, Major Rocha (PSDB) como vice, Sérgio Petecão (PSD) para uma das vagas de senador. Falta indicar o outro candidato ao Senado. Fala-se no nome do médico Eduardo Veloso, que é apoiado pelo grupo de cinco partidos pequenos.
MARCAR REVOLTA
A presidente do PMN, Dr. Valdete, me ligou para dizer que não ia comparecer ao lançamento da chapa Gladson Cameli (PP) – Major Rocha (PSDB), em protesto porque o grupo queria Veloso de vice. Mas, segundo informações da coluna, ela será chamada para uma composição.
ARMOU E SE DEU MAL
O candidato a senador, Márcio Bittar (MDB), pela experiência que tem na política avaliou muito mal esta situação, ao comandar e incentivar o MDB a não apoiar a candidatura de Gladson Cameli (PP), tudo por sua raiva do deputado federal Major Rocha (PSDB). Isso só vai dificultar a sua campanha de senador. Armou e se deu mal. Ciscou para fora do quadrado.
DEIXOU A RAIVA AFLORAR
O problema do Márcio Bittar (MDB) é que ele deixou a emoção substituir a razão, ao procurar de todas as formas detonar a candidatura do Major Rocha (PSDB) a vice, e incentivar o MDB a rachar com a candidatura do Cameli. Ao sair da coligação aumentou a dificuldade de sua eleição, porque em tese, perderá o apoio de partidos como PP, PSD, DEM e PSDB. Já não tinha o PR.
NÃO É BARBADA PARA O FLAVIANO
Com a rebeldia do MDB, este pode se aliar aos partidos sob a órbita do Márcio Bittar, como PTB-PPS-PSC-SOLIDARIEDADE e ao Coronel Ulisses Araújo. Ficaria um chapa de Federal com Flaviano Melo, Vanda Denir, Jéssica Sales Jamil Asfury, Rosana Nascimento, Carlos Beirute, André Hassem (MDB) e Tião Bocalon. Fariam no máximo dois federais. Não ficaria moleza para o Flaviano Melo (MDB).
CAUSOU ADMIRAÇÃO
Do Márcio Bittar (MDB) não me admiro por causa do seu ódio contra o Major Rocha (PSDB). Mas me causou surpresa a posição do deputado federal Flaviano Melo (MDB), um político centrado, equilibrado, comedido nas ações, ter aceitado comandar o estraçalhar da oposição.
NÃO SE UNE DESUNINDO
O Flaviano Melo (MDB) conhece tudo de política e algo mais. Sabia que a candidatura do Coronel Ulisses Araújo jamais uniria a oposição, porque nem partido tem. Não era então uma tese de unidade. Por vaidade, se rebelou por não ter a imposição aceita. Agiu pela emoção.
TIRO NO PÉ
Neste caso, com a rebeldia do MDB, para Federal ficaria uma chapa com Jéssica Sales (MDB), Flaviano Melo (MDB), Carlos Beirute (MDB), André Hassem (MDB), Tião Bocalon, Charlene Lima (PTB), Vanda Denir (SOLIDARIEDADE) e Jamil Asfury (PSC). Uma chapa com a garantia de que, seis dos integrantes já entram na campanha com passagem comprada para Manacapuru. A tendência é eleger dois dos oito candidatos.
UMA FRIA
Basta dar olhada numa chapa com esta possível configuração para avaliar que os grandes prejudicados seriam Jamil Asfury (PSC), Charlene Lima (PT) e André Hassem (MDB), porque uma chapa deste porte, dificilmente, elegeria mais do que dois parlamentares federais. É bom avaliarem.
É QUEM GANHA
Caso o MDB mantenha a birra e decida apoiar a candidatura do Coronel Ulisses Araújo ao governo, este será o grande ganhador desta confusão toda. Não teria tempo de televisão suficiente e nem estrutura nos 22 municípios, como terá se o MDB for o seu aliado.
QUEM TAMBÉM GANHA
Quem também ganha é o candidato do PT, Marcus Alexandre, porque tem um apoio segmentado no eleitorado e enfrentará, por causa da ação do MDB, uma oposição dividida. A comemoração comeu solta ontem entre os principais dirigentes petistas pelo desfecho.
BRIGA INTERNA
Em qualquer situação que se firmar o candidato petista estará num eventual segundo turno.
O PULO DO GATO DO TIÃO VIANA
Foi achada uma brecha no Regimento Interno da ALEAC e o projeto da terceirização será apresentado novamente para a votação, na terça-feira, com um pedido assinado por 13 deputados. Já foi dado um cafuné para três deputados rebeldes: Eber Machado (PDT) ganhará mais espaço no governo, o irmão do deputado Jesus Sérgio (PDT) ganhará uma secretaria e o deputado Jonas Lima (PT) terá as faturas da sua empresa quitadas. Com as três adesões o projeto passa. É uma jogada de mestre terem achado esta lacuna no regimento da Casa.
