Há hoje dentro da prefeitura de Rio Branco uma espécie de síndrome do pânico entre os petistas ocupantes de cargos de confiança, na dúvida se vão continuar nos seus cargos ou se perderão a boca rica quando a vice-prefeita Socorro Nery (PSB) assumir em definitivo, dia 8 de abril, as rédeas da prefeitura, com a renúncia do prefeito Marcus Alexandre para disputar o governo. É natural o pânico. Acontece em toda mudança de gestor. Embora Socorro Nery (foto) não tenha ainda se manifestado publicamente sobre nenhuma das mudanças que estão na rede de boatos, nada mais natural que, nos principais cargos do órgão, ela se cerque de técnicos ou políticos da sua mais estrita confiança. E por um motivo bem simples; não pode ser um fantoche da gestão anterior e em tudo que meter a assinatura será a responsável jurídica.
MY GOD! MY GOD! A EMENDA SAIU PIOR QUE O SONETO!
Seis partidos reagiram contra a imposição do MDB, capitaneado pelo deputado federal Flaviano Melo, de impor como vice na chapa do candidato ao governo, senador Gladson Cameli (PP), o Coronel Ulisses Araújo. O PSDB se posicionou através de nota que o seu candidato é o deputado federal Major Rocha (PSDB). O DEM defende o nome do deputado federal Alan Rick. E o PMN-PPS-PTC-PR manifestaram apoio em NOTA ao médico Eduardo Veloso (PSSDB) como vice. Em suma, traduzindo para o bom português: Ulisses é persona nom grata para ser indicado como vice por um grupo majoritário de seis partidos. A sua vinda traria mais confusão do que unidade para a coligação. É a típica emenda que saiu pior que o soneto.
COMO É QUE É PARA UNIR?
Que candidato a vice-governador é este que une, tendo contra a sua escolha seis partidos? E quem nem filiado a nenhum partido é? Acabou o tempo na política da faca no pescoço. Pelo visto, ao invés de unir, Ulisses de vice espatifaria de vez a coligação do Cameli. O PT agradeceria e ainda pediria bis pela trapalhada. Vocês que se entendam.
PRESSÃO É CERTA
É certo que assim que sentar de vez na cadeira de prefeita de Rio Branco, Socorro Nery vai sofrer pressão do PT para que não mude nenhum de seus cargos. Ficará refém? A resposta com ela.
PRIMEIRA COMPLICAÇÃO
Esta ação por ato de improbidade administrativa supostamente praticada pelo ex-prefeito Vagner Sales (MDB) de descontar 5% dos salários dos cargos comissionados da prefeitura de Cruzeiro do Sul para dar ao MDB é um dos vários problemas jurídicos que deverá enfrentar. Fala-se em novas ações do MP por atos praticados durante a sua administração. Vai ter complicações! Pode se preparar para uma enxurrada de ações que sei que estão a caminho.
NADA BOM
Nada bom também para o prefeito de Xapuri, Bira Vasconcelos, que teve os bens tornados indisponíveis pela justiça. A medida judicial é por conta da primeira gestão na prefeitura.
UMA DERROTA POLÍTICA INÉDITAO
O governador Tião Viana sofreu ontem com a derrubada do seu veto sobre um projeto que visa regularizar o programa PRÓ-SAÚDE, uma derrota política. E inédita! Nunca nestes 20 anos um governante petista teve a sua vontade contrariada pela própria base do governo. Foi uma derrota imposta por um deputado da própria base, Raimundinho da Saúde (PODEMOS), que articulou e comandou a rebelião. A oposição, minoritária, fez festa e muito deboche.
NÃO MUDA O QUADRO
O projeto não altera nada o acordo de demissões entre o Governo-MPT, não tem o poder de impedir a escalada de demissões de servidores do PRÓ-SAÚDE, e muito menos o condão da retornar os que foram demitidos. A informação que a coluna tem é que continuará o cronograma de demissões no órgão. Os deputados sabem disso, jogaram para a platéia.
O ANO É DE ELEIÇÃO
Mas, como dizem deputados da própria FPA, entre ficar ao lado de um governo em fim de mandato ou pensar nas suas reeleições, eles optaram pelo lado político. Nada mudou e a vida segue. Tião Viana vai continuar sustentando que o projeto é inconstitucional, e como tal não dará bola para o resultado. Este foi o desfecho. E a realidade dos fatos. O jogo está jogado.
MIL VEZES MAIS REPRESENTATIVO
Em que politicamente o Coronel Ulisses Araújo, que nunca disputou uma eleição de bairro, acrescentaria como vice do candidato ao governo, senador Gladson Cameli (PP)? Zero. Se é para colocar outro vice no lugar do deputado federal Major Rocha, que seja um nome que some, como o deputado federal Alan Rick (DEM), que tem um partido, cumpre um bom mandato, teve uma grande votação na Capital, congregaria no numeroso meio evangélico e é de um passado limpo.
APROVADO NAS URNAS
Outro ponto que soma a favor do deputado federal Alan Rick (DEM) é o fato do seu nome já ter sido aprovado nas urnas. E estar bem no principal reduto do adversário, Rio Branco.
ANÚNCIO MANTIDO
O PP já emitiu os convites para o anúncio do nome do vice na próxima quinta-feira.
É O QUE EU PENSO
A minha concepção política é que o recuo da dupla Ulisses-Bocalon seria moralmente arrasador para ambos. O que mais sustentam é que são “homens de palavra”, que não voltam atrás e etc e etc. Voltando atrás a palavra de ambos valeria um risco na água. E olhe lá! Acho que nem isso!
NÃO DUVIDO DE NADA
Mas também não duvido de nada na política, nem que amanhã, por mais incrível que possa parecer, resolvam se somar ao PT. É como diz o ditado de que trair e coçar: é só começar.