NÃO QUEREM COMPOSIÇÃO
O governador Tião Viana só não quer composição com o deputado Jenilson Lopes (PCdoB) e com o deputado Raimundinho da Saúde (PODEMOS), que votaram com a oposição.
ALGUÉM ENTENDE O MDB?
O MDB está na área majoritária com a candidatura de Márcio Bittar (MDB) ao Senado, não tem chapa completa para deputado federal e estadual – precisa dos demais partidos. O MDB poderia bem apoiar a candidatura do Lira Xapuri (PRTB) ao governo para mostrar que tem votos.
QUAL A LIÇÃO QUE FICA?
Da candidatura do Coronel Ulisses Araújo ao governo a imagem que fica é que ele não acredita na sua vitória. A equação é simples: se acreditasse não teria deixado seu nome ser submetido à humilhação de ser recusado para ser o vice de Gladson Cameli (PP). Essa é a interpretação.
NINGUÉM É DONO DOS VOTOS
É idiotice alguém se achar dono dos votos. O MDB alega que tem uma força que é inversa aos resultados do partido. Na eleição para a prefeitura de Rio Branco, o MDB não tinha a candidatura da Eliane Sinhasique á prefeita e não levaram uma surra nas urnas do candidato do PT, Marcus Alexandre? Então é besteira a história que somos o maior partido de oposição.
BOM PARA O BOCALON
O ex-prefeito Tião Bocalon nega que tenha incentivado a que o Coronel Ulisses Araújo aceitasse ser vice na chapa do senador Gladson Cameli (PP). Se o MDB for mesmo apoiar a candidatura do Ulisses Araújo, bom para o Bocalon que terá legenda para Federal.
MOSTRAR A FORÇA
Acho que o MDB deveria mostrar a força política que alardeia ter, lançando um candidato ao governo e a vice do próprio partido. Seria a maneira de provar que têm os votos que propalam. Essa história do eu sou o bom não vale, tem de mostrar na prática
VAMOS DEIXAR DE FIRULA
Na eleição deste ano, quem vai votar no Marcus Alexandre (PT), no Ulisses Araújo (sem partido) ou no Gladson Cameli (PP) vai votar no nome e não no partido. Porque é assim que acontece em toda a eleição majoritária. A estrela da eleição majoritária é o candidato.
CAMPANHA NORMAL
Fui me informar ontem apenas para confirmar se havia alguma possibilidade de uma retirada da candidatura do Marcus Alexandre (PT) ao governo. E ouvi que em hipótese alguma.
FOI DECISIVO
A apoio do DEM à candidatura do Major Rocha (PSDB) para vice foi fundamental para que fosse sedimentada na convicção do candidato Gladson Cameli (PP). Na política a coisa funciona assim: que tem maioria leva e quem não tem não leva. O MDB não conseguiu atrair nenhum dos grandes partidos. PP-PSD-DEM-PSDB ficaram com a candidatura do Major Rocha (PSDB).
CONTRIBUIÇÃO IMPORTANTE
O deputado federal Alan Rick (DEM) mostrou maturidade política. Se tivesse seguido a posição do MDB o espatifado da oposição seria ainda maior do que ficou com a birra do MDB. Tivesse aderido ao MDB estaria colaborando para fortalecer a candidatura ao governo do PT.
SITUAÇÕES DISTINTAS
Que o Vagner Sales (MDB) elege-se deputado estadual bem votado não tenho dúvida. Mas se for ser o vice do Coronel Ulisses; como dizem, não acrescentaria muito, porque se vota no candidato ao governo. Vou dar um exemplo familiar: sua mulher Antonia Sales (MDB), que tinha sido a deputada estadual mais votada, foi vice do Márcio Bittar, quando este disputou o governo, e o Tião Viana ganhou nos dois turnos em Cruzeiro do Sul.
AGORA É COM O ELEITOR
Agora o jogo está na mesa. Para a disputa do governo teremos o Lira Xapuri (PRTB), Gladson Cameli (PP), Marcus Alexandre (PT) e Ulisses Araújo (sem partido). Teremos uma oposição dividida em três candidaturas: Lira, Ulisses e Gladson. E apenas uma da situação, o prefeito Marcus Alexandre. Com a implosão da oposição comandada pelo MDB o quadro mudou completamente. A candidatura de Ulisses, se receber de fato o apoio do MDB – o partido muda mais de posição que camaleão de cor – fica fortalecida com a vinda de prefeitos, deputados e tempo de televisão. Mas as pesquisas é que dirão se isso será suficiente para Ulisses quebrar a polarização entre as candidaturas do senador Gladson Cameli (PP) e do prefeito Marcus Alexandre (PT). As pesquisas é que vão mostrar mais na frente. A campanha vai começar.
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