TESE IDIOTA E PARA IDIOTAS
Sustentar que uma candidatura única da oposição é a certeza de uma vitória é uma tese de idiota para idiotas. O eleitor quando quer votar foca num candidato e pronto, podem ter dez como candidatos. O que ocorre é que alguns toscos pensam ser a política uma ciência exata.
NÃO PODE FICAR COMO ESTÁ
O deputado Nelson Sales (PP) está afinando as pernas e ficando rouco de tanto subir na tribuna e cobrar do governo melhoria para o Hospital de Sena Madureira. Por melhores serviços e ter uma ambulância para pronto atendimento. IML, prometido, nem pensar! Pode parecer um humor negro, mas não é: no hospital tem Rabecão (para transportar os mortos) e não tem ambulância. Quem precisa de cuidados são os vivos e não os mortos. Ou inverteu?
GRATA SURPRESA
O deputado Nelson Sales (PP) tem sido uma grata surpresa na oposição: não fala abobrinhas.
CUIDADO PARA NÃO PREJUDICAR
O deputado Heitor Junior (PODEMOS) e o Relator Daniel Zen (PT) estão tendo todo o cuidado de tornar amplo o debate sobre o projeto que proíbe a saída do Acre de castanha sem ser beneficiada. Um adendo que poderia ser acrescentado ao projeto seria um aditivo de se ter um preço mínimo para o produto. Evitaria um cartel de preço que prejudique os extrativistas.
FRANCISCA DA BONAL
Mais uma mulher se colocando na disputa de uma vaga de deputada estadual. Francisca da BONAL e vereadora em Senador Guiomar e será candidata pelo PT, que já fechou em chapa própria.
FOGO DE PALHA?
Um velho amigo do PP fez a seguinte observação: “o Junior da Paris Dakar está no páreo para Federal. Formou um bom reduto em Feijó e Tarauacá, tem o prefeito de Porto Acre, Bené Damasceno e tem se articulado bem”. Faço o registro para ver se não é só fogo de palha.
AINDA ESTÁ TONTA
A ex-deputada federal Antonia Lúcia (PR) ainda está tonta do tombo que levou do ex-aliado André Hassem, ao qual fazia um repasse mensal e repasses extras para trabalhar politicamente a sua reeleição, em Epitaciolândia. O que mais lhe irrita é que perdeu o apóio de Hassem para o seu mais ferrenho adversário, o candidato ao Senado, Márcio Bittar (MDB).
DEPENDE DO GESTOR
Não entro no radicalismo de ser contra por ser o projeto do governador Tião Viana que terceiriza os serviços do HUERB e de algumas UPAs. Se for colocado um bom gestor pode sim dar certo, melhorar o atendimento, como aconteceu em alguns Estados. Este tipo de sistema como qualquer outro depende de quem se colocará como gestor. Não vejo prejuízo antecipado. Mesmo porque não se pode avaliar aquilo que ainda não aconteceu.
CAMINHO DAS PEDRAS
Vejo entre os ex-deputados que nesta eleição disputarão vagas na ALEAC, quatro nomes bem situados na disputa: José Bestene (PP), Vagner Sales (MDB). Élson Santiago (PTB) e Edvaldo Magalhães (PCdoB). Todos os quatros conhecem o caminho das pedras das campanhas.
GRANDE, XAPURI!
Encontrei ontem no movimento dos servidores da Saúde, o candidato ao governo Lira Xapuri (PRTB). Articula bem uma conversa. Soltou esta frase: “o que me diferencia dos candidatos Gladson Cameli e Coronel Ulisses Araújo é que ambos têm visão de papagaio e eu de águia”.
ESTUDANDO O TERRENO
O deputado Raimundinho da Saúde (PODEMOS) não descarta ir para a oposição, sabe que na FPA será caçado durante toda a campanha pela máquina do governo. Está estudando a opção.
QUANTA CONFUSÃO!
A discussão política entrou ontem pela tarde sobre o projeto que permite ao governo terceirizar os serviços do HUERB e UPAs. Outro projeto polêmico na pauta do governo.
VIROU UMA BAGAÇA POLÍTICA?
Afinal, cabe a quem indicar o vice? Ao candidato ao governo, senador Gladson Cameli (PP), que com o escolhido vai conviver durante quatro anos, se ganhar a eleição, ou o Flaviano Melo (MDB), cujo partido já está representado na chapa majoritária? A imagem que está passando para a opinião pública – isso não é bom para o candidato Gladson Cameli – é que o decano dos caciques da política acreana é quem manda, desmanda, coloca veto e dá as cartas. Com aplausos do seu escudeiro Márcio Bittar (MDB). Nunca vi isso, confesso! Sempre quem dá a palavra final sobre o nome do vice é quem vai disputar o governo. O próprio Flaviano Melo (MDB), quando disputou a prefeitura reuniu os partidos e disse que só sairia candidato se o seu vice fosse o Isnard Leite. Houve reclamações, mas tudo se acomodou. Parece que o uso do cachimbo deixou a boca torta, o Flaviano quer de novo impor um vice, desde que não seja o deputado federal Major Rocha (PSDB) e muito menos a sua irmã Mara Rocha (PSDB). Aceita até o Cabide, menos os dois. Política não se faz por gostar ou não gostar. Para a opinião pública o que está prevalecendo é que o candidato ao governo Gladson Cameli (PP) virou refém neste processo, e que não está tendo a voz ativa e querem lhe empurrar um vice goela abaixo, no caso o Coronel Ulisses. Quem garante que se o Ulisses trair o Bocalon não trairá o Gladson? Mas como sou apenas jornalistas, não me interessa quem seja o vice, bom proveito. Virou uma bagaça política?!
